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Uma vulnerabilidade de **Server-side Request Forgery (SSRF)** ocorre quando um atacante manipula uma **aplicação do lado do servidor** para fazer **requisições HTTP** para um domínio de sua escolha. Essa vulnerabilidade expõe o servidor a requisições externas arbitrárias direcionadas pelo atacante.
A primeira coisa que você precisa fazer é capturar uma interação SSRF gerada por você. Para capturar uma interação HTTP ou DNS, você pode usar ferramentas como:
Normalmente, você descobrirá que o SSRF está funcionando apenas em **certos domínios ou URLs na lista branca**. Na página a seguir, você tem uma **compilação de técnicas para tentar burlar essa lista branca**:
Se o servidor estiver corretamente protegido, você poderá **burlar todas as restrições explorando um Redirecionamento Aberto dentro da página da web**. Como a página da web permitirá **SSRF para o mesmo domínio** e provavelmente seguirá os redirecionamentos, você pode explorar o **Redirecionamento Aberto para fazer o servidor acessar qualquer recurso interno**.\
* O esquema de URL DICT é descrito como sendo utilizado para acessar definições ou listas de palavras via o protocolo DICT. Um exemplo dado ilustra um URL construído direcionando uma palavra específica, banco de dados e número de entrada, bem como uma instância de um script PHP potencialmente sendo mal utilizado para se conectar a um servidor DICT usando credenciais fornecidas pelo atacante: `dict://<generic_user>;<auth>@<generic_host>:<port>/d:<word>:<database>:<n>`
* Identificado como um protocolo para transferência segura de arquivos sobre shell seguro, um exemplo é fornecido mostrando como um script PHP poderia ser explorado para se conectar a um servidor SFTP malicioso: `url=sftp://generic.com:11111/`
* **TFTP://**
* O Protocolo de Transferência de Arquivos Triviais, operando sobre UDP, é mencionado com um exemplo de um script PHP projetado para enviar uma solicitação a um servidor TFTP. Uma solicitação TFTP é feita para 'generic.com' na porta '12346' para o arquivo 'TESTUDPPACKET': `ssrf.php?url=tftp://generic.com:12346/TESTUDPPACKET`
* Este segmento abrange o Protocolo de Acesso a Diretórios Leves, enfatizando seu uso para gerenciar e acessar serviços de informações de diretório distribuídos em redes IP. Interaja com um servidor LDAP em localhost: `'%0astats%0aquit' via ssrf.php?url=ldap://localhost:11211/%0astats%0aquit.`
* Um método é descrito para explorar vulnerabilidades de SSRF para interagir com serviços SMTP em localhost, incluindo etapas para revelar nomes de domínio internos e ações investigativas adicionais com base nessas informações.
* Se o SSRF for executado pelo **curl**, o curl possui um recurso chamado [**URL globbing**](https://everything.curl.dev/cmdline/globbing) que poderia ser útil para contornar WAFs. Por exemplo, neste [**writeup**](https://blog.arkark.dev/2022/11/18/seccon-en/#web-easylfi) você pode encontrar este exemplo de **travessia de caminho via protocolo `file`**:
* A capacidade do protocolo Gopher de especificar IP, porta e bytes para comunicação com o servidor é discutida, juntamente com ferramentas como Gopherus e remote-method-guesser para criar payloads. São ilustrados dois usos distintos:
Usando este protocolo, você pode especificar o **IP, porta e bytes** que deseja que o servidor **envie**. Em seguida, você pode basicamente explorar um SSRF para **comunicar com qualquer servidor TCP** (mas você precisa saber como falar com o serviço primeiro).\
Felizmente, você pode usar [Gopherus](https://github.com/tarunkant/Gopherus) para criar payloads para vários serviços. Além disso, [remote-method-guesser](https://github.com/qtc-de/remote-method-guesser) pode ser usado para criar payloads _gopher_ para serviços _Java RMI_.
O software de análise em servidores frequentemente registra o cabeçalho Referrer para rastrear links de entrada, uma prática que expõe inadvertidamente as aplicações a vulnerabilidades de SSRF (Server-Side Request Forgery). Isso ocorre porque esse tipo de software pode visitar URLs externos mencionados no cabeçalho Referrer para analisar o conteúdo do site de referência. Para descobrir essas vulnerabilidades, é aconselhável usar o plugin "**Collaborator Everywhere**" do Burp Suite, aproveitando a forma como as ferramentas de análise processam o cabeçalho Referer para identificar possíveis superfícies de ataque de SSRF.
Uma configuração incorreta que poderia permitir a conexão a qualquer backend por meio de uma configuração simples é ilustrada com um exemplo de configuração do Nginx:
Nesta configuração, o valor do campo Server Name Indication (SNI) é diretamente utilizado como endereço do backend. Esta configuração expõe uma vulnerabilidade ao Ataque de Solicitação Falsificada do Lado do Servidor (SSRF), que pode ser explorada simplesmente especificando o endereço IP desejado ou nome de domínio no campo SNI. Um exemplo de exploração para forçar uma conexão a um backend arbitrário, como `internal.host.com`, usando o comando `openssl`, é fornecido abaixo:
Se a página da web estiver criando automaticamente um PDF com algumas informações que você forneceu, você pode **inserir algum JS que será executado pelo próprio criador de PDF** (o servidor) ao criar o PDF e você poderá abusar de um SSRF. [**Encontre mais informações aqui**](../xss-cross-site-scripting/server-side-xss-dynamic-pdf.md)**.**
Para algumas explorações, você pode precisar **enviar uma resposta de redirecionamento** (potencialmente para usar um protocolo diferente como gopher). Aqui você tem diferentes códigos python para responder com um redirecionamento:
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O Flask permite usar **`@`** como caractere inicial, o que permite fazer com que o **nome do host inicial seja o nome de usuário** e injetar um novo. Solicitação de ataque:
Foi descoberto que é possível **iniciar o caminho** de uma solicitação com o caractere **`;`** o que permite usar então **`@`** e injetar um novo host para acessar. Solicitação de ataque:
### Servidor Web Integrado do PHP <a href="#heading-php-built-in-web-server-case-study-ssrf-through-incorrect-pathname-interpretation" id="heading-php-built-in-web-server-case-study-ssrf-through-incorrect-pathname-interpretation"></a>
O PHP permite o uso do **caractere `*` antes de uma barra na URL**, no entanto, possui outras limitações como só poder ser usado para o caminho raiz `/` e que pontos `.` não são permitidos antes da primeira barra, então é necessário usar um endereço IP codificado em hexadecimal sem pontos, por exemplo:
Se você está tendo **problemas** para **exfiltrar conteúdo de um IP local** por causa do **CORS/SOP**, o **DNS Rebidding** pode ser usado para contornar essa limitação:
{% content-ref url="../cors-bypass.md" %}
[cors-bypass.md](../cors-bypass.md)
{% endcontent-ref %}
### DNS Rebidding Automatizado
[**`Singularity of Origin`**](https://github.com/nccgroup/singularity) é uma ferramenta para realizar ataques de [rebinding DNS](https://en.wikipedia.org/wiki/DNS\_rebinding). Inclui os componentes necessários para reverter o endereço IP do servidor de ataque para o nome DNS da máquina alvo e para servir payloads de ataque para explorar software vulnerável na máquina alvo.
Confira também o **servidor em execução publicamente em** [**http://rebind.it/singularity.html**](http://rebind.it/singularity.html)
## DNS Rebidding + ID de Sessão TLS/Ticket de Sessão
Requisitos:
* **SSRF**
* **Sessões TLS de saída**
* **Coisas em portas locais**
Ataque:
1. Peça ao usuário/robô **acessar** um **domínio** controlado pelo **atacante**
3. Uma **conexão TLS** é criada entre a vítima e o domínio do atacante. O atacante introduz o **payload dentro** do **ID de Sessão ou Ticket de Sessão**.
4. O **domínio** iniciará um **loop infinito** de redirecionamentos contra **ele mesmo**. O objetivo disso é fazer o usuário/robô acessar o domínio até que ele realize **novamente** uma **solicitação DNS** do domínio.
5. Na solicitação DNS, um endereço de **IP privado** é fornecido **agora** (127.0.0.1, por exemplo)
6. O usuário/robô tentará **restabelecer a conexão TLS** e para fazer isso ele irá **enviar** o ID de **Sessão ou Ticket de Sessão** (onde o **payload** do atacante estava contido). Parabéns, você conseguiu fazer o **usuário/robô atacar a si mesmo**.
Durante esse ataque, se você quiser atacar localhost:11211 (_memcache_), você precisa fazer a vítima estabelecer a conexão inicial com www.attacker.com:11211 (a **porta deve sempre ser a mesma**).\
Para **mais informações**, confira a palestra onde esse ataque é explicado: [https://www.youtube.com/watch?v=qGpAJxfADjo\&ab\_channel=DEFCONConference](https://www.youtube.com/watch?v=qGpAJxfADjo\&ab\_channel=DEFCONConference)
A diferença entre um SSRF cego e um não cego é que no cego você não pode ver a resposta da solicitação SSRF. Portanto, é mais difícil de explorar porque você só poderá explorar vulnerabilidades conhecidas.
**Verificando o tempo** das respostas do servidor, pode ser **possível saber se um recurso existe ou não** (talvez leve mais tempo para acessar um recurso existente do que acessar um que não existe)
## Exploração de SSRF na Nuvem
Se você encontrar uma vulnerabilidade de SSRF em uma máquina em execução dentro de um ambiente de nuvem, você pode obter informações interessantes sobre o ambiente de nuvem e até mesmo credenciais:
{% content-ref url="cloud-ssrf.md" %}
[cloud-ssrf.md](cloud-ssrf.md)
{% endcontent-ref %}
## Plataformas Vulneráveis ao SSRF
Várias plataformas conhecidas contêm ou já contiveram vulnerabilidades de SSRF, verifique-as em:
* [Postagem no blog sobre o uso de SSRF](https://blog.tneitzel.eu/posts/01-attacking-java-rmi-via-ssrf/)
_remote-method-guesser_ é um scanner de vulnerabilidades _Java RMI_ que suporta operações de ataque para a maioria das vulnerabilidades comuns do _Java RMI_. A maioria das operações disponíveis suporta a opção `--ssrf`, para gerar um payload _SSRF_ para a operação solicitada. Juntamente com a opção `--gopher`, payloads _gopher_ prontos para uso podem ser gerados diretamente.
SSRF Proxy é um servidor proxy HTTP multi-threaded projetado para canalizar o tráfego HTTP do cliente por meio de servidores HTTP vulneráveis a Solicitação de Servidor-Side Forgery (SSRF).
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