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* **Web do Atacante**: O site malicioso criado pelo atacante, que a vítima visita, hospedando o exploit.
* **Método de Inclusão**: A técnica empregada para incorporar a Web Vulnerável na Web do Atacante (por exemplo, window.open, iframe, fetch, tag HTML com href, etc.).
* **Técnica de Vazamento**: Técnicas usadas para discernir diferenças no estado da Web Vulnerável com base nas informações coletadas por meio do método de inclusão.
* **Estados**: As duas condições potenciais da Web Vulnerável, que o atacante visa distinguir.
* **Diferenças Detectáveis**: Variações observáveis nas quais o atacante se baseia para inferir o estado da Web Vulnerável.
### Diferenças Detectáveis
Vários aspectos podem ser analisados para diferenciar os estados da Web Vulnerável:
* **Código de Status**: Diferenciar entre **vários códigos de status de resposta HTTP** de origem cruzada, como erros de servidor, erros de cliente ou erros de autenticação.
* **Uso de API**: Identificar **o uso de APIs da Web** em páginas, revelando se uma página de origem cruzada emprega uma API específica do JavaScript da Web.
* **Redirecionamentos**: Detectar navegações para páginas diferentes, não apenas redirecionamentos HTTP, mas também aqueles acionados por JavaScript ou HTML.
* **Conteúdo da Página**: Observar **variações no corpo da resposta HTTP** ou em sub-recursos da página, como o **número de frames incorporados** ou disparidades de tamanho em imagens.
* **Cabeçalho HTTP**: Observar a presença ou possivelmente o valor de um **cabeçalho de resposta HTTP específico**, incluindo cabeçalhos como X-Frame-Options, Content-Disposition e Cross-Origin-Resource-Policy.
* **Elementos HTML**: O HTML oferece vários elementos para **inclusão de recursos de origem cruzada**, como folhas de estilo, imagens ou scripts, compelindo o navegador a solicitar um recurso não HTML. Uma compilação de elementos HTML potenciais para esse fim pode ser encontrada em [https://github.com/cure53/HTTPLeaks](https://github.com/cure53/HTTPLeaks).
* **Frames**: Elementos como **iframe**, **object** e **embed** podem incorporar recursos HTML diretamente na página do atacante. Se a página **não tiver proteção de enquadramento**, o JavaScript pode acessar o objeto window do recurso emoldurado por meio da propriedade contentWindow.
* **Pop-ups**: O método **`window.open`** abre um recurso em uma nova guia ou janela, fornecendo um **identificador de janela** para o JavaScript interagir com métodos e propriedades seguindo a SOP. Pop-ups, frequentemente usados em logins únicos, contornam as restrições de enquadramento e cookies de um recurso alvo. No entanto, os navegadores modernos restringem a criação de pop-ups a certas ações do usuário.
* **Requisições JavaScript**: O JavaScript permite solicitações diretas a recursos de destino usando **XMLHttpRequests** ou a **Fetch API**. Esses métodos oferecem controle preciso sobre a solicitação, como optar por seguir redirecionamentos HTTP.
* **Manipulador de Eventos**: Uma técnica de vazamento clássica em XS-Leaks, onde manipuladores de eventos como **onload** e **onerror** fornecem insights sobre o sucesso ou falha no carregamento do recurso.
* **Mensagens de Erro**: Exceções de JavaScript ou páginas de erro especiais podem fornecer informações de vazamento diretamente da mensagem de erro ou diferenciando entre sua presença e ausência.
* **Limites Globais**: Limitações físicas de um navegador, como capacidade de memória ou outros limites impostos pelo navegador, podem sinalizar quando um limite é atingido, servindo como técnica de vazamento.
* **Estado Global**: Interações detectáveis com os **estados globais dos navegadores** (por exemplo, a interface History) podem ser exploradas. Por exemplo, o **número de entradas** no histórico de um navegador pode oferecer pistas sobre páginas de origem cruzada.
* **API de Desempenho**: Esta API fornece **detalhes de desempenho da página atual**, incluindo cronometragem de rede para o documento e recursos carregados, permitindo inferências sobre os recursos solicitados.
* **Atributos Legíveis**: Alguns atributos HTML são **legíveis de origem cruzada** e podem ser usados como técnica de vazamento. Por exemplo, a propriedade `window.frame.length` permite que o JavaScript conte os frames incluídos em uma página da web de origem cruzada.
XSinator é uma ferramenta automática para **verificar navegadores contra vários XS-Leaks conhecidos** explicados em seu artigo: [**https://xsinator.com/paper.pdf**](https://xsinator.com/paper.pdf)
Você pode **acessar a ferramenta em** [**https://xsinator.com/**](https://xsinator.com/)
{% hint style="warning" %}
**XS-Leaks Excluídos**: Tivemos que excluir XS-Leaks que dependem de **service workers** pois interfeririam com outros vazamentos no XSinator. Além disso, optamos por **excluir XS-Leaks que dependem de configurações incorretas e bugs em um aplicativo web específico**. Por exemplo, configurações incorretas de Compartilhamento de Recursos de Origem Cruzada (CORS), vazamento de postMessage ou Cross-Site Scripting. Adicionalmente, excluímos XS-Leaks baseados em tempo, pois frequentemente sofrem com lentidão, ruído e imprecisão.
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Algumas das técnicas a seguir vão usar o tempo como parte do processo para detectar diferenças nos possíveis estados das páginas da web. Existem diferentes maneiras de medir o tempo em um navegador da web.
**Relógios**: A API [performance.now()](https://developer.mozilla.org/en-US/docs/Web/API/Performance/now) permite aos desenvolvedores obter medidas de tempo de alta resolução.\
Existem um número considerável de APIs que os atacantes podem abusar para criar relógios implícitos: [Broadcast Channel API](https://developer.mozilla.org/en-US/docs/Web/API/Broadcast_Channel_API), [Message Channel API](https://developer.mozilla.org/en-US/docs/Web/API/MessageChannel), [requestAnimationFrame](https://developer.mozilla.org/en-US/docs/Web/API/window/requestAnimationFrame), [setTimeout](https://developer.mozilla.org/en-US/docs/Web/API/WindowOrWorkerGlobalScope/setTimeout), animações CSS e outros.\
* **Resumo**: ao tentar carregar um recurso, os eventos onerror/onload são acionados quando o recurso é carregado com sucesso/sem sucesso, sendo possível descobrir o código de status.
* **Exemplo de código**: [https://xsinator.com/testing.html#Event%20Handler%20Leak%20(Script)](https://xsinator.com/testing.html#Event%20Handler%20Leak%20\(Script\))
O exemplo de código tenta **carregar objetos de scripts de JS**, mas **outros tags** como objetos, folhas de estilo, imagens, áudios também poderiam ser usados. Além disso, também é possível injetar a **tag diretamente** e declarar os eventos `onload` e `onerror` dentro da tag (em vez de injetá-la a partir do JS).
* **Resumo:** A [**performance.now()**](https://xsleaks.dev/docs/attacks/timing-attacks/clocks/#performancenow) **API** pode ser usada para medir quanto tempo leva para fazer uma solicitação. No entanto, outros relógios poderiam ser usados, como o [**PerformanceLongTaskTiming API**](https://developer.mozilla.org/en-US/docs/Web/API/PerformanceLongTaskTiming) que pode identificar tarefas em execução por mais de 50ms.
* **Exemplo de Código**: [https://xsleaks.dev/docs/attacks/timing-attacks/network-timing/#onload-events](https://xsleaks.dev/docs/attacks/timing-attacks/network-timing/#onload-events) outro exemplo em:
Esta técnica é semelhante à anterior, mas o **atacante** também irá **forçar** alguma ação a levar um **tempo relevante** quando a **resposta for positiva ou negativa** e medir esse tempo.
* **Resumo:** O [relógio SharedArrayBuffer](https://xsleaks.dev/docs/attacks/timing-attacks/clocks/#sharedarraybuffer-and-web-workers) pode ser usado para medir quanto tempo leva para fazer uma solicitação. Outros relógios poderiam ser usados.
* **Exemplo de Código**: [https://xsleaks.dev/docs/attacks/timing-attacks/network-timing/#unload-events](https://xsleaks.dev/docs/attacks/timing-attacks/network-timing/#unload-events)
O tempo necessário para buscar um recurso pode ser medido utilizando os eventos [`unload`](https://developer.mozilla.org/en-US/docs/Web/API/Window/unload\_event) e [`beforeunload`](https://developer.mozilla.org/en-US/docs/Web/API/Window/beforeunload\_event). O evento **`beforeunload`** é acionado quando o navegador está prestes a navegar para uma nova página, enquanto o evento **`unload`** ocorre quando a navegação está realmente ocorrendo. A diferença de tempo entre esses dois eventos pode ser calculada para determinar a **duração que o navegador passou buscando o recurso**.
* **Resumo:** A [performance.now()](https://xsleaks.dev/docs/attacks/timing-attacks/clocks/#performancenow) API pode ser usada para medir quanto tempo leva para fazer uma solicitação. Outros relógios poderiam ser usados.
* **Exemplo de Código**: [https://xsleaks.dev/docs/attacks/timing-attacks/network-timing/#sandboxed-frame-timing-attacks](https://xsleaks.dev/docs/attacks/timing-attacks/network-timing/#sandboxed-frame-timing-attacks)
Observou-se que na ausência de [Proteções de Enquadramento](https://xsleaks.dev/docs/defenses/opt-in/xfo/), o tempo necessário para uma página e seus subrecursos serem carregados pela rede pode ser medido por um atacante. Essa medição é tipicamente possível porque o manipulador `onload` de um iframe é acionado somente após a conclusão do carregamento de recursos e da execução de JavaScript. Para contornar a variabilidade introduzida pela execução de script, um atacante pode empregar o atributo [`sandbox`](https://developer.mozilla.org/en-US/docs/Web/HTML/Element/iframe) dentro do `<iframe>`. A inclusão desse atributo restringe inúmeras funcionalidades, especialmente a execução de JavaScript, facilitando assim uma medição que é predominantemente influenciada pelo desempenho da rede.
* **Resumo**: Se você conseguir fazer a página apresentar erro quando o conteúdo correto é acessado e carregar corretamente quando qualquer conteúdo é acessado, então você pode criar um loop para extrair todas as informações sem medir o tempo.
Você pode fazer a vítima procurar pelo arquivo que contém "_**flag**_" usando um **Iframe** (explorando um CSRF, por exemplo). Dentro do Iframe, você sabe que o _**evento onload**_ será **sempre executado pelo menos uma vez**. Então, você pode **alterar** o **URL** do **iframe** mudando apenas o **conteúdo** do **hash** dentro do URL.
Se o primeiro URL foi **carregado com sucesso**, então, ao **alterar** a parte do **hash** do URL, o evento **onload****não será acionado** novamente. Mas **se** a página teve algum tipo de **erro** ao **carregar**, então, o evento **onload** será **acionado novamente**.
* **Resumo**: Se a **página** estiver **retornando** o **conteúdo sensível**, ou um **conteúdo** que pode ser **controlado** pelo usuário. O usuário poderia definir **código JS válido no caso negativo**, e **carregar** cada tentativa dentro de tags **`<script>`**, então nos casos **negativos** o código dos atacantes é **executado**, e nos casos **afirmativos****nada** será executado.
* **Resumo**: **Cross-Origin Read Blocking (CORB)** é uma medida de segurança que impede que páginas da web carreguem determinados recursos sensíveis de origens cruzadas para se proteger contra ataques como **Spectre**. No entanto, os atacantes podem explorar seu comportamento protetor. Quando uma resposta sujeita ao **CORB** retorna um `Content-Type`_**protegido pelo CORB**_ com `nosniff` e um código de status `2xx`, o **CORB** remove o corpo e os cabeçalhos da resposta. Atacantes que observam isso podem inferir a combinação do **código de status** (indicando sucesso ou erro) e o `Content-Type` (indicando se é protegido pelo **CORB**), levando a um vazamento potencial de informações.
* **Resumo**: Vazamento de dados sensíveis do atributo id ou name.
* **Exemplo de Código**: [https://xsleaks.dev/docs/attacks/id-attribute/#code-snippet](https://xsleaks.dev/docs/attacks/id-attribute/#code-snippet)
É possível **carregar uma página** dentro de um **iframe** e usar o **`#valor_id`** para fazer a página **focar no elemento** do iframe com o id indicado, então se um sinal **`onblur`** for acionado, o elemento ID existe.\
Você pode realizar o mesmo ataque com tags **`portal`**.
### Transmissões de postMessage <a href="#postmessage-broadcasts" id="postmessage-broadcasts"></a>
* **Resumo**: Reunir informações sensíveis de um postMessage ou usar a presença de postMessages como um oráculo para saber o status do usuário na página
Aplicações frequentemente utilizam transmissões de [`postMessage`](https://developer.mozilla.org/en-US/docs/Web/API/Window/postMessage) para se comunicar entre diferentes origens. No entanto, esse método pode inadvertidamente expor **informações sensíveis** se o parâmetro `targetOrigin` não for especificado corretamente, permitindo que qualquer janela receba as mensagens. Além disso, o simples ato de receber uma mensagem pode atuar como um **oráculo**; por exemplo, certas mensagens podem ser enviadas apenas para usuários que estão logados. Portanto, a presença ou ausência dessas mensagens pode revelar informações sobre o estado ou identidade do usuário, como se estão autenticados ou não.
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É possível identificar se, e quantas, **conexões WebSocket uma página-alvo utiliza**. Isso permite que um atacante detecte estados de aplicativos e vaze informações vinculadas ao número de conexões WebSocket.
Se uma **origem** usar a **quantidade máxima de objetos de conexão WebSocket**, independentemente do estado das conexões, a criação de **novos objetos resultará em exceções JavaScript**. Para executar esse ataque, o site do atacante abre o site-alvo em um pop-up ou iframe e, em seguida, após o carregamento do site-alvo, tenta criar o número máximo possível de conexões WebSocket. O **número de exceções lançadas** é o **número de conexões WebSocket usadas pela janela do site-alvo**.
Como **apenas uma solicitação de pagamento pode estar ativa** ao mesmo tempo, se o site alvo estiver usando a API de Solicitação de Pagamento, quaisquer **tentativas posteriores de usar essa API falharão**, e causarão uma **exceção em JavaScript**. O atacante pode explorar isso ao **tentar periodicamente mostrar a interface da API de Pagamento**. Se uma tentativa causar uma exceção, significa que o site alvo está atualmente usando a API. O atacante pode ocultar essas tentativas periódicas fechando imediatamente a interface após a criação.
O JavaScript opera em um [modelo de concorrência de loop de eventos de única thread](https://developer.mozilla.org/en-US/docs/Web/JavaScript/EventLoop), significando que **só pode executar uma tarefa de cada vez**. Essa característica pode ser explorada para medir **quanto tempo o código de uma origem diferente leva para ser executado**. Um atacante pode medir o tempo de execução de seu próprio código no loop de eventos ao despachar continuamente eventos com propriedades fixas. Esses eventos serão processados quando o pool de eventos estiver vazio. Se outras origens também estiverem despachando eventos para o mesmo pool, um **atacante pode inferir o tempo que leva para esses eventos externos serem executados observando atrasos na execução de suas próprias tarefas**. Esse método de monitorar o loop de eventos para atrasos pode revelar o tempo de execução do código de diferentes origens, potencialmente expondo informações sensíveis.
Em uma cronometragem de execução, é possível **eliminar****fatores de rede** para obter **medidas mais precisas**. Por exemplo, carregando os recursos usados pela página antes de carregá-la.
{% endhint %}
### Loop de Eventos Ocupado <a href="#busy-event-loop" id="busy-event-loop"></a>
* **Métodos de Inclusão**:
* **Diferença Detectável**: Cronometragem (geralmente devido ao Conteúdo da Página, Código de Status)
* **Resumo:** Um método para medir o tempo de execução de uma operação web envolve bloquear intencionalmente o loop de eventos de uma thread e, em seguida, cronometrar **quanto tempo leva para o loop de eventos ficar disponível novamente**. Ao inserir uma operação de bloqueio (como um cálculo longo ou uma chamada de API síncrona) no loop de eventos e monitorar o tempo que leva para o código subsequente começar a ser executado, é possível inferir a duração das tarefas que estavam sendo executadas no loop de eventos durante o período de bloqueio. Essa técnica aproveita a natureza de única thread do loop de eventos do JavaScript, onde as tarefas são executadas sequencialmente, e pode fornecer insights sobre o desempenho ou comportamento de outras operações compartilhando a mesma thread.
Uma vantagem significativa da técnica de medir o tempo de execução bloqueando o loop de eventos é seu potencial para contornar o **Isolamento de Site**. O **Isolamento de Site** é um recurso de segurança que separa diferentes sites em processos separados, com o objetivo de evitar que sites maliciosos acessem diretamente dados sensíveis de outros sites. No entanto, ao influenciar a cronometragem de execução de outra origem por meio do loop de eventos compartilhado, um atacante pode extrair indiretamente informações sobre as atividades dessa origem. Este método não depende do acesso direto aos dados da outra origem, mas observa o impacto das atividades dessa origem no loop de eventos compartilhado, evitando assim as barreiras de proteção estabelecidas pelo **Isolamento de Site**.
Em uma cronometragem de execução, é possível **eliminar****fatores de rede** para obter **medidas mais precisas**. Por exemplo, carregando os recursos usados pela página antes de carregá-la.
* **Resumo:** Um atacante poderia bloquear todos os sockets, exceto 1, carregar o site alvo e ao mesmo tempo carregar outra página, o tempo até que a última página comece a carregar é o tempo que a página alvo levou para carregar.
Os navegadores utilizam sockets para comunicação com o servidor, mas devido aos recursos limitados do sistema operacional e do hardware, **os navegadores são obrigados a impor um limite** no número de sockets simultâneos. Os atacantes podem explorar essa limitação por meio dos seguintes passos:
2. Ocupar 255 sockets por um período prolongado iniciando 255 solicitações para vários hosts, projetadas para manter as conexões abertas sem completar.
3. Utilizar o 256º socket para enviar uma solicitação para a página alvo.
4. Tentar uma 257ª solicitação para um host diferente. Dado que todos os sockets estão em uso (conforme os passos 2 e 3), essa solicitação será enfileirada até que um socket fique disponível. O atraso antes que essa solicitação prossiga fornece ao atacante informações de cronometragem sobre a atividade de rede relacionada ao 256º socket (o socket da página alvo). Essa inferência é possível porque os 255 sockets do passo 2 ainda estão ocupados, implicando que qualquer socket recém-disponível deve ser o liberado no passo 3. O tempo necessário para o 256º socket ficar disponível está diretamente relacionado ao tempo necessário para a solicitação à página alvo ser concluída.
Para mais informações: [https://xsleaks.dev/docs/attacks/timing-attacks/connection-pool/](https://xsleaks.dev/docs/attacks/timing-attacks/connection-pool/)
* **Resumo:** É como a técnica anterior, mas em vez de usar todos os sockets, o Google **Chrome** impõe um limite de **6 solicitações simultâneas ao mesmo destino**. Se **bloquearmos 5** e depois **lançarmos uma 6ª** solicitação, podemos **cronometrar** e se conseguirmos fazer a **página da vítima enviar** mais **solicitações** para o mesmo endpoint para detectar um **status** da **página**, a **6ª solicitação** levará **mais tempo** e podemos detectá-la.
A [`API de Performance`](https://developer.mozilla.org/en-US/docs/Web/API/Performance) oferece insights sobre as métricas de desempenho de aplicações web, enriquecidas ainda mais pela [`API de Resource Timing`](https://developer.mozilla.org/en-US/docs/Web/API/Resource\_Timing\_API). A API de Resource Timing permite monitorar detalhes dos tempos de solicitação de rede, como a duração das solicitações. Notavelmente, quando os servidores incluem o cabeçalho `Timing-Allow-Origin: *` em suas respostas, dados adicionais como o tamanho da transferência e o tempo de busca de domínio ficam disponíveis.
Essa riqueza de dados pode ser obtida por meio de métodos como [`performance.getEntries`](https://developer.mozilla.org/en-US/docs/Web/API/Performance/getEntries) ou [`performance.getEntriesByName`](https://developer.mozilla.org/en-US/docs/Web/API/Performance/getEntriesByName), fornecendo uma visão abrangente de informações relacionadas ao desempenho. Além disso, a API facilita a medição dos tempos de execução calculando a diferença entre os carimbos de data/hora obtidos de [`performance.now()`](https://developer.mozilla.org/en-US/docs/Web/API/Performance/now). No entanto, vale ressaltar que, para certas operações em navegadores como o Chrome, a precisão do `performance.now()` pode ser limitada a milissegundos, o que poderia afetar a granularidade das medições de tempo.
Além das medições de tempo, a API de Performance pode ser aproveitada para insights relacionados à segurança. Por exemplo, a presença ou ausência de páginas no objeto `performance` no Chrome pode indicar a aplicação de `X-Frame-Options`. Especificamente, se uma página for bloqueada de ser renderizada em um quadro devido a `X-Frame-Options`, ela não será registrada no objeto `performance`, fornecendo uma pista sutil sobre as políticas de enquadramento da página.
* **Resumo:** Uma solicitação que resulta em erros não criará uma entrada de tempo de recurso.
* **Exemplo de Código**: [https://xsinator.com/testing.html#Performance%20API%20Error%20Leak](https://xsinator.com/testing.html#Performance%20API%20Error%20Leak)
É possível **diferenciar entre códigos de status de resposta HTTP** porque as solicitações que levam a um **erro** não criam uma entrada de desempenho.
* **Resumo:** Devido a um bug do navegador, solicitações que resultam em erros são carregadas duas vezes.
* **Exemplo de Código**: [https://xsinator.com/testing.html#Style%20Reload%20Error%20Leak](https://xsinator.com/testing.html#Style%20Reload%20Error%20Leak)
Na técnica anterior, também foram identificados dois casos em que bugs do navegador no GC levam a **recursos sendo carregados duas vezes quando falham ao carregar**. Isso resultará em várias entradas na API de Performance e, portanto, pode ser detectado.
* **Exemplo de Código**: [https://xsinator.com/testing.html#Request%20Merging%20Error%20Leak](https://xsinator.com/testing.html#Request%20Merging%20Error%20Leak)
A técnica foi encontrada em uma tabela no artigo mencionado, mas nenhuma descrição da técnica foi encontrada nela. No entanto, você pode encontrar o código-fonte verificando isso em [https://xsinator.com/testing.html#Request%20Merging%20Error%20Leak](https://xsinator.com/testing.html#Request%20Merging%20Error%20Leak)
* **Resumo:** Respostas vazias não criam entradas de tempo de recurso.
* **Exemplo de Código**: [https://xsinator.com/testing.html#Performance%20API%20Empty%20Page%20Leak](https://xsinator.com/testing.html#Performance%20API%20Empty%20Page%20Leak)
Um atacante pode detectar se uma solicitação resultou em um corpo de resposta HTTP vazio porque **páginas vazias não criam uma entrada de desempenho em alguns navegadores**.
* **Resumo:** Usando o Auditor XSS em Assertivas de Segurança, os atacantes podem detectar elementos específicos da página observando alterações nas respostas quando payloads criados acionam o mecanismo de filtragem do auditor.
* **Exemplo de Código**: [https://xsinator.com/testing.html#Performance%20API%20XSS%20Auditor%20Leak](https://xsinator.com/testing.html#Performance%20API%20XSS%20Auditor%20Leak)
Em Assertivas de Segurança (SA), o Auditor XSS, originalmente destinado a prevenir ataques de Cross-Site Scripting (XSS), pode paradoxalmente ser explorado para vazar informações sensíveis. Embora esse recurso integrado tenha sido removido do Google Chrome (GC), ele ainda está presente em SA. Em 2013, Braun e Heiderich demonstraram que o Auditor XSS poderia inadvertidamente bloquear scripts legítimos, levando a falsos positivos. Com base nisso, os pesquisadores desenvolveram técnicas para extrair informações e detectar conteúdo específico em páginas de origens cruzadas, um conceito conhecido como XS-Leaks, inicialmente relatado por Terada e elaborado por Heyes em um post de blog. Embora essas técnicas fossem específicas para o Auditor XSS no GC, descobriu-se que em SA, páginas bloqueadas pelo Auditor XSS não geram entradas na API de Performance, revelando um método pelo qual informações sensíveis ainda podem ser vazadas.
* **Resumo:** Recurso com cabeçalho X-Frame-Options não cria uma entrada de tempo de recurso.
* **Exemplo de Código**: [https://xsinator.com/testing.html#Performance%20API%20X-Frame%20Leak](https://xsinator.com/testing.html#Performance%20API%20X-Frame%20Leak)
Se uma página **não é permitida** ser **renderizada** em um **iframe**, ela **não cria uma entrada de desempenho**. Como resultado, um atacante pode detectar o cabeçalho de resposta **`X-Frame-Options`**.\
* **Resumo:** Downloads não criam entradas de tempo de recurso na API de Performance.
* **Exemplo de Código**: [https://xsinator.com/testing.html#Performance%20API%20Download%20Detection](https://xsinator.com/testing.html#Performance%20API%20Download%20Detection)
Similar ao XS-Leak descrito, um **recurso que é baixado** por causa do cabeçalho ContentDisposition, também **não cria uma entrada de desempenho**. Essa técnica funciona em todos os principais navegadores.
* **Exemplo de Código**: [https://xsinator.com/testing.html#Redirect%20Start%20Leak](https://xsinator.com/testing.html#Redirect%20Start%20Leak)
Encontramos uma instância de XS-Leak que abusa do comportamento de alguns navegadores que registram muitas informações para solicitações entre origens. O padrão define um subconjunto de atributos que devem ser definidos como zero para recursos entre origens. No entanto, em **SA** é possível detectar se o usuário é **redirecionado** pela página de destino, consultando a **API de Desempenho** e verificando os dados de tempo de **redirectStart**.
* **Exemplo de Código**: [https://xsinator.com/testing.html#Duration%20Redirect%20Leak](https://xsinator.com/testing.html#Duration%20Redirect%20Leak)
No GC, a **duração** para solicitações que resultam em um **redirecionamento** é **negativa** e, portanto, pode ser **distinguível** de solicitações que não resultam em um redirecionamento.
* **Exemplo de Código**: [https://xsinator.com/testing.html#Performance%20API%20CORP%20Leak](https://xsinator.com/testing.html#Performance%20API%20CORP%20Leak)
Em alguns casos, a entrada **nextHopProtocol** pode ser usada como técnica de vazamento. No GC, quando o **cabeçalho CORP** é definido, o nextHopProtocol será **vazio**. Note que o SA não criará uma entrada de desempenho para recursos habilitados para CORP.
Os workers de serviço são contextos de script orientados a eventos que são executados em uma origem. Eles são executados em segundo plano de uma página da web e podem interceptar, modificar e **armazenar em cache recursos** para criar aplicativos da web offline.\
Se um **recurso armazenado em cache** por um **worker de serviço** for acessado via **iframe**, o recurso será **carregado do cache do worker de serviço**.\
Para detectar se o recurso foi **carregado do cache do worker de serviço**, a **API de Desempenho** pode ser usada.\
* **Exemplo de Código**: [https://xsleaks.dev/docs/attacks/timing-attacks/performance-api/#network-duration](https://xsleaks.dev/docs/attacks/timing-attacks/performance-api/#network-duration)
## Técnica de Mensagens de Erro
### Erro de Mídia
* **Métodos de Inclusão**: Elementos HTML (Vídeo, Áudio)
A propriedade de mensagem da interface `MediaError` identifica de forma única recursos que são carregados com sucesso com uma string distinta. Um atacante pode explorar essa característica observando o conteúdo da mensagem, deduzindo assim o status de resposta de um recurso de origem cruzada.
Essa técnica permite a um atacante **extrair o destino de um redirecionamento de um site de origem cruzada** explorando como os navegadores baseados em Webkit lidam com solicitações CORS. Especificamente, quando uma solicitação **habilitada para CORS** é enviada a um site de destino que emite um redirecionamento com base no estado do usuário e o navegador subsequentemente nega a solicitação, o **URL completo do destino do redirecionamento** é divulgado dentro da mensagem de erro. Essa vulnerabilidade não apenas revela o fato do redirecionamento, mas também expõe o ponto final do redirecionamento e quaisquer **parâmetros de consulta sensíveis** que possa conter.
Um atacante pode explorar **mensagens de erro detalhadas** para deduzir o tamanho das respostas de origem cruzada. Isso é possível devido ao mecanismo de Integridade de Subrecursos (SRI), que usa o atributo de integridade para validar que os recursos buscados, frequentemente de CDNs, não foram adulterados. Para o SRI funcionar em recursos de origem cruzada, estes devem ser **habilitados para CORS**; caso contrário, não estão sujeitos a verificações de integridade. Nas Declarações de Segurança (SA), assim como no vazamento de XS de erro de CORS, uma mensagem de erro pode ser capturada após uma solicitação fetch com um atributo de integridade falhar. Os atacantes podem deliberadamente **desencadear esse erro** atribuindo um **valor de hash falso** ao atributo de integridade de qualquer solicitação. Em SA, a mensagem de erro resultante revela inadvertidamente o comprimento do conteúdo do recurso solicitado. Essa divulgação de informações permite a um atacante discernir variações no tamanho da resposta, abrindo caminho para ataques sofisticados de XS-Leak.
* **Resumo:** Permitindo apenas o site da vítima no CSP, se tentarmos acessá-lo e ele redirecionar para um domínio diferente, o CSP acionará um erro detectável.
Um XS-Leak pode usar o CSP para detectar se um site de origem cruzada foi redirecionado para uma origem diferente. Esse vazamento pode detectar o redirecionamento, mas adicionalmente, o domínio do destino do redirecionamento vaza. A ideia básica desse ataque é **permitir o domínio de destino no site do atacante**. Uma vez que uma solicitação é feita para o domínio de destino, ele **redireciona** para um domínio de origem cruzada. O **CSP bloqueia** o acesso a ele e cria um **relatório de violação usado como técnica de vazamento**. Dependendo do navegador, **esse relatório pode vazar a localização de destino do redirecionamento**.\
Navegadores modernos não indicarão o URL para o qual foi redirecionado, mas ainda é possível detectar que um redirecionamento de origem cruzada foi acionado.
Os navegadores podem usar um cache compartilhado para todos os sites. Independentemente de sua origem, é possível deduzir se uma página de destino solicitou um **arquivo específico**.
Se uma página carrega uma imagem apenas se o usuário estiver logado, você pode **invalidar** o **recurso** (para que não seja mais armazenado em cache, se estiver, veja mais informações nos links), **realizar uma solicitação** que poderia carregar esse recurso e tentar carregar o recurso **com uma solicitação inválida** (por exemplo, usando um cabeçalho de referência muito longo). Se o carregamento do recurso **não acionar nenhum erro**, é porque ele foi **armazenado em cache**.
Um recurso inovador no Google Chrome (GC) permite que páginas da web **proponham uma Política de Segurança de Conteúdo (CSP)** definindo um atributo em um elemento iframe, com diretivas de política transmitidas juntamente com a solicitação HTTP. Normalmente, o conteúdo incorporado deve **autorizar isso por meio de um cabeçalho HTTP**, ou uma **página de erro é exibida**. No entanto, se o iframe já estiver governado por um CSP e a política recém-proposta não for mais restritiva, a página será carregada normalmente. Esse mecanismo abre um caminho para um atacante **detectar diretivas CSP específicas** de uma página de origem cruzada identificando a página de erro. Embora essa vulnerabilidade tenha sido marcada como corrigida, nossas descobertas revelam uma **nova técnica de vazamento** capaz de detectar a página de erro, sugerindo que o problema subjacente nunca foi totalmente resolvido.
O cabeçalho CORP é um recurso de segurança relativamente novo na plataforma web que, quando definido, **bloqueia solicitações de origem cruzada no-cors para o recurso fornecido**. A presença do cabeçalho pode ser detectada, pois um recurso protegido com CORP **lançará um erro ao ser buscado**.
### Erro de CORS na má configuração de Reflexão de Origem <a href="#cors-error-on-origin-reflection-misconfiguration" id="cors-error-on-origin-reflection-misconfiguration"></a>
* **Resumo**: Se o cabeçalho de Origem for refletido no cabeçalho `Access-Control-Allow-Origin`, é possível verificar se um recurso já está em cache.
* **Exemplo de Código**: [https://xsleaks.dev/docs/attacks/cache-probing/#cors-error-on-origin-reflection-misconfiguration](https://xsleaks.dev/docs/attacks/cache-probing/#cors-error-on-origin-reflection-misconfiguration)
Caso o **cabeçalho de Origem** seja **refletido** no cabeçalho `Access-Control-Allow-Origin`, um atacante pode abusar desse comportamento para tentar **buscar** o **recurso** no modo **CORS**. Se um **erro não for** acionado, significa que ele foi **corretamente recuperado da web**; se um erro for **acionado**, é porque ele foi **acessado do cache** (o erro ocorre porque o cache salva uma resposta com um cabeçalho CORS permitindo o domínio original e não o domínio do atacante).\
Observe que se a origem não for refletida, mas um curinga for usado (`Access-Control-Allow-Origin: *`), isso não funcionará.
* **Resumo:** GC e SA permitem verificar o tipo de resposta (redirecionamento opaco) após o redirecionamento ser concluído.
* **Exemplo de Código**: [https://xsinator.com/testing.html#Fetch%20Redirect%20Leak](https://xsinator.com/testing.html#Fetch%20Redirect%20Leak)
Ao enviar uma solicitação usando a Fetch API com `redirect: "manual"` e outros parâmetros, é possível ler o atributo `response.type` e, se for igual a `opaqueredirect`, então a resposta foi um redirecionamento.
Um atacante é capaz de deduzir a presença do cabeçalho Política de Abertura de Origem Cruzada (COOP) em uma resposta HTTP de origem cruzada. A COOP é utilizada por aplicações web para impedir que sites externos obtenham referências de janelas arbitrárias. A visibilidade desse cabeçalho pode ser discernida ao tentar acessar a **referência `contentWindow`**. Em cenários onde a COOP é aplicada condicionalmente, a **propriedade `opener`** se torna um indicador revelador: ela é **indefinida** quando a COOP está ativa e **definida** em sua ausência.
* **Resumo:** Detectar diferenças nas respostas devido ao comprimento da resposta de redirecionamento pode ser muito grande, fazendo com que o servidor responda com um erro e gere um alerta.
Se um redirecionamento do lado do servidor usar **entrada do usuário dentro do redirecionamento** e **dados extras**, é possível detectar esse comportamento porque geralmente os **servidores** têm um **limite de comprimento de solicitação**. Se os **dados do usuário** tiverem esse **comprimento - 1**, porque o **redirecionamento** está usando **esses dados** e **adicionando** algo **extra**, ele acionará um **erro detectável por Eventos de Erro**.
Se você de alguma forma puder definir cookies para um usuário, também pode realizar esse ataque **definindo cookies suficientes** ([**bomba de cookies**](../hacking-with-cookies/cookie-bomb.md)) para que, com o **aumento do tamanho da resposta** correta, um **erro** seja acionado. Nesse caso, lembre-se de que se você acionar essa solicitação a partir de um mesmo site, `<script>` enviará automaticamente os cookies (para que você possa verificar os erros).\
Um exemplo do **bomba de cookies + XS-Search** pode ser encontrado na solução pretendida deste artigo: [https://blog.huli.tw/2022/05/05/en/angstrom-ctf-2022-writeup-en/#intended](https://blog.huli.tw/2022/05/05/en/angstrom-ctf-2022-writeup-en/#intended)
* **Resumo:** Detectar diferenças nas respostas devido ao comprimento da resposta de redirecionamento pode ser muito grande para uma solicitação que uma diferença possa ser notada.
* **Exemplo de Código**: [https://ctf.zeyu2001.com/2023/hacktm-ctf-qualifiers/secrets#unintended-solution-chromes-2mb-url-limit](https://ctf.zeyu2001.com/2023/hacktm-ctf-qualifiers/secrets#unintended-solution-chromes-2mb-url-limit)
De acordo com a [documentação do Chromium](https://chromium.googlesource.com/chromium/src/+/main/docs/security/url\_display\_guidelines/url\_display\_guidelines.md#URL-Length), o comprimento máximo de URL do Chrome é de 2MB.
> Em geral, a _plataforma web_ não tem limites no comprimento de URLs (embora 2^31 seja um limite comum). O _Chrome_ limita URLs a um comprimento máximo de **2MB** por razões práticas e para evitar problemas de negação de serviço na comunicação entre processos.
Portanto, se o **URL de redirecionamento respondido for maior em um dos casos**, é possível fazer com que ele redirecione com um **URL maior que 2MB** para atingir o **limite de comprimento**. Quando isso acontece, o Chrome mostra uma página **`about:blank#blocked`**.
A **diferença perceptível** é que se o **redirecionamento** foi **concluído**, `window.origin` lança um **erro** porque uma origem cruzada não pode acessar essa informação. No entanto, se o **limite** foi atingido e a página carregada foi **`about:blank#blocked`**, a **`origin`** da janela permanece a do **pai**, que é uma **informação acessível**.
Todas as informações extras necessárias para atingir os **2MB** podem ser adicionadas via um **hash** no URL inicial para que seja **usado no redirecionamento**.
Se o **máximo** de **redirecionamentos** a seguir por um navegador for **20**, um atacante poderia tentar carregar sua página com **19 redirecionamentos** e finalmente **enviar a vítima** para a página testada. Se um **erro** for acionado, então a página estava tentando **redirecionar a vítima**.
A **API de Histórico** permite que o código JavaScript manipule o histórico do navegador, que **salva as páginas visitadas por um usuário**. Um atacante pode usar a propriedade de comprimento como um método de inclusão: para detectar navegação JavaScript e HTML.\
Verificando `history.length`, fazendo um usuário **navegar** para uma página, **alterá-la** de volta para a mesma origem e **verificando** o novo valor de **`history.length`**.
### Comprimento do Histórico com a mesma URL
* **Métodos de Inclusão**: Frames, Pop-ups
* **Diferença Detectável**: Se a URL é a mesma que a suposta
* **Resumo:** É possível supor se a localização de um frame/pop-up está em uma URL específica abusando do comprimento do histórico.
Um atacante poderia usar código JavaScript para **manipular a localização do frame/pop-up para uma suposta** e **imediatamente****alterá-la para `about:blank`**. Se o comprimento do histórico aumentou, significa que a URL estava correta e teve tempo para **aumentar porque a URL não é recarregada se for a mesma**. Se não aumentou, significa que **tentou carregar a URL suposta** mas porque **imediatamente depois** carregamos **`about:blank`**, o **comprimento do histórico nunca aumentou** ao carregar a URL suposta.
Contar o **número de frames em uma página web** aberta via `iframe` ou `window.open` pode ajudar a identificar o **status do usuário sobre aquela página**.\
Além disso, se a página sempre tiver o mesmo número de frames, verificar **continuamente** o número de frames pode ajudar a identificar um **padrão** que pode vazar informações.
Um exemplo dessa técnica é que no Chrome, um **PDF** pode ser **detectado** com a **contagem de frames** porque um `embed` é usado internamente. Existem [Parâmetros de URL Abertos](https://bugs.chromium.org/p/chromium/issues/detail?id=64309#c113) que permitem algum controle sobre o conteúdo, como `zoom`, `view`, `page`, `toolbar`, onde essa técnica pode ser interessante.
Vazamento de informações através de elementos HTML é uma preocupação na segurança web, especialmente quando arquivos de mídia dinâmicos são gerados com base em informações do usuário, ou quando marcas d'água são adicionadas, alterando o tamanho da mídia. Isso pode ser explorado por atacantes para diferenciar entre possíveis estados, analisando as informações expostas por certos elementos HTML.
* **HTMLMediaElement**: Este elemento revela os tempos de `duração` e `buffered` da mídia, que podem ser acessados através de sua API. [Leia mais sobre HTMLMediaElement](https://developer.mozilla.org/en-US/docs/Web/API/HTMLMediaElement)
* **HTMLVideoElement**: Ele expõe `videoHeight` e `videoWidth`. Em alguns navegadores, propriedades adicionais como `webkitVideoDecodedByteCount`, `webkitAudioDecodedByteCount` e `webkitDecodedFrameCount` estão disponíveis, oferecendo informações mais detalhadas sobre o conteúdo da mídia. [Leia mais sobre HTMLVideoElement](https://developer.mozilla.org/en-US/docs/Web/API/HTMLVideoElement)
* **getVideoPlaybackQuality()**: Esta função fornece detalhes sobre a qualidade da reprodução de vídeo, incluindo `totalVideoFrames`, que pode indicar a quantidade de dados de vídeo processados. [Leia mais sobre getVideoPlaybackQuality()](https://developer.mozilla.org/en-US/docs/Web/API/VideoPlaybackQuality)
* **HTMLImageElement**: Este elemento vaza a `altura` e `largura` de uma imagem. No entanto, se uma imagem for inválida, essas propriedades retornarão 0, e a função `image.decode()` será rejeitada, indicando a falha ao carregar a imagem corretamente. [Leia mais sobre HTMLImageElement](https://developer.mozilla.org/en-US/docs/Web/API/HTMLImageElement)
* **Resumo:** Identificar variações no estilo do site que se correlacionam com o estado ou status do usuário.
* **Exemplo de Código**: [https://xsinator.com/testing.html#CSS%20Property%20Leak](https://xsinator.com/testing.html#CSS%20Property%20Leak)
Aplicações web podem alterar o **estilo do site dependendo do status do usuário**. Arquivos CSS de origens cruzadas podem ser incorporados na página do atacante com o **elemento de link HTML**, e as **regras** serão **aplicadas** à página do atacante. Se uma página altera dinamicamente essas regras, um atacante pode **detectar** essas **diferenças** dependendo do estado do usuário.\
Como técnica de vazamento, o atacante pode usar o método `window.getComputedStyle` para **ler propriedades CSS** de um elemento HTML específico. Como resultado, um atacante pode ler propriedades CSS arbitrárias se o elemento afetado e o nome da propriedade forem conhecidos.
* **Resumo:** Detectar se o estilo `:visited` é aplicado a uma URL indicando que ela já foi visitada
* **Exemplo de Código**: [http://blog.bawolff.net/2021/10/write-up-pbctf-2021-vault.html](http://blog.bawolff.net/2021/10/write-up-pbctf-2021-vault.html)
{% hint style="info" %}
De acordo com [**este**](https://blog.huli.tw/2022/05/05/en/angstrom-ctf-2022-writeup-en/), isso não funciona no Chrome headless.
{% endhint %}
O seletor CSS `:visited` é utilizado para estilizar URLs de forma diferente se elas foram visitadas anteriormente pelo usuário. No passado, o método `getComputedStyle()` poderia ser utilizado para identificar essas diferenças de estilo. No entanto, os navegadores modernos implementaram medidas de segurança para evitar que esse método revele o estado de um link. Essas medidas incluem sempre retornar o estilo computado como se o link fosse visitado e restringir os estilos que podem ser aplicados com o seletor `:visited`.
Apesar dessas restrições, é possível discernir o estado visitado de um link indiretamente. Uma técnica envolve enganar o usuário para interagir com uma área afetada pelo CSS, especificamente utilizando a propriedade `mix-blend-mode`. Essa propriedade permite a mistura de elementos com seu plano de fundo, potencialmente revelando o estado visitado com base na interação do usuário.
Além disso, a detecção pode ser alcançada sem interação do usuário, explorando os tempos de renderização de links. Como os navegadores podem renderizar links visitados e não visitados de forma diferente, isso pode introduzir uma diferença de tempo mensurável na renderização. Um exemplo de conceito (PoC) foi mencionado em um relatório de bug do Chromium, demonstrando essa técnica usando vários links para amplificar a diferença de tempo, tornando assim o estado visitado detectável por meio de análise de tempo.
Para mais detalhes sobre essas propriedades e métodos, visite suas páginas de documentação:
* **Resumo:** No Google Chrome, uma página de erro dedicada é exibida quando uma página é bloqueada de ser incorporada em um site de origem cruzada devido a restrições de X-Frame-Options.
* **Exemplo de Código**: [https://xsinator.com/testing.html#ContentDocument%20X-Frame%20Leak](https://xsinator.com/testing.html#ContentDocument%20X-Frame%20Leak)
No Chrome, se uma página com o cabeçalho `X-Frame-Options` definido como "deny" ou "same-origin" for incorporada como um objeto, uma página de erro aparece. O Chrome retorna exclusivamente um objeto de documento vazio (em vez de `null`) para a propriedade `contentDocument` desse objeto, ao contrário de iframes ou outros navegadores. Os atacantes poderiam explorar isso detectando o documento vazio, potencialmente revelando informações sobre o estado do usuário, especialmente se os desenvolvedores definirem o cabeçalho X-Frame-Options de forma inconsistente, muitas vezes ignorando páginas de erro. A conscientização e a aplicação consistente de cabeçalhos de segurança são cruciais para evitar tais vazamentos.
* **Resumo:** Um atacante pode discernir downloads de arquivos aproveitando iframes; a acessibilidade contínua do iframe implica um download de arquivo bem-sucedido.
* **Exemplo de Código**: [https://xsleaks.dev/docs/attacks/navigations/#download-bar](https://xsleaks.dev/docs/attacks/navigations/#download-bar)
O cabeçalho `Content-Disposition`, especificamente `Content-Disposition: attachment`, instrui o navegador a baixar o conteúdo em vez de exibi-lo inline. Esse comportamento pode ser explorado para detectar se um usuário tem acesso a uma página que aciona um download de arquivo. Nos navegadores baseados em Chromium, existem algumas técnicas para detectar esse comportamento de download:
1.**Monitoramento da Barra de Download**:
* Quando um arquivo é baixado em navegadores baseados em Chromium, uma barra de download aparece na parte inferior da janela do navegador.
* Monitorando as alterações na altura da janela, os atacantes podem inferir a aparência da barra de download, sugerindo que um download foi iniciado.
2.**Navegação de Download com Iframes**:
* Quando uma página aciona um download de arquivo usando o cabeçalho `Content-Disposition: attachment`, isso não causa um evento de navegação.
* Carregando o conteúdo em um iframe e monitorando os eventos de navegação, é possível verificar se a disposição do conteúdo causa um download de arquivo (sem navegação) ou não.
* Monitorando os eventos de navegação na janela recém-aberta, é possível revelar se um download de arquivo foi acionado (sem navegação) ou se o conteúdo é exibido inline (ocorre navegação).
Em cenários em que apenas usuários logados podem acionar esses downloads, essas técnicas podem ser usadas para inferir indiretamente o estado de autenticação do usuário com base na resposta do navegador à solicitação de download.
* **Resumo:** Um atacante pode discernir downloads de arquivos aproveitando iframes; a acessibilidade contínua do iframe implica um download de arquivo bem-sucedido.
* **Exemplo de Código**: [https://xsleaks.dev/docs/attacks/navigations/#partitioned-http-cache-bypass](https://xsleaks.dev/docs/attacks/navigations/#partitioned-http-cache-bypass), [https://gist.github.com/aszx87410/e369f595edbd0f25ada61a8eb6325722](https://gist.github.com/aszx87410/e369f595edbd0f25ada61a8eb6325722) (de [https://blog.huli.tw/2022/05/05/en/angstrom-ctf-2022-writeup-en/](https://blog.huli.tw/2022/05/05/en/angstrom-ctf-2022-writeup-en/))
Por que essa técnica é interessante: o Chrome agora possui **particionamento de cache**, e a chave de cache da página recém-aberta é: `(https://actf.co, https://actf.co, https://sustenance.web.actf.co/?m =xxx)`, mas se eu abrir uma página ngrok e usar fetch nela, a chave de cache será: `(https://myip.ngrok.io, https://myip.ngrok.io, https://sustenance.web.actf.co/?m=xxx)`, a **chave de cache é diferente**, então a cache não pode ser compartilhada. Você pode encontrar mais detalhes aqui: [Ganho de segurança e privacidade por meio do particionamento de cache](https://developer.chrome.com/blog/http-cache-partitioning/)\
(Comentário de [**aqui**](https://blog.huli.tw/2022/05/05/en/angstrom-ctf-2022-writeup-en/))
{% endhint %}
Se um site `example.com` incluir um recurso de `*.example.com/resource`, então esse recurso terá a **mesma chave de cache** como se o recurso fosse diretamente **solicitado por meio de navegação de nível superior**. Isso ocorre porque a chave de cache é composta por _eTLD+1_ de nível superior e _eTLD+1_ do frame.
Como acessar o cache é mais rápido do que carregar um recurso, é possível tentar alterar a localização de uma página e cancelá-la 20ms (por exemplo) depois. Se a origem foi alterada após a parada, significa que o recurso estava em cache.\
* **Resumo:** É possível tentar carregar um recurso e interromper o carregamento antes que seja concluído. Dependendo se um erro é acionado, o recurso foi ou não foi armazenado em cache.
* **Exemplo de Código**: [https://xsleaks.dev/docs/attacks/cache-probing/#fetch-with-abortcontroller](https://xsleaks.dev/docs/attacks/cache-probing/#fetch-with-abortcontroller)
Use _**fetch**_ e _**setTimeout**_ com um **AbortController** para detectar se o **recurso está em cache** e para remover um recurso específico do cache do navegador. Além disso, o processo ocorre sem armazenar novo conteúdo em cache.
### Poluição de Script
* **Métodos de Inclusão**: Elementos HTML (script)
* **Resumo:** É possível **sobrescrever funções integradas** e ler seus argumentos, mesmo de um **script de origem cruzada** (que não pode ser lido diretamente), o que pode **vazar informações valiosas**.
* **Exemplo de Código**: [https://xsleaks.dev/docs/attacks/element-leaks/#script-tag](https://xsleaks.dev/docs/attacks/element-leaks/#script-tag)
### Workers de Serviço <a href="#service-workers" id="service-workers"></a>
* **Resumo:** Medir o tempo de execução de um site usando workers de serviço.
* **Exemplo de Código**:
No cenário dado, o atacante toma a iniciativa de registrar um **worker de serviço** em um de seus domínios, especificamente "atacante.com". Em seguida, o atacante abre uma nova janela no site alvo a partir do documento principal e instrui o **worker de serviço** a iniciar um temporizador. Conforme a nova janela começa a carregar, o atacante navega para a referência obtida na etapa anterior para uma página gerenciada pelo **worker de serviço**.
Ao chegar da solicitação iniciada na etapa anterior, o **worker de serviço** responde com um código de status **204 (Sem Conteúdo)**, encerrando efetivamente o processo de navegação. Neste ponto, o **worker de serviço** captura uma medição do temporizador iniciado anteriormente na segunda etapa. Essa medição é influenciada pela duração do JavaScript causando atrasos no processo de navegação.
Em um timing de execução, é possível **eliminar****fatores de rede** para obter **medições mais precisas**. Por exemplo, carregando os recursos usados pela página antes de carregá-la.
* **Resumo:** Usar [performance.now()](https://xsleaks.dev/docs/attacks/timing-attacks/clocks/#performancenow) para medir o tempo necessário para realizar uma solicitação. Outros relógios podem ser usados.
* **Exemplo de Código**: [https://xsleaks.dev/docs/attacks/timing-attacks/network-timing/#modern-web-timing-attacks](https://xsleaks.dev/docs/attacks/timing-attacks/network-timing/#modern-web-timing-attacks)
* **Resumo:** Usar [performance.now()](https://xsleaks.dev/docs/attacks/timing-attacks/clocks/#performancenow) para medir o tempo necessário para realizar uma solicitação usando `window.open`. Outros relógios podem ser usados.
* **Exemplo de Código**: [https://xsleaks.dev/docs/attacks/timing-attacks/network-timing/#cross-window-timing-attacks](https://xsleaks.dev/docs/attacks/timing-attacks/network-timing/#cross-window-timing-attacks)
Use [**Trickest**](https://trickest.com/?utm_source=hacktricks&utm_medium=text&utm_campaign=ppc&utm_content=xs-search) para construir facilmente e **automatizar fluxos de trabalho** com as ferramentas comunitárias mais avançadas do mundo.\
Aqui você pode encontrar técnicas para exfiltrar informações de um HTML de origem cruzada **injetando conteúdo HTML**. Essas técnicas são interessantes em casos em que, por qualquer motivo, você pode **injetar HTML, mas não pode injetar código JS**.
Se você precisa **exfiltrar conteúdo** e pode **adicionar HTML antes do segredo**, você deve verificar as **técnicas comuns de marcação pendente**.\
No entanto, se por qualquer motivo você **PRECISAR** fazer isso **caractere por caractere** (talvez a comunicação seja via um cache hit), você pode usar esse truque.
As **imagens** em HTML têm um atributo "**loading**" cujo valor pode ser "**lazy**". Nesse caso, a imagem será carregada quando for visualizada e não enquanto a página estiver carregando:
Portanto, o que você pode fazer é **adicionar muitos caracteres aleatórios** (Por exemplo **milhares de "W"**) para **preencher a página da web antes do segredo ou adicionar algo como**`<br><canvas height="1850px"></canvas><br>.`\
Então, se por exemplo a **injeção aparecer antes da flag**, a **imagem** será **carregada**, mas se aparecer **depois** da **flag**, a flag + o lixo irão **impedir que seja carregada** (você precisará brincar com a quantidade de lixo a ser colocada). Isso é o que aconteceu neste [**writeup**](https://blog.huli.tw/2022/10/08/en/sekaictf2022-safelist-and-connection/).
O que este texto fará é fazer o bot acessar qualquer texto na página que contenha o texto `SECR`. Como esse texto é o segredo e está logo abaixo da imagem, a **imagem só será carregada se o segredo adivinhado estiver correto**. Assim, você tem seu oráculo para **extrair o segredo caractere por caractere**.
Alguns exemplos de código para explorar isso: [https://gist.github.com/jorgectf/993d02bdadb5313f48cf1dc92a7af87e](https://gist.github.com/jorgectf/993d02bdadb5313f48cf1dc92a7af87e)
Se **não for possível carregar uma imagem externa** que poderia indicar ao atacante que a imagem foi carregada, outra opção seria tentar **adivinhar o caractere várias vezes e medir isso**. Se a imagem for carregada, todas as solicitações levarão mais tempo do que se a imagem não for carregada. Isso é o que foi usado na [**solução deste artigo**](https://blog.huli.tw/2022/10/08/en/sekaictf2022-safelist-and-connection/) **resumido aqui:**
Se `jQuery(location.hash)` for usado, é possível descobrir via tempo se algum conteúdo HTML existe, isso ocorre porque se o seletor `main[id='site-main']` não corresponder, não é necessário verificar o restante dos **seletores**:
Existem mitigações recomendadas em [https://xsinator.com/paper.pdf](https://xsinator.com/paper.pdf) também em cada seção do wiki [https://xsleaks.dev/](https://xsleaks.dev/). Dê uma olhada lá para obter mais informações sobre como se proteger contra essas técnicas.
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