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**Seccomp**, que significa Modo de Computação Segura, é um recurso de segurança do **kernel Linux projetado para filtrar chamadas de sistema**. Ele restringe processos a um conjunto limitado de chamadas de sistema (`exit()`, `sigreturn()`, `read()` e `write()` para descritores de arquivo já abertos). Se um processo tentar chamar qualquer outra coisa, ele é encerrado pelo kernel usando SIGKILL ou SIGSYS. Este mecanismo não virtualiza recursos, mas isola o processo deles.
Existem duas maneiras de ativar o seccomp: através da chamada de sistema `prctl(2)` com `PR_SET_SECCOMP`, ou para kernels Linux 3.17 e superiores, a chamada de sistema `seccomp(2)`. O método mais antigo de habilitar o seccomp escrevendo em `/proc/self/seccomp` foi descontinuado em favor do `prctl()`.
Uma melhoria, **seccomp-bpf**, adiciona a capacidade de filtrar chamadas de sistema com uma política personalizável, usando regras do Berkeley Packet Filter (BPF). Esta extensão é aproveitada por softwares como OpenSSH, vsftpd e os navegadores Chrome/Chromium no Chrome OS e Linux para filtragem de chamadas de sistema flexível e eficiente, oferecendo uma alternativa ao systrace, que agora não é mais suportado para Linux.
### **Original/Strict Mode**
Neste modo, o Seccomp **somente permite as syscalls**`exit()`, `sigreturn()`, `read()` e `write()` para descritores de arquivo já abertos. Se qualquer outra syscall for feita, o processo é encerrado usando SIGKILL
//Get the getpid is denied, a weird number will be returned like
//this process is -9
printf("this process is %d\n", getpid());
}
```
{% endcode %}
## Seccomp no Docker
**Seccomp-bpf** é suportado pelo **Docker** para restringir as **syscalls** dos contêineres, diminuindo efetivamente a área de ataque. Você pode encontrar as **syscalls bloqueadas** por **padrão** em [https://docs.docker.com/engine/security/seccomp/](https://docs.docker.com/engine/security/seccomp/) e o **perfil seccomp padrão** pode ser encontrado aqui [https://github.com/moby/moby/blob/master/profiles/seccomp/default.json](https://github.com/moby/moby/blob/master/profiles/seccomp/default.json).\
Você pode executar um contêiner docker com uma política de **seccomp****diferente** com:
Se você quiser, por exemplo, **proibir** um contêiner de executar algum **syscall** como `uname`, você pode baixar o perfil padrão de [https://github.com/moby/moby/blob/master/profiles/seccomp/default.json](https://github.com/moby/moby/blob/master/profiles/seccomp/default.json) e apenas **remover a string `uname` da lista**.\
Se você quiser ter certeza de que **algum binário não funcione dentro de um contêiner docker**, você pode usar strace para listar os syscalls que o binário está usando e, em seguida, proibi-los.\
No exemplo a seguir, os **syscalls** de `uname` são descobertos:
```bash
docker run -it --security-opt seccomp=default.json modified-ubuntu strace uname
Se você está usando **Docker apenas para lançar um aplicativo**, você pode **perfilá-lo** com **`strace`** e **apenas permitir as syscalls** que ele precisa
Para ilustrar o recurso Seccomp, vamos criar um perfil Seccomp desabilitando a chamada de sistema “chmod” conforme abaixo.
```json
{
"defaultAction": "SCMP_ACT_ALLOW",
"syscalls": [
{
"name": "chmod",
"action": "SCMP_ACT_ERRNO"
}
]
}
```
No perfil acima, definimos a ação padrão como "permitir" e criamos uma lista negra para desabilitar "chmod". Para ser mais seguro, podemos definir a ação padrão como "descartar" e criar uma lista branca para habilitar seletivamente chamadas de sistema.\
A saída a seguir mostra a chamada "chmod" retornando erro porque está desabilitada no perfil seccomp.
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