# Segurança do Docker ![](<../../../.gitbook/assets/image (9) (1) (2).png>) Use o [**Trickest**](https://trickest.com/?utm_campaign=hacktrics&utm_medium=banner&utm_source=hacktricks) para criar e **automatizar fluxos de trabalho** com as ferramentas comunitárias mais avançadas do mundo.\ Acesse hoje: {% embed url="https://trickest.com/?utm_campaign=hacktrics&utm_medium=banner&utm_source=hacktricks" %}
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## **Segurança básica do Docker Engine** O Docker Engine faz o trabalho pesado de executar e gerenciar contêineres. O Docker Engine usa recursos do kernel Linux, como **Namespaces** e **Cgroups**, para fornecer isolamento básico entre contêineres. Ele também usa recursos como **Capabilities dropping**, **Seccomp**, **SELinux/AppArmor para obter um melhor isolamento**. Por fim, um **plugin de autenticação** pode ser usado para **limitar as ações** que os usuários podem executar. ![](<../../../.gitbook/assets/image (625) (1) (1).png>) ### **Acesso seguro ao Docker Engine** O cliente Docker pode acessar o Docker Engine **localmente usando um soquete Unix ou remotamente usando o mecanismo http**. Para usá-lo remotamente, é necessário usar https e **TLS** para garantir confidencialidade, integridade e autenticação. Por padrão, ele escuta no soquete Unix `unix:///var/`\ `run/docker.sock` e nas distribuições Ubuntu, as opções de inicialização do Docker são especificadas em `/etc/default/docker`. Para permitir que a API e o cliente do Docker acessem o Docker Engine remotamente, precisamos **expor o daemon do Docker usando um soquete http**. Isso pode ser feito por: ```bash DOCKER_OPTS="-D -H unix:///var/run/docker.sock -H tcp://192.168.56.101:2376" -> add this to /etc/default/docker Sudo service docker restart -> Restart Docker daemon ``` Expor o daemon do Docker usando http não é uma boa prática e é necessário garantir a segurança da conexão usando https. Existem duas opções: a primeira opção é para **o cliente verificar a identidade do servidor** e a segunda opção é para **ambos, cliente e servidor, verificarem a identidade um do outro**. Certificados estabelecem a identidade de um servidor. Para um exemplo de ambas as opções, [**confira esta página**](https://sreeninet.wordpress.com/2016/03/06/docker-security-part-3engine-access/). ### **Segurança da imagem do container** As imagens do container são armazenadas em um repositório privado ou público. Seguem abaixo as opções que o Docker fornece para armazenar imagens do container: * [Docker hub](https://hub.docker.com) – Este é um serviço de registro público fornecido pelo Docker. * [Docker registry](https://github.com/%20docker/distribution) – Este é um projeto de código aberto que os usuários podem usar para hospedar seu próprio registro. * [Docker trusted registry](https://www.docker.com/docker-trusted-registry) – Esta é a implementação comercial do Docker do registro Docker e fornece autenticação de usuário baseada em função, juntamente com a integração do serviço de diretório LDAP. ### Verificação de imagem Os containers podem ter **vulnerabilidades de segurança** devido à imagem base ou ao software instalado em cima da imagem base. O Docker está trabalhando em um projeto chamado **Nautilus** que faz a verificação de segurança dos containers e lista as vulnerabilidades. O Nautilus funciona comparando cada camada da imagem do container com o repositório de vulnerabilidades para identificar falhas de segurança. Para mais [**informações, leia isto**](https://docs.docker.com/engine/scan/). #### Como verificar imagens O comando `docker scan` permite verificar imagens do Docker existentes usando o nome ou ID da imagem. Por exemplo, execute o seguinte comando para verificar a imagem hello-world: ```bash docker scan hello-world Testing hello-world... Organization: docker-desktop-test Package manager: linux Project name: docker-image|hello-world Docker image: hello-world Licenses: enabled ✓ Tested 0 dependencies for known issues, no vulnerable paths found. Note that we do not currently have vulnerability data for your image. ``` ### Assinatura de Imagem Docker As imagens de contêineres Docker podem ser armazenadas em um registro público ou privado. É necessário **assinar** as imagens de contêineres para confirmar que as imagens não foram adulteradas. O **publicador** de conteúdo é responsável por **assinar** a imagem do contêiner e enviá-la para o registro.\ A seguir estão alguns detalhes sobre a confiança do conteúdo do Docker: * A confiança do conteúdo do Docker é uma implementação do projeto de código aberto [Notary](https://github.com/docker/notary). O projeto de código aberto Notary é baseado no projeto [The Update Framework (TUF)](https://theupdateframework.github.io). * A confiança do conteúdo do Docker é habilitada com `export DOCKER_CONTENT_TRUST=1`. A partir da versão 1.10 do Docker, a confiança do conteúdo **não é habilitada por padrão**. * **Quando** a confiança do conteúdo está **habilitada**, só podemos **baixar imagens assinadas**. Quando a imagem é enviada, precisamos inserir a chave de marcação. * Quando o **publicador** envia a imagem pela **primeira vez** usando o comando docker push, é necessário inserir uma **senha** para a **chave raiz e a chave de marcação**. Outras chaves são geradas automaticamente. * O Docker também adicionou suporte para chaves de hardware usando o Yubikey e os detalhes estão disponíveis [aqui](https://blog.docker.com/2015/11/docker-content-trust-yubikey/). A seguir está o **erro** que obtemos quando a **confiança do conteúdo está habilitada e a imagem não está assinada**. ```shell-session $ docker pull smakam/mybusybox Using default tag: latest No trust data for latest ``` O seguinte resultado mostra a imagem do contêiner sendo enviada para o Docker Hub com a assinatura ativada. Como esta não é a primeira vez, o usuário é solicitado a inserir apenas a frase secreta para a chave do repositório. ```shell-session $ docker push smakam/mybusybox:v2 The push refers to a repository [docker.io/smakam/mybusybox] a7022f99b0cc: Layer already exists 5f70bf18a086: Layer already exists 9508eff2c687: Layer already exists v2: digest: sha256:8509fa814029e1c1baf7696b36f0b273492b87f59554a33589e1bd6283557fc9 size: 2205 Signing and pushing trust metadata Enter passphrase for repository key with ID 001986b (docker.io/smakam/mybusybox): ``` É necessário armazenar a chave raiz, a chave do repositório e a frase secreta em um local seguro. O seguinte comando pode ser usado para fazer backup das chaves privadas: ```bash tar -zcvf private_keys_backup.tar.gz ~/.docker/trust/private ``` Quando mudei o host do Docker, tive que mover as chaves raiz e as chaves do repositório para operar a partir do novo host. ![](<../../../.gitbook/assets/image (9) (1) (2).png>) \ Use [**Trickest**](https://trickest.com/?utm\_campaign=hacktrics\&utm\_medium=banner\&utm\_source=hacktricks) para construir e **automatizar fluxos de trabalho** com as ferramentas comunitárias mais avançadas do mundo.\ Acesse hoje: {% embed url="https://trickest.com/?utm_campaign=hacktrics&utm_medium=banner&utm_source=hacktricks" %} ## Recursos de Segurança de Contêineres
Resumo dos Recursos de Segurança de Contêineres #### Namespaces Os namespaces são úteis para isolar um projeto dos outros, isolando as comunicações de processos, rede, montagens... É útil isolar o processo do docker de outros processos (e até mesmo da pasta /proc) para que ele não possa escapar abusando de outros processos. Seria possível "escapar" ou mais exatamente **criar novos namespaces** usando o binário **`unshare`** (que usa a chamada de sistema **`unshare`**). O Docker, por padrão, impede isso, mas o Kubernetes não (no momento em que este escrito foi feito).\ De qualquer forma, isso é útil para criar novos namespaces, mas **não para voltar aos namespaces padrão do host** (a menos que você tenha acesso a algum `/proc` dentro dos namespaces do host, onde poderia usar o **`nsenter`** para entrar nos namespaces do host). #### CGroups Isso permite limitar recursos e não afeta a segurança do isolamento do processo (exceto pelo `release_agent` que pode ser usado para escapar). #### Descarte de Capacidades Acho que este é um dos recursos **mais importantes** em relação à segurança do isolamento de processos. Isso ocorre porque, sem as capacidades, mesmo que o processo esteja sendo executado como root, **você não poderá executar algumas ações privilegiadas** (porque a chamada de sistema chamada **`syscall`** retornará um erro de permissão porque o processo não tem as capacidades necessárias). Essas são as **capacidades restantes** após o processo descartar as outras: {% code overflow="wrap" %} ``` Current: cap_chown,cap_dac_override,cap_fowner,cap_fsetid,cap_kill,cap_setgid,cap_setuid,cap_setpcap,cap_net_bind_service,cap_net_raw,cap_sys_chroot,cap_mknod,cap_audit_write,cap_setfcap=ep ``` {% endcode %} #### Seccomp Ele é habilitado por padrão no Docker. Ele ajuda a **limitar ainda mais as syscalls** que o processo pode chamar.\ O **perfil padrão do Docker Seccomp** pode ser encontrado em [https://github.com/moby/moby/blob/master/profiles/seccomp/default.json](https://github.com/moby/moby/blob/master/profiles/seccomp/default.json) #### AppArmor O Docker tem um modelo que você pode ativar: [https://github.com/moby/moby/tree/master/profiles/apparmor](https://github.com/moby/moby/tree/master/profiles/apparmor) Isso permitirá reduzir as capacidades, syscalls, acesso a arquivos e pastas...
### Namespaces **Namespaces** são um recurso do kernel Linux que **particiona recursos do kernel** de forma que um conjunto de **processos veja** um conjunto de **recursos** enquanto **outro** conjunto de **processos** vê um **conjunto diferente** de recursos. O recurso funciona tendo o mesmo namespace para um conjunto de recursos e processos, mas esses namespaces se referem a recursos distintos. Os recursos podem existir em vários espaços. O Docker faz uso dos seguintes Namespaces do kernel Linux para alcançar o isolamento do Container: * namespace pid * namespace mount * namespace de rede * namespace ipc * namespace UTS Para **mais informações sobre os namespaces**, verifique a seguinte página: {% content-ref url="namespaces/" %} [namespaces](namespaces/) {% endcontent-ref %} ### cgroups O recurso do kernel Linux **cgroups** fornece a capacidade de **restringir recursos como CPU, memória, IO, largura de banda de rede entre** um conjunto de processos. O Docker permite criar Containers usando o recurso cgroup que permite o controle de recursos para o Container específico.\ A seguir, é apresentado um Container criado com memória de espaço do usuário limitada a 500m, memória do kernel limitada a 50m, compartilhamento de CPU para 512, peso de blkioweight para 400. O compartilhamento de CPU é uma proporção que controla o uso da CPU do Container. Ele tem um valor padrão de 1024 e varia entre 0 e 1024. Se três Containers tiverem o mesmo compartilhamento de CPU de 1024, cada Container pode usar até 33% da CPU em caso de contenção de recursos da CPU. blkio-weight é uma proporção que controla o IO do Container. Ele tem um valor padrão de 500 e varia entre 10 e 1000. ``` docker run -it -m 500M --kernel-memory 50M --cpu-shares 512 --blkio-weight 400 --name ubuntu1 ubuntu bash ``` Para obter o cgroup de um contêiner, você pode fazer: ```bash docker run -dt --rm denial sleep 1234 #Run a large sleep inside a Debian container ps -ef | grep 1234 #Get info about the sleep process ls -l /proc//ns #Get the Group and the namespaces (some may be uniq to the hosts and some may be shred with it) ``` Para mais informações, consulte: {% content-ref url="cgroups.md" %} [cgroups.md](cgroups.md) {% endcontent-ref %} ### Capacidades As capacidades permitem um **controle mais preciso das capacidades que podem ser permitidas** para o usuário root. O Docker usa o recurso de capacidade do kernel Linux para **limitar as operações que podem ser feitas dentro de um contêiner** independentemente do tipo de usuário. Quando um contêiner Docker é executado, o **processo descarta as capacidades sensíveis que o processo poderia usar para escapar do isolamento**. Isso tenta garantir que o processo não possa executar ações sensíveis e escapar: {% content-ref url="../linux-capabilities.md" %} [linux-capabilities.md](../linux-capabilities.md) {% endcontent-ref %} ### Seccomp no Docker Este é um recurso de segurança que permite ao Docker **limitar as chamadas de sistema** que podem ser usadas dentro do contêiner: {% content-ref url="seccomp.md" %} [seccomp.md](seccomp.md) {% endcontent-ref %} ### AppArmor no Docker **AppArmor** é um aprimoramento do kernel para confinar **contêineres** a um **conjunto limitado de recursos** com **perfis por programa**: {% content-ref url="apparmor.md" %} [apparmor.md](apparmor.md) {% endcontent-ref %} ### SELinux no Docker [SELinux](https://www.redhat.com/en/blog/latest-container-exploit-runc-can-be-blocked-selinux) é um **sistema de rotulagem**. Cada **processo** e cada **objeto do sistema de arquivos** tem um **rótulo**. As políticas do SELinux definem regras sobre o que um **rótulo de processo pode fazer com todos os outros rótulos** no sistema. Os motores de contêiner lançam **processos de contêiner com um único rótulo SELinux confinado**, geralmente `container_t`, e depois definem o contêiner dentro do contêiner para ser rotulado como `container_file_t`. As regras de política do SELinux basicamente dizem que os **processos `container_t` só podem ler/escrever/executar arquivos rotulados como `container_file_t`**. {% content-ref url="../selinux.md" %} [selinux.md](../selinux.md) {% endcontent-ref %} ### AuthZ e AuthN Um plugin de autorização **aprova** ou **nega** **solicitações** ao **daemon** do Docker com base no contexto atual de **autenticação** e no contexto de **comando**. O contexto de **autenticação** contém todos os **detalhes do usuário** e o **método de autenticação**. O contexto de **comando** contém todos os **dados relevantes da solicitação**. {% content-ref url="authz-and-authn-docker-access-authorization-plugin.md" %} [authz-and-authn-docker-access-authorization-plugin.md](authz-and-authn-docker-access-authorization-plugin.md) {% endcontent-ref %} ## Flags interessantes do Docker ### Flag --privileged Na página a seguir, você pode aprender **o que a flag `--privileged` implica**: {% content-ref url="docker-privileged.md" %} [docker-privileged.md](docker-privileged.md) {% endcontent-ref %} ### --security-opt #### no-new-privileges Se você estiver executando um contêiner em que um invasor consegue acessar como um usuário de baixo privilégio. Se você tiver um **binário suid mal configurado**, o invasor pode abusar dele e **escalar privilégios dentro** do contêiner. O que pode permitir que ele escape dele. Executar o contêiner com a opção **`no-new-privileges`** habilitada irá **impedir esse tipo de escalonamento de privilégios**. ``` docker run -it --security-opt=no-new-privileges:true nonewpriv ``` #### Outros ```bash #You can manually add/drop capabilities with --cap-add --cap-drop # You can manually disable seccomp in docker with --security-opt seccomp=unconfined # You can manually disable seccomp in docker with --security-opt apparmor=unconfined # You can manually disable selinux in docker with --security-opt label:disable ``` Para mais opções de **`--security-opt`**, consulte: [https://docs.docker.com/engine/reference/run/#security-configuration](https://docs.docker.com/engine/reference/run/#security-configuration) ![](<../../../.gitbook/assets/image (9) (1) (2).png>) \ Use o [**Trickest**](https://trickest.com/?utm_campaign=hacktrics&utm_medium=banner&utm_source=hacktricks) para construir e **automatizar fluxos de trabalho** com as ferramentas comunitárias mais avançadas do mundo.\ Acesse hoje: {% embed url="https://trickest.com/?utm_campaign=hacktrics&utm_medium=banner&utm_source=hacktricks" %} ## Outras Considerações de Segurança ### Gerenciando Segredos Em primeiro lugar, **não os coloque dentro da sua imagem!** Além disso, **não use variáveis de ambiente** para suas informações confidenciais. Qualquer pessoa que possa executar `docker inspect` ou `exec` no contêiner pode encontrar seu segredo. Os volumes do Docker são melhores. Eles são a maneira recomendada de acessar suas informações confidenciais na documentação do Docker. Você pode **usar um volume como sistema de arquivos temporário mantido na memória**. Os volumes removem o risco de `docker inspect` e de registro. No entanto, **usuários root ainda podem ver o segredo, assim como qualquer pessoa que possa `exec` no contêiner**. Ainda **melhor do que volumes, use segredos do Docker**. Se você apenas precisa do **segredo em sua imagem**, pode usar o **BuildKit**. O BuildKit reduz significativamente o tempo de construção e tem outros recursos interessantes, incluindo suporte a segredos em tempo de construção. Existem três maneiras de especificar o backend do BuildKit para que você possa usar seus recursos agora: 1. Defina-o como uma variável de ambiente com `export DOCKER_BUILDKIT=1`. 2. Inicie seu comando `build` ou `run` com `DOCKER_BUILDKIT=1`. 3. Ative o BuildKit por padrão. Defina a configuração em /_etc/docker/daemon.json_ como _true_ com: `{ "features": { "buildkit": true } }`. Em seguida, reinicie o Docker. 4. Em seguida, você pode usar segredos no momento da construção com a flag `--secret` assim: ```bash docker build --secret my_key=my_value ,src=path/to/my_secret_file . ``` Onde o seu arquivo especifica suas informações confidenciais como um par de chave-valor. Essas informações confidenciais são excluídas do cache de construção da imagem e da imagem final. Se você precisar de sua **informação confidencial em seu contêiner em execução**, e não apenas durante a construção da imagem, use **Docker Compose ou Kubernetes**. Com o Docker Compose, adicione o par de chave-valor das informações confidenciais a um serviço e especifique o arquivo de informações confidenciais. A dica é do [Stack Exchange answer](https://serverfault.com/a/936262/535325) para informações confidenciais do Docker Compose, da qual o exemplo abaixo é adaptado. Exemplo de docker-compose.yml com informações confidenciais: ```yaml version: "3.7" services: my_service: image: centos:7 entrypoint: "cat /run/secrets/my_secret" secrets: - my_secret secrets: my_secret: file: ./my_secret_file.txt ``` Se você estiver usando o Compose, inicie-o como de costume com `docker-compose up --build my_service`. Se você estiver usando o [Kubernetes](https://kubernetes.io/docs/concepts/configuration/secret/), ele tem suporte para segredos. O [Helm-Secrets](https://github.com/futuresimple/helm-secrets) pode ajudar a tornar a gestão de segredos no K8s mais fácil. Além disso, o K8s tem Controles de Acesso Baseados em Função (RBAC) - assim como o Docker Enterprise. O RBAC torna a gestão de segredos mais gerenciável e segura para as equipes. ### gVisor **gVisor** é um kernel de aplicativo, escrito em Go, que implementa uma porção substancial da superfície do sistema Linux. Ele inclui um tempo de execução [Open Container Initiative (OCI)](https://www.opencontainers.org) chamado `runsc` que fornece uma **fronteira de isolamento entre o aplicativo e o kernel do host**. O tempo de execução `runsc` integra-se com o Docker e o Kubernetes, tornando simples a execução de contêineres isolados. {% embed url="https://github.com/google/gvisor" %} ### Kata Containers **Kata Containers** é uma comunidade de código aberto que trabalha para construir um tempo de execução de contêiner seguro com máquinas virtuais leves que parecem e funcionam como contêineres, mas fornecem uma **isolamento de carga de trabalho mais forte usando tecnologia de virtualização de hardware como uma segunda camada de defesa**. {% embed url="https://katacontainers.io/" %} ### Dicas de Resumo * **Não use a flag `--privileged` ou monte um** [**socket do Docker dentro do contêiner**](https://raesene.github.io/blog/2016/03/06/The-Dangers-Of-Docker.sock/)**.** O socket do Docker permite a criação de contêineres, então é uma maneira fácil de assumir o controle total do host, por exemplo, executando outro contêiner com a flag `--privileged`. * **Não execute como root dentro do contêiner. Use um** [**usuário diferente**](https://docs.docker.com/develop/develop-images/dockerfile\_best-practices/#user) **e** [**namespaces de usuário**](https://docs.docker.com/engine/security/userns-remap/)**.** O root no contêiner é o mesmo que no host, a menos que seja remapeado com namespaces de usuário. Ele é apenas levemente restrito por, principalmente, namespaces do Linux, capacidades e cgroups. * [**Descarte todas as capacidades**](https://docs.docker.com/engine/reference/run/#runtime-privilege-and-linux-capabilities) **(`--cap-drop=all`) e habilite apenas as necessárias** (`--cap-add=...`). Muitas cargas de trabalho não precisam de nenhuma capacidade e adicioná-las aumenta o escopo de um possível ataque. * [**Use a opção de segurança "no-new-privileges"**](https://raesene.github.io/blog/2019/06/01/docker-capabilities-and-no-new-privs/) para impedir que os processos ganhem mais privilégios, por exemplo, através de binários suid. * [**Limite os recursos disponíveis para o contêiner**](https://docs.docker.com/engine/reference/run/#runtime-constraints-on-resources)**.** Os limites de recursos podem proteger a máquina de ataques de negação de serviço. * **Ajuste os perfis de** [**seccomp**](https://docs.docker.com/engine/security/seccomp/)**,** [**AppArmor**](https://docs.docker.com/engine/security/apparmor/) **(ou SELinux)** para restringir as ações e syscalls disponíveis para o contêiner ao mínimo necessário. * **Use** [**imagens oficiais do Docker**](https://docs.docker.com/docker-hub/official\_images/) **e exija assinaturas** ou construa as suas próprias com base nelas. Não herde ou use imagens [comprometidas](https://arstechnica.com/information-technology/2018/06/backdoored-images-downloaded-5-million-times-finally-removed-from-docker-hub/). Armazene também as chaves raiz e a frase secreta em um local seguro. O Docker tem planos para gerenciar chaves com o UCP. * **Reconstrua regularmente** suas imagens para **aplicar patches de segurança ao host e às imagens**. * Gerencie seus **segredos com sabedoria** para que seja difícil para o atacante acessá-los. * Se você **expõe o daemon do Docker, use HTTPS** com autenticação de cliente e servidor. * Em seu Dockerfile, **prefira COPY em vez de ADD**. ADD extrai automaticamente arquivos compactados e pode copiar arquivos de URLs. COPY não tem essas capacidades. Sempre que possível, evite usar ADD para não ficar suscetível a ataques através de URLs remotas e arquivos Zip. * Tenha **contêineres separados para cada microsserviço**. * **Não coloque ssh** dentro do contêiner, "docker exec" pode ser usado para ssh para o contêiner. * Tenha **imagens de contêiner menores**. ## Quebra de Segurança / Escalação de Privilégios do Docker Se você estiver **dentro de um contêiner do Docker** ou tiver acesso a um usuário no **grupo docker**, você pode tentar **escapar e escalar privilégios**: {% content-ref url="docker-breakout-privilege-escalation/" %} [docker-breakout-privilege-escalation](docker-breakout-privilege-escalation/) {% endcontent-ref %} ## Bypass do Plugin de Autenticação do Docker Se você tiver acesso ao socket do Docker ou tiver acesso a um usuário no **grupo docker, mas suas ações estiverem sendo limitadas por um plugin de autenticação do Docker**, verifique se você pode **burlá-lo**: {% content-ref url="authz-and-authn-docker-access-authorization-plugin.md" %} [authz-and-authn-docker-access-authorization-plugin.md](authz-and-authn-docker-access-authorization-plugin.md) {% endcontent-ref %} ## Fortalecimento do Docker * A ferramenta [**docker-bench-security**](https://github.com/docker/docker-bench-security) é um script que verifica dezenas de práticas recomendadas comuns em torno da implantação de contêineres Docker em produção. Os testes são todos automatizados e baseados no [CIS Docker Benchmark v1.3.1](https://www.cisecurity.org/benchmark/docker/).\ Você precisa executar a ferramenta no host que executa o Docker ou em um contêiner com privilégios suficientes. Descubra **como executá-lo no README:** [**https://github.com/docker/docker-bench-security**](https://github.com/docker/docker-bench-security). ## Referências * [https