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# macOS Universal binaries & Mach-O Format
{% hint style="success" %}
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</details>
{% endhint %}
## Basic Information
Os binários do Mac OS geralmente são compilados como **binários universais**. Um **binário universal** pode **suportar múltiplas arquiteturas no mesmo arquivo**.
Esses binários seguem a **estrutura Mach-O**, que é basicamente composta por:
* Cabeçalho
* Comandos de Carregamento
* Dados
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## Fat Header
Procure pelo arquivo com: `mdfind fat.h | grep -i mach-o | grep -E "fat.h$"`
<pre class="language-c"><code class="lang-c"><strong>#define FAT_MAGIC 0xcafebabe
</strong><strong>#define FAT_CIGAM 0xbebafeca /* NXSwapLong(FAT_MAGIC) */
</strong>
struct fat_header {
<strong> uint32_t magic; /* FAT_MAGIC ou FAT_MAGIC_64 */
</strong><strong> uint32_t nfat_arch; /* número de structs que seguem */
</strong>};
struct fat_arch {
cpu_type_t cputype; /* especificador de cpu (int) */
cpu_subtype_t cpusubtype; /* especificador de máquina (int) */
uint32_t offset; /* deslocamento do arquivo para este arquivo objeto */
uint32_t size; /* tamanho deste arquivo objeto */
uint32_t align; /* alinhamento como uma potência de 2 */
};
</code></pre>
O cabeçalho tem os bytes **mágicos** seguidos pelo **número** de **arquiteturas** que o arquivo **contém** (`nfat_arch`) e cada arquitetura terá uma struct `fat_arch`.
Verifique com:
<pre class="language-shell-session"><code class="lang-shell-session">% file /bin/ls
/bin/ls: Mach-O universal binary with 2 architectures: [x86_64:Mach-O 64-bit executable x86_64] [arm64e:Mach-O 64-bit executable arm64e]
/bin/ls (para arquitetura x86_64): Mach-O 64-bit executable x86_64
/bin/ls (para arquitetura arm64e): Mach-O 64-bit executable arm64e
% otool -f -v /bin/ls
Fat headers
fat_magic FAT_MAGIC
<strong>nfat_arch 2
</strong><strong>arquitetura x86_64
</strong> cputype CPU_TYPE_X86_64
cpusubtype CPU_SUBTYPE_X86_64_ALL
capabilities 0x0
<strong> offset 16384
</strong><strong> size 72896
</strong> align 2^14 (16384)
<strong>arquitetura arm64e
</strong> cputype CPU_TYPE_ARM64
cpusubtype CPU_SUBTYPE_ARM64E
capabilities PTR_AUTH_VERSION USERSPACE 0
<strong> offset 98304
</strong><strong> size 88816
</strong> align 2^14 (16384)
</code></pre>
ou usando a ferramenta [Mach-O View](https://sourceforge.net/projects/machoview/):
<figure><img src="../../../.gitbook/assets/image (1094).png" alt=""><figcaption></figcaption></figure>
Como você pode estar pensando, geralmente um binário universal compilado para 2 arquiteturas **dobra o tamanho** de um compilado para apenas 1 arquitetura.
## **Mach-O Header**
O cabeçalho contém informações básicas sobre o arquivo, como bytes mágicos para identificá-lo como um arquivo Mach-O e informações sobre a arquitetura alvo. Você pode encontrá-lo em: `mdfind loader.h | grep -i mach-o | grep -E "loader.h$"`
```c
#define MH_MAGIC 0xfeedface /* the mach magic number */
#define MH_CIGAM 0xcefaedfe /* NXSwapInt(MH_MAGIC) */
struct mach_header {
uint32_t magic; /* mach magic number identifier */
cpu_type_t cputype; /* cpu specifier (e.g. I386) */
cpu_subtype_t cpusubtype; /* machine specifier */
uint32_t filetype; /* type of file (usage and alignment for the file) */
uint32_t ncmds; /* number of load commands */
uint32_t sizeofcmds; /* the size of all the load commands */
uint32_t flags; /* flags */
};
#define MH_MAGIC_64 0xfeedfacf /* the 64-bit mach magic number */
#define MH_CIGAM_64 0xcffaedfe /* NXSwapInt(MH_MAGIC_64) */
struct mach_header_64 {
uint32_t magic; /* mach magic number identifier */
int32_t cputype; /* cpu specifier */
int32_t cpusubtype; /* machine specifier */
uint32_t filetype; /* type of file */
uint32_t ncmds; /* number of load commands */
uint32_t sizeofcmds; /* the size of all the load commands */
uint32_t flags; /* flags */
uint32_t reserved; /* reserved */
};
```
### Tipos de Arquivos Mach-O
Existem diferentes tipos de arquivos, que podem ser encontrados definidos no [**código-fonte, por exemplo aqui**](https://opensource.apple.com/source/xnu/xnu-2050.18.24/EXTERNAL\_HEADERS/mach-o/loader.h). Os mais importantes são:
* `MH_OBJECT`: Arquivo objeto relocável (produtos intermediários da compilação, ainda não executáveis).
* `MH_EXECUTE`: Arquivos executáveis.
* `MH_FVMLIB`: Arquivo de biblioteca VM fixa.
* `MH_CORE`: Dumps de código.
* `MH_PRELOAD`: Arquivo executável pré-carregado (não mais suportado no XNU).
* `MH_DYLIB`: Bibliotecas dinâmicas.
* `MH_DYLINKER`: Linker dinâmico.
* `MH_BUNDLE`: "Arquivos de plugin". Gerados usando -bundle no gcc e carregados explicitamente por `NSBundle` ou `dlopen`.
* `MH_DYSM`: Arquivo companheiro `.dSym` (arquivo com símbolos para depuração).
* `MH_KEXT_BUNDLE`: Extensões do Kernel.
```bash
# Checking the mac header of a binary
otool -arch arm64e -hv /bin/ls
Mach header
magic cputype cpusubtype caps filetype ncmds sizeofcmds flags
MH_MAGIC_64 ARM64 E USR00 EXECUTE 19 1728 NOUNDEFS DYLDLINK TWOLEVEL PIE
```
Ou usando [Mach-O View](https://sourceforge.net/projects/machoview/):
<figure><img src="../../../.gitbook/assets/image (1133).png" alt=""><figcaption></figcaption></figure>
## **Flags Mach-O**
O código-fonte também define várias flags úteis para carregar bibliotecas:
* `MH_NOUNDEFS`: Sem referências indefinidas (totalmente vinculado)
* `MH_DYLDLINK`: Vinculação Dyld
* `MH_PREBOUND`: Referências dinâmicas pré-vinculadas.
* `MH_SPLIT_SEGS`: Arquivo divide segmentos r/o e r/w.
* `MH_WEAK_DEFINES`: O binário tem símbolos definidos fracos
* `MH_BINDS_TO_WEAK`: O binário usa símbolos fracos
* `MH_ALLOW_STACK_EXECUTION`: Torna a pilha executável
* `MH_NO_REEXPORTED_DYLIBS`: Biblioteca não possui comandos LC\_REEXPORT
* `MH_PIE`: Executável Independente de Posição
* `MH_HAS_TLV_DESCRIPTORS`: Há uma seção com variáveis locais de thread
* `MH_NO_HEAP_EXECUTION`: Sem execução para páginas de heap/dados
* `MH_HAS_OBJC`: O binário tem seções oBject-C
* `MH_SIM_SUPPORT`: Suporte a simulador
* `MH_DYLIB_IN_CACHE`: Usado em dylibs/frameworks no cache de biblioteca compartilhada.
## **Comandos de carregamento Mach-O**
O **layout do arquivo na memória** é especificado aqui, detalhando a **localização da tabela de símbolos**, o contexto da thread principal no início da execução e as **bibliotecas compartilhadas** necessárias. Instruções são fornecidas ao carregador dinâmico **(dyld)** sobre o processo de carregamento do binário na memória.
O utiliza a estrutura **load\_command**, definida no mencionado **`loader.h`**:
```objectivec
struct load_command {
uint32_t cmd; /* type of load command */
uint32_t cmdsize; /* total size of command in bytes */
};
```
Existem cerca de **50 tipos diferentes de comandos de carregamento** que o sistema trata de maneira diferente. Os mais comuns são: `LC_SEGMENT_64`, `LC_LOAD_DYLINKER`, `LC_MAIN`, `LC_LOAD_DYLIB` e `LC_CODE_SIGNATURE`.
### **LC\_SEGMENT/LC\_SEGMENT\_64**
{% hint style="success" %}
Basicamente, este tipo de Comando de Carregamento define **como carregar o \_\_TEXT** (código executável) **e \_\_DATA** (dados para o processo) **segmentos** de acordo com os **offsets indicados na seção de Dados** quando o binário é executado.
{% endhint %}
Esses comandos **definem segmentos** que são **mapeados** no **espaço de memória virtual** de um processo quando ele é executado.
Existem **diferentes tipos** de segmentos, como o **\_\_TEXT** segmento, que contém o código executável de um programa, e o **\_\_DATA** segmento, que contém dados usados pelo processo. Esses **segmentos estão localizados na seção de dados** do arquivo Mach-O.
**Cada segmento** pode ser ainda **dividido** em múltiplas **seções**. A **estrutura do comando de carregamento** contém **informações** sobre **essas seções** dentro do respectivo segmento.
No cabeçalho, primeiro você encontra o **cabeçalho do segmento**:
<pre class="language-c"><code class="lang-c">struct segment_command_64 { /* para arquiteturas de 64 bits */
uint32_t cmd; /* LC_SEGMENT_64 */
uint32_t cmdsize; /* inclui sizeof section_64 structs */
char segname[16]; /* nome do segmento */
uint64_t vmaddr; /* endereço de memória deste segmento */
uint64_t vmsize; /* tamanho da memória deste segmento */
uint64_t fileoff; /* deslocamento do arquivo deste segmento */
uint64_t filesize; /* quantidade a mapear do arquivo */
int32_t maxprot; /* proteção máxima da VM */
int32_t initprot; /* proteção inicial da VM */
<strong> uint32_t nsects; /* número de seções no segmento */
</strong> uint32_t flags; /* flags */
};
</code></pre>
Exemplo de cabeçalho de segmento:
<figure><img src="../../../.gitbook/assets/image (1126).png" alt=""><figcaption></figcaption></figure>
Este cabeçalho define o **número de seções cujos cabeçalhos aparecem depois** dele:
```c
struct section_64 { /* for 64-bit architectures */
char sectname[16]; /* name of this section */
char segname[16]; /* segment this section goes in */
uint64_t addr; /* memory address of this section */
uint64_t size; /* size in bytes of this section */
uint32_t offset; /* file offset of this section */
uint32_t align; /* section alignment (power of 2) */
uint32_t reloff; /* file offset of relocation entries */
uint32_t nreloc; /* number of relocation entries */
uint32_t flags; /* flags (section type and attributes)*/
uint32_t reserved1; /* reserved (for offset or index) */
uint32_t reserved2; /* reserved (for count or sizeof) */
uint32_t reserved3; /* reserved */
};
```
Exemplo de **cabeçalho de seção**:
<figure><img src="../../../.gitbook/assets/image (1108).png" alt=""><figcaption></figcaption></figure>
Se você **adicionar** o **offset da seção** (0x37DC) + o **offset** onde a **arquitetura começa**, neste caso `0x18000` --> `0x37DC + 0x18000 = 0x1B7DC`
<figure><img src="../../../.gitbook/assets/image (701).png" alt=""><figcaption></figcaption></figure>
Também é possível obter **informações de cabeçalhos** a partir da **linha de comando** com:
```bash
otool -lv /bin/ls
```
Comuns segmentos carregados por este cmd:
* **`__PAGEZERO`:** Instruções para o kernel **mapear** o **endereço zero** para que **não possa ser lido, escrito ou executado**. As variáveis maxprot e minprot na estrutura são definidas como zero para indicar que **não há direitos de leitura-gravação-execução nesta página**.
* Esta alocação é importante para **mitigar vulnerabilidades de desreferência de ponteiro NULL**. Isso ocorre porque o XNU impõe uma página zero rígida que garante que a primeira página (apenas a primeira) da memória seja inacessível (exceto em i386). Um binário poderia atender a esses requisitos criando um pequeno \_\_PAGEZERO (usando o `-pagezero_size`) para cobrir os primeiros 4k e tendo o restante da memória de 32 bits acessível tanto em modo de usuário quanto em modo kernel.
* **`__TEXT`**: Contém **código** **executável** com permissões de **leitura** e **execução** (sem permissões de escrita). Seções comuns deste segmento:
* `__text`: Código binário compilado
* `__const`: Dados constantes (somente leitura)
* `__[c/u/os_log]string`: Constantes de string C, Unicode ou logs do os
* `__stubs` e `__stubs_helper`: Envolvidos durante o processo de carregamento da biblioteca dinâmica
* `__unwind_info`: Dados de desempilhamento.
* Note que todo esse conteúdo é assinado, mas também marcado como executável (criando mais opções para exploração de seções que não necessariamente precisam desse privilégio, como seções dedicadas a strings).
* **`__DATA`**: Contém dados que são **legíveis** e **graváveis** (sem executável).
* `__got:` Tabela de Deslocamento Global
* `__nl_symbol_ptr`: Ponteiro de símbolo não preguiçoso (vinculado no carregamento)
* `__la_symbol_ptr`: Ponteiro de símbolo preguiçoso (vinculado no uso)
* `__const`: Deveria ser dados somente leitura (não é realmente)
* `__cfstring`: Strings do CoreFoundation
* `__data`: Variáveis globais (que foram inicializadas)
* `__bss`: Variáveis estáticas (que não foram inicializadas)
* `__objc_*` (\_\_objc\_classlist, \_\_objc\_protolist, etc): Informações usadas pelo runtime do Objective-C
* **`__DATA_CONST`**: \_\_DATA.\_\_const não é garantido que seja constante (permissões de escrita), nem outros ponteiros e a GOT. Esta seção torna `__const`, alguns inicializadores e a tabela GOT (uma vez resolvida) **somente leitura** usando `mprotect`.
* **`__LINKEDIT`**: Contém informações para o linker (dyld), como entradas de tabela de símbolos, strings e relocação. É um contêiner genérico para conteúdos que não estão em `__TEXT` ou `__DATA` e seu conteúdo é descrito em outros comandos de carregamento.
* Informações do dyld: Rebase, opcodes de vinculação não preguiçosa/preguiçosa/fraca e informações de exportação
* Inícios de funções: Tabela de endereços de início de funções
* Dados em Código: Ilhas de dados em \_\_text
* Tabela de Símbolos: Símbolos no binário
* Tabela de Símbolos Indiretos: Símbolos de ponteiro/stub
* Tabela de Strings
* Assinatura de Código
* **`__OBJC`**: Contém informações usadas pelo runtime do Objective-C. Embora essas informações também possam ser encontradas no segmento \_\_DATA, dentro de várias seções em \_\_objc\_\*.
* **`__RESTRICT`**: Um segmento sem conteúdo com uma única seção chamada **`__restrict`** (também vazia) que garante que, ao executar o binário, ele ignorará variáveis ambientais DYLD.
Como foi possível ver no código, **os segmentos também suportam flags** (embora não sejam muito utilizados):
* `SG_HIGHVM`: Apenas núcleo (não utilizado)
* `SG_FVMLIB`: Não utilizado
* `SG_NORELOC`: O segmento não tem relocação
* `SG_PROTECTED_VERSION_1`: Criptografia. Usado, por exemplo, pelo Finder para criptografar o segmento `__TEXT`.
### **`LC_UNIXTHREAD/LC_MAIN`**
**`LC_MAIN`** contém o ponto de entrada no atributo **entryoff**. No momento do carregamento, **dyld** simplesmente **adiciona** esse valor à (em memória) **base do binário**, então **salta** para essa instrução para iniciar a execução do código do binário.
**`LC_UNIXTHREAD`** contém os valores que o registrador deve ter ao iniciar a thread principal. Isso já foi descontinuado, mas **`dyld`** ainda o utiliza. É possível ver os valores dos registradores definidos por isso com:
```bash
otool -l /usr/lib/dyld
[...]
Load command 13
cmd LC_UNIXTHREAD
cmdsize 288
flavor ARM_THREAD_STATE64
count ARM_THREAD_STATE64_COUNT
x0 0x0000000000000000 x1 0x0000000000000000 x2 0x0000000000000000
x3 0x0000000000000000 x4 0x0000000000000000 x5 0x0000000000000000
x6 0x0000000000000000 x7 0x0000000000000000 x8 0x0000000000000000
x9 0x0000000000000000 x10 0x0000000000000000 x11 0x0000000000000000
x12 0x0000000000000000 x13 0x0000000000000000 x14 0x0000000000000000
x15 0x0000000000000000 x16 0x0000000000000000 x17 0x0000000000000000
x18 0x0000000000000000 x19 0x0000000000000000 x20 0x0000000000000000
x21 0x0000000000000000 x22 0x0000000000000000 x23 0x0000000000000000
x24 0x0000000000000000 x25 0x0000000000000000 x26 0x0000000000000000
x27 0x0000000000000000 x28 0x0000000000000000 fp 0x0000000000000000
lr 0x0000000000000000 sp 0x0000000000000000 pc 0x0000000000004b70
cpsr 0x00000000
[...]
```
### **`LC_CODE_SIGNATURE`**
Contém informações sobre a **assinatura de código do arquivo Macho-O**. Ele contém apenas um **offset** que **aponta** para o **blob de assinatura**. Isso geralmente está no final do arquivo.\
No entanto, você pode encontrar algumas informações sobre esta seção em [**este post de blog**](https://davedelong.com/blog/2018/01/10/reading-your-own-entitlements/) e neste [**gists**](https://gist.github.com/carlospolop/ef26f8eb9fafd4bc22e69e1a32b81da4).
### **`LC_ENCRYPTION_INFO[_64]`**
Suporte para criptografia binária. No entanto, é claro que, se um atacante conseguir comprometer o processo, ele poderá despejar a memória sem criptografia.
### **`LC_LOAD_DYLINKER`**
Contém o **caminho para o executável do linker dinâmico** que mapeia bibliotecas compartilhadas no espaço de endereço do processo. O **valor é sempre definido como `/usr/lib/dyld`**. É importante notar que no macOS, o mapeamento de dylib acontece em **modo de usuário**, não em modo de kernel.
### **`LC_IDENT`**
Obsoleto, mas quando configurado para gerar dumps em caso de pânico, um core dump Mach-O é criado e a versão do kernel é definida no comando `LC_IDENT`.
### **`LC_UUID`**
UUID aleatório. É útil para qualquer coisa diretamente, mas o XNU o armazena em cache com o resto das informações do processo. Pode ser usado em relatórios de falhas.
### **`LC_DYLD_ENVIRONMENT`**
Permite indicar variáveis de ambiente para o dyld antes que o processo seja executado. Isso pode ser muito perigoso, pois pode permitir a execução de código arbitrário dentro do processo, então este comando de carga é usado apenas em builds do dyld com `#define SUPPORT_LC_DYLD_ENVIRONMENT` e restringe ainda mais o processamento apenas para variáveis da forma `DYLD_..._PATH` especificando caminhos de carga.
### **`LC_LOAD_DYLIB`**
Este comando de carga descreve uma dependência de **biblioteca** **dinâmica** que **instrui** o **loader** (dyld) a **carregar e vincular a referida biblioteca**. Há um comando de carga `LC_LOAD_DYLIB` **para cada biblioteca** que o binário Mach-O requer.
* Este comando de carga é uma estrutura do tipo **`dylib_command`** (que contém uma struct dylib, descrevendo a biblioteca dinâmica dependente real):
```objectivec
struct dylib_command {
uint32_t cmd; /* LC_LOAD_{,WEAK_}DYLIB */
uint32_t cmdsize; /* includes pathname string */
struct dylib dylib; /* the library identification */
};
struct dylib {
union lc_str name; /* library's path name */
uint32_t timestamp; /* library's build time stamp */
uint32_t current_version; /* library's current version number */
uint32_t compatibility_version; /* library's compatibility vers number*/
};
```
![](<../../../.gitbook/assets/image (486).png>)
Você também pode obter essas informações pelo cli com:
```bash
otool -L /bin/ls
/bin/ls:
/usr/lib/libutil.dylib (compatibility version 1.0.0, current version 1.0.0)
/usr/lib/libncurses.5.4.dylib (compatibility version 5.4.0, current version 5.4.0)
/usr/lib/libSystem.B.dylib (compatibility version 1.0.0, current version 1319.0.0)
```
Algumas bibliotecas relacionadas a malware potenciais são:
* **DiskArbitration**: Monitoramento de drives USB
* **AVFoundation:** Captura de áudio e vídeo
* **CoreWLAN**: Scans de Wifi.
{% hint style="info" %}
Um binário Mach-O pode conter um ou **mais** **construtores**, que serão **executados** **antes** do endereço especificado em **LC\_MAIN**.\
Os offsets de quaisquer construtores são mantidos na seção **\_\_mod\_init\_func** do segmento **\_\_DATA\_CONST**.
{% endhint %}
## **Dados Mach-O**
No núcleo do arquivo está a região de dados, que é composta por vários segmentos conforme definido na região de comandos de carregamento. **Uma variedade de seções de dados pode ser hospedada dentro de cada segmento**, com cada seção **contendo código ou dados** específicos a um tipo.
{% hint style="success" %}
Os dados são basicamente a parte que contém todas as **informações** que são carregadas pelos comandos de carregamento **LC\_SEGMENTS\_64**
{% endhint %}
![https://www.oreilly.com/api/v2/epubs/9781785883378/files/graphics/B05055\_02\_38.jpg](<../../../.gitbook/assets/image (507) (3).png>)
Isso inclui:
* **Tabela de funções:** Que contém informações sobre as funções do programa.
* **Tabela de símbolos**: Que contém informações sobre a função externa usada pelo binário
* Também pode conter nomes de funções internas, variáveis e mais.
Para verificar, você pode usar a ferramenta [**Mach-O View**](https://sourceforge.net/projects/machoview/):
<figure><img src="../../../.gitbook/assets/image (1120).png" alt=""><figcaption></figcaption></figure>
Ou a partir da linha de comando:
```bash
size -m /bin/ls
```
## Seções Comuns do Objetive-C
No segmento `__TEXT` (r-x):
* `__objc_classname`: Nomes das classes (strings)
* `__objc_methname`: Nomes dos métodos (strings)
* `__objc_methtype`: Tipos de métodos (strings)
No segmento `__DATA` (rw-):
* `__objc_classlist`: Ponteiros para todas as classes Objetive-C
* `__objc_nlclslist`: Ponteiros para classes Objetive-C Não-Lazy
* `__objc_catlist`: Ponteiro para Categorias
* `__objc_nlcatlist`: Ponteiro para Categorias Não-Lazy
* `__objc_protolist`: Lista de Protocolos
* `__objc_const`: Dados constantes
* `__objc_imageinfo`, `__objc_selrefs`, `objc__protorefs`...
## Swift
* `_swift_typeref`, `_swift3_capture`, `_swift3_assocty`, `_swift3_types, _swift3_proto`, `_swift3_fieldmd`, `_swift3_builtin`, `_swift3_reflstr`
{% hint style="success" %}
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</details>
{% endhint %}