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# Stack Canaries
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## **StackGuard e StackShield**
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**StackGuard** insere um valor especial conhecido como um **canary** antes do **EIP (Extended Instruction Pointer)**, especificamente `0x000aff0d` (representando nulo, nova linha, EOF, retorno de carro) para proteger contra estouros de buffer. No entanto, funções como `recv()`, `memcpy()`, `read()`, e `bcopy()` permanecem vulneráveis, e não protege o **EBP (Base Pointer)**.
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**StackShield** adota uma abordagem mais sofisticada do que o StackGuard, mantendo uma **Global Return Stack**, que armazena todos os endereços de retorno (**EIPs**). Essa configuração garante que qualquer estouro não cause danos, pois permite a comparação entre os endereços de retorno armazenados e os reais para detectar ocorrências de estouro. Além disso, o StackShield pode verificar o endereço de retorno em relação a um valor de limite para detectar se o **EIP** aponta para fora do espaço de dados esperado. No entanto, essa proteção pode ser contornada por técnicas como Return-to-libc, ROP (Return-Oriented Programming) ou ret2ret, indicando que o StackShield também não protege variáveis locais.
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## **Protetor de Stack Smash (ProPolice) `-fstack-protector`:**
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Esse mecanismo coloca um **canary** antes do **EBP** e reorganiza as variáveis locais para posicionar buffers em endereços de memória mais altos, impedindo que eles sobrescrevam outras variáveis. Ele também copia com segurança os argumentos passados na pilha acima das variáveis locais e usa essas cópias como argumentos. No entanto, não protege arrays com menos de 8 elementos ou buffers dentro de uma estrutura do usuário.
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O **canary** é um número aleatório derivado de `/dev/urandom` ou um valor padrão de `0xff0a0000`. Ele é armazenado no **TLS (Thread Local Storage)**, permitindo que espaços de memória compartilhados entre threads tenham variáveis globais ou estáticas específicas da thread. Essas variáveis são inicialmente copiadas do processo pai, e os processos filhos podem alterar seus dados sem afetar o pai ou irmãos. No entanto, se um **`fork()` é usado sem criar um novo canary, todos os processos (pai e filhos) compartilham o mesmo canary**, tornando-o vulnerável. Na arquitetura **i386**, o canary é armazenado em `gs:0x14`, e no **x86\_64**, em `fs:0x28`.
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Essa proteção local identifica funções com buffers vulneráveis a ataques e injeta código no início dessas funções para colocar o canary e no final para verificar sua integridade.
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Quando um servidor web usa `fork()`, ele permite um ataque de força bruta para adivinhar o byte do canary por vez. No entanto, usar `execve()` após `fork()` sobrescreve o espaço de memória, anulando o ataque. `vfork()` permite que o processo filho execute sem duplicação até tentar escrever, momento em que uma duplicata é criada, oferecendo uma abordagem diferente para a criação de processos e manipulação de memória.
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## Bypasses
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* **Vazamento do canary** e então sobrescrevê-lo (por exemplo, estouro de buffer) com seu próprio valor.
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* Se o canary for bifurcado em processos filhos, pode ser possível forçá-lo um byte de cada vez.
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* Se houver alguma vulnerabilidade de vazamento interessante no binário, pode ser possível vazá-lo.
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