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Cross-Origin Resource Sharing (CORS) padrão **permite que servidores definam quem pode acessar seus ativos** e **quais métodos de solicitação HTTP são permitidos** de fontes externas.
Uma política de **mesma origem** exige que um **servidor solicitante** de um recurso e o servidor que hospeda o **recurso** compartilhem o mesmo protocolo (por exemplo, `http://`), nome de domínio (por exemplo, `internal-web.com`), e **porta** (por exemplo, 80). Sob essa política, apenas páginas da web do mesmo domínio e porta têm permissão para acessar os recursos.
Este cabeçalho pode permitir **múltiplas origens**, um valor **`null`**, ou um caractere curinga **`*`**. No entanto, **nenhum navegador suporta múltiplas origens**, e o uso do caractere curinga `*` está sujeito a **limitações**. (O caractere curinga deve ser usado sozinho, e seu uso junto com `Access-Control-Allow-Credentials: true` não é permitido.)
Este cabeçalho é **emitido por um servidor** em resposta a uma solicitação de recurso entre domínios iniciada por um site, com o navegador adicionando automaticamente um cabeçalho `Origin`.
Por **padrão**, solicitações entre origens são feitas sem credenciais como cookies ou o cabeçalho de Autorização. No entanto, um servidor entre domínios pode permitir a leitura da resposta quando as credenciais são enviadas configurando o cabeçalho `Access-Control-Allow-Credentials` para **`true`**.
Ao iniciar uma solicitação entre domínios sob condições específicas, como usar um **método HTTP não padrão** (qualquer coisa que não seja HEAD, GET, POST), introduzir novos **cabeçalhos**, ou empregar um valor de cabeçalho **Content-Type especial**, uma solicitação de pré-voo pode ser necessária. Essa solicitação preliminar, aproveitando o método **`OPTIONS`**, serve para informar o servidor sobre as intenções da futura solicitação entre origens, incluindo os métodos e cabeçalhos HTTP que pretende usar.
O protocolo de **Compartilhamento de Recursos de Origem Cruzada (CORS)** exige essa verificação de pré-voo para determinar a viabilidade da operação entre origens solicitada, verificando os métodos permitidos, cabeçalhos e a confiabilidade da origem. Para entender em detalhes quais condições contornam a necessidade de uma solicitação de pré-voo, consulte o guia abrangente fornecido pela [**Mozilla Developer Network (MDN)**](https://developer.mozilla.org/en-US/docs/Web/HTTP/CORS#simple\_requests).
É crucial observar que a **ausência de uma solicitação de pré-voo não anula a necessidade de a resposta conter cabeçalhos de autorização**. Sem esses cabeçalhos, o navegador fica incapacitado em sua capacidade de processar a resposta da solicitação entre origens.
Considere a seguinte ilustração de uma solicitação de pré-voo destinada a empregar o método `PUT` juntamente com um cabeçalho personalizado chamado `Special-Request-Header`:
Em resposta, o servidor pode retornar cabeçalhos indicando os métodos aceitos, a origem permitida e outros detalhes da política CORS, conforme mostrado abaixo:
* **`Access-Control-Allow-Headers`**: Este cabeçalho especifica quais cabeçalhos podem ser usados durante a solicitação real. É definido pelo servidor para indicar os cabeçalhos permitidos em solicitações do cliente.
* **`Access-Control-Expose-Headers`**: Através deste cabeçalho, o servidor informa ao cliente sobre quais cabeçalhos podem ser expostos como parte da resposta, além dos cabeçalhos de resposta simples.
* **`Access-Control-Max-Age`**: Este cabeçalho indica por quanto tempo os resultados de uma solicitação de pré-voo podem ser armazenados em cache. O servidor define o tempo máximo, em segundos, que as informações retornadas por uma solicitação de pré-voo podem ser reutilizadas.
* **`Access-Control-Request-Headers`**: Usado em solicitações de pré-voo, este cabeçalho é definido pelo cliente para informar ao servidor quais cabeçalhos HTTP o cliente deseja usar na solicitação real.
* **`Access-Control-Request-Method`**: Este cabeçalho, também usado em solicitações de pré-voo, é definido pelo cliente para indicar qual método HTTP será usado na solicitação real.
* **`Origin`**: Este cabeçalho é definido automaticamente pelo navegador e indica a origem da solicitação entre origens. É usado pelo servidor para avaliar se a solicitação recebida deve ser permitida ou negada com base na política CORS.
Observe que geralmente (dependendo do tipo de conteúdo e cabeçalhos definidos) em uma solicitação **GET/POST nenhum pedido de pré-voo é enviado** (a solicitação é enviada **diretamente**), mas se você deseja acessar os **cabeçalhos/corpo da resposta**, ela deve conter um cabeçalho _Access-Control-Allow-Origin_ permitindo isso.\
1.**`Access-Control-Request-Local-Network`**: Este cabeçalho é incluído na solicitação do cliente para indicar que a consulta é direcionada a um recurso de rede local. Ele serve como um marcador para informar ao servidor que a solicitação se origina de dentro da rede local.
2.**`Access-Control-Allow-Local-Network`**: Em resposta, os servidores utilizam este cabeçalho para comunicar que o recurso solicitado está autorizado a ser compartilhado com entidades fora da rede local. Ele atua como um sinal verde para compartilhar recursos entre diferentes limites de rede, garantindo acesso controlado enquanto mantém protocolos de segurança.
Também é possível **burlar os requisitos da Rede Local** se você usar o **endereço IP público de um ponto de extremidade local** (como o IP público do roteador). Pois em várias ocasiões, mesmo se o **IP público** estiver sendo acessado, se for **da rede local**, o acesso será concedido.
Foi observado que a definição de `Access-Control-Allow-Credentials` como **`true`** é um requisito para a maioria dos **ataques reais**. Essa configuração permite que o navegador envie credenciais e leia a resposta, aumentando a eficácia do ataque. Sem isso, o benefício de fazer com que um navegador emita uma solicitação em vez de fazê-lo manualmente diminui, pois torna-se inviável aproveitar os cookies de um usuário.
Existe uma exceção onde a localização da rede da vítima atua como uma forma de autenticação. Isso permite que o navegador da vítima seja usado como um proxy, contornando a autenticação baseada em IP para acessar aplicativos de intranet. Este método compartilha semelhanças de impacto com o DNS rebinding, mas é mais simples de explorar.
O cenário do mundo real onde o valor do cabeçalho `Origin` é refletido em `Access-Control-Allow-Origin` é teoricamente improvável devido às restrições na combinação desses cabeçalhos. No entanto, desenvolvedores que buscam habilitar o CORS para vários URLs podem gerar dinamicamente o cabeçalho `Access-Control-Allow-Origin` copiando o valor do cabeçalho `Origin`. Essa abordagem pode introduzir vulnerabilidades, especialmente quando um atacante utiliza um domínio com um nome projetado para parecer legítimo, enganando assim a lógica de validação.
A origem `null`, especificada para situações como redirecionamentos ou arquivos HTML locais, possui uma posição única. Algumas aplicações colocam essa origem em uma lista branca para facilitar o desenvolvimento local, permitindo inadvertidamente que qualquer site imite uma origem `null` por meio de um iframe isolado, assim contornando as restrições do CORS.
Ao encontrar uma lista branca de domínios, é crucial testar oportunidades de bypass, como anexar o domínio do atacante a um domínio da lista branca ou explorar vulnerabilidades de subdomínio. Além disso, as expressões regulares usadas para validação de domínio podem ignorar nuances nas convenções de nomenclatura de domínio, apresentando mais oportunidades de bypass.
Padrões de regex geralmente se concentram em caracteres alfanuméricos, ponto (.), e hífen (-), negligenciando outras possibilidades. Por exemplo, um nome de domínio elaborado para incluir caracteres interpretados de forma diferente por navegadores e padrões de regex pode contornar verificações de segurança. O tratamento de caracteres de subdomínio de sublinhado por Safari, Chrome e Firefox ilustra como tais discrepâncias podem ser exploradas para contornar a lógica de validação de domínio.
**Para mais informações e configurações deste check de bypass:** [**https://www.corben.io/advanced-cors-techniques/**](https://www.corben.io/advanced-cors-techniques/) **e** [**https://medium.com/bugbountywriteup/think-outside-the-scope-advanced-cors-exploitation-techniques-dad019c68397**](https://medium.com/bugbountywriteup/think-outside-the-scope-advanced-cors-exploitation-techniques-dad019c68397)
Os desenvolvedores frequentemente implementam mecanismos defensivos para proteger contra a exploração de CORS, listando os domínios que têm permissão para solicitar informações. Apesar dessas precauções, a segurança do sistema não é infalível. A presença de um único subdomínio vulnerável dentro dos domínios da lista branca pode abrir a porta para a exploração de CORS por meio de outras vulnerabilidades, como XSS (Cross-Site Scripting).
Para ilustrar, considere o cenário em que um domínio, `requester.com`, está na lista branca para acessar recursos de outro domínio, `provider.com`. A configuração do lado do servidor pode se parecer com isso:
Nesta configuração, todos os subdomínios de `requester.com` têm permissão de acesso. No entanto, se um subdomínio, como `sub.requester.com`, for comprometido com uma vulnerabilidade de XSS, um atacante pode aproveitar essa fraqueza. Por exemplo, um atacante com acesso a `sub.requester.com` poderia explorar a vulnerabilidade de XSS para contornar as políticas de CORS e acessar maliciosamente recursos em `provider.com`.
É possível que, ao explorar o envenenamento de cache do lado do servidor por meio da injeção de cabeçalho HTTP, uma vulnerabilidade de Cross-Site Scripting (XSS) armazenada possa ser induzida. Este cenário se desenrola quando uma aplicação falha em sanitizar o cabeçalho `Origin` para caracteres ilegais, criando uma vulnerabilidade especialmente para usuários do Internet Explorer e Edge. Esses navegadores tratam (0x0d) como um terminador de cabeçalho HTTP legítimo, levando a vulnerabilidades de injeção de cabeçalho HTTP.
Embora explorar diretamente essa vulnerabilidade fazendo com que um navegador da web envie um cabeçalho malformado não seja viável, uma solicitação elaborada pode ser gerada manualmente usando ferramentas como o Burp Suite. Este método poderia levar a um cache do lado do servidor salvando a resposta e inadvertidamente servindo-a para outros. A carga elaborada tem como objetivo alterar o conjunto de caracteres da página para UTF-7, uma codificação de caracteres frequentemente associada a vulnerabilidades XSS devido à sua capacidade de codificar caracteres de forma que possam ser executados como script em certos contextos.
Para mais informações sobre vulnerabilidades XSS armazenadas, consulte [PortSwigger](https://portswigger.net/web-security/cross-site-scripting/stored).
**Nota**: A exploração de vulnerabilidades de injeção de cabeçalho HTTP, especialmente por meio de envenenamento de cache do lado do servidor, destaca a importância crítica de validar e sanitizar toda entrada fornecida pelo usuário, incluindo cabeçalhos HTTP. Sempre empregue um modelo de segurança robusto que inclua validação de entrada para prevenir tais vulnerabilidades.
Neste cenário, uma instância de uma página da web refletindo o conteúdo de um cabeçalho HTTP personalizado sem codificação adequada é observada. Especificamente, a página da web reflete de volta o conteúdo incluído em um cabeçalho `X-User-id`, que poderia incluir JavaScript malicioso, conforme demonstrado pelo exemplo em que o cabeçalho contém uma tag de imagem SVG projetada para executar código JavaScript ao carregar.
As políticas de Compartilhamento de Recursos de Origem Cruzada (CORS) permitem o envio de cabeçalhos personalizados. No entanto, sem a resposta sendo renderizada diretamente pelo navegador devido a restrições do CORS, a utilidade de tal injeção pode parecer limitada. O ponto crítico surge ao considerar o comportamento de cache do navegador. Se o cabeçalho `Vary: Origin` não for especificado, torna-se possível que a resposta maliciosa seja armazenada em cache pelo navegador. Posteriormente, essa resposta em cache poderia ser renderizada diretamente ao navegar para a URL, contornando a necessidade de renderização direta na solicitação inicial. Esse mecanismo aprimora a confiabilidade do ataque ao aproveitar o cache do lado do cliente.
Para ilustrar esse ataque, é fornecido um exemplo de JavaScript, projetado para ser executado no ambiente de uma página da web, como através de um JSFiddle. Este script realiza uma ação simples: ele envia uma solicitação para uma URL especificada com um cabeçalho personalizado contendo o JavaScript malicioso. Após a conclusão bem-sucedida da solicitação, ele tenta navegar para a URL de destino, potencialmente acionando a execução do script injetado se a resposta tiver sido armazenada em cache sem o tratamento adequado do cabeçalho `Vary: Origin`.
Aqui está uma quebra resumida do JavaScript usado para executar esse ataque:
XSSI, também conhecido como Inclusão de Script de Site Cruzado, é um tipo de vulnerabilidade que se aproveita do fato de que a Política de Mesma Origem (SOP) não se aplica ao incluir recursos usando a tag de script. Isso ocorre porque os scripts precisam poder ser incluídos de diferentes domínios. Essa vulnerabilidade permite que um atacante acesse e leia qualquer conteúdo que foi incluído usando a tag de script.
Essa vulnerabilidade se torna particularmente significativa quando se trata de JavaScript dinâmico ou JSONP (JSON com Padding), especialmente quando informações de autoridade ambiente como cookies são usadas para autenticação. Ao solicitar um recurso de um host diferente, os cookies são incluídos, tornando-os acessíveis ao atacante.
Para entender melhor e mitigar essa vulnerabilidade, você pode usar o plugin BurpSuite disponível em [https://github.com/kapytein/jsonp](https://github.com/kapytein/jsonp). Esse plugin pode ajudar a identificar e resolver potenciais vulnerabilidades XSSI em suas aplicações web.
Tente adicionar um **parâmetro `callback`** na solicitação. Talvez a página tenha sido preparada para enviar os dados como JSONP. Nesse caso, a página enviará os dados de volta com `Content-Type: application/javascript`, o que irá contornar a política CORS.
Uma maneira de contornar a restrição `Access-Control-Allow-Origin` é solicitando que uma aplicação web faça uma solicitação em seu nome e envie de volta a resposta. No entanto, nesse cenário, as credenciais da vítima final não serão enviadas, pois a solicitação é feita para um domínio diferente.
1. [**CORS-escape**](https://github.com/shalvah/cors-escape): Esta ferramenta fornece um proxy que encaminha sua solicitação juntamente com seus cabeçalhos, enquanto também falsifica o cabeçalho de Origem para corresponder ao domínio solicitado. Isso contorna efetivamente a política CORS. Aqui está um exemplo de uso com XMLHttpRequest:
2. [**simple-cors-escape**](https://github.com/shalvah/simple-cors-escape): Esta ferramenta oferece uma abordagem alternativa para encaminhar solicitações. Em vez de passar sua solicitação como está, o servidor faz sua própria solicitação com os parâmetros especificados.
Você pode **contornar verificações CORS** como `e.origin === window.origin` criando um iframe e, a partir dele, abrindo uma nova janela. Mais informações na seguinte página:
3. O navegador da vítima armazena em cache a resposta DNS, que pode ter um valor de TTL (Tempo de Vida) indicando por quanto tempo o registro DNS deve ser considerado válido.
É importante observar que os navegadores possuem mecanismos de cache que podem impedir o abuso imediato dessa técnica, mesmo com valores de TTL baixos.
O rebinding de DNS pode ser útil para contornar verificações explícitas de IP realizadas pela vítima ou para cenários em que um usuário ou bot permanece na mesma página por um período prolongado, permitindo que o cache expire.
Se você precisa de uma maneira rápida de abusar do rebinding de DNS, você pode usar serviços como [https://lock.cmpxchg8b.com/rebinder.html](https://lock.cmpxchg8b.com/rebinder.html).
Para executar seu próprio servidor de rebinding de DNS, você pode utilizar ferramentas como **DNSrebinder** ([https://github.com/mogwailabs/DNSrebinder](https://github.com/mogwailabs/DNSrebinder)). Isso envolve expor sua porta local 53/udp, criar um registro A apontando para ele (por exemplo, ns.example.com) e criar um registro NS apontando para o subdomínio A criado anteriormente (por exemplo, ns.example.com). Qualquer subdomínio do subdomínio ns.example.com será então resolvido pelo seu host.
Você também pode explorar um servidor em execução publicamente em [http://rebind.it/singularity.html](http://rebind.it/singularity.html) para uma melhor compreensão e experimentação.
3. Se o navegador decidir usar primeiro o endereço IP do atacante, o atacante pode servir um payload que realiza solicitações HTTP para o mesmo domínio.
5. O navegador da vítima, ao perceber que o domínio não está respondendo, passa a usar o segundo endereço IP fornecido.
6. Ao acessar o segundo endereço IP, o navegador contorna a Política de Mesma Origem (SOP), permitindo que o atacante abuse disso e colete e exfiltre informações.
Essa técnica aproveita o comportamento dos navegadores quando múltiplos endereços IP são fornecidos para um domínio. Ao controlar estrategicamente as respostas e manipular a escolha do endereço IP pelo navegador, um atacante pode explorar a SOP e acessar informações da vítima.
Observe que, para acessar o localhost, você deve tentar restringir **127.0.0.1** no Windows e **0.0.0.0** no Linux.\
Provedores como godaddy ou cloudflare não me permitiram usar o IP 0.0.0.0, mas a AWS route53 me permitiu criar um registro A com 2 IPs, sendo um deles "0.0.0.0"
Você pode encontrar mais informações sobre as técnicas de desvio anteriores e como usar a seguinte ferramenta na palestra [Gerald Doussot - Estado dos Ataques de Rebinding DNS e Singularidade de Origem - Conferência DEF CON 27](https://www.youtube.com/watch?v=y9-0lICNjOQ).
[**`Singularidade de Origem`**](https://github.com/nccgroup/singularity) é uma ferramenta para realizar ataques de [rebinding DNS](https://en.wikipedia.org/wiki/DNS\_rebinding). Inclui os componentes necessários para reverter o endereço IP do nome DNS do servidor de ataque para o endereço IP da máquina alvo e para servir payloads de ataque para explorar software vulnerável na máquina alvo.
* [https://wicg.github.io/private-network-access/](https://wicg.github.io/private-network-access/): Proposta para sempre enviar uma solicitação de pré-voo quando servidores públicos desejam acessar servidores internos
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